Sou uma apaixonada pelas mentes femininas em suas capacidades infinitas de serem ao mesmo e por todo o tempo, independentemente da diversidade de suas responsabilidades, absolutamente amorosas e dedicadas.
Observadoras natas, não perdem quase nada que se passa à sua volta e também muito além, fazendo dos detalhes, que batidos passam aos homens, ferramentas extras a serem consideradas.
Perseverantes em seus reais objetivos, pacientes e decididas, uma mente feminina não se cansa de tentar, pois quando elege para si um roteiro, seja ele qual for, dificilmente ela desiste, raramente sucumbe e quase sempre consegue.
Mas é preciso ter cuidado com essas mentes tão brilhantes, principalmente nós, as outras mulheres, pois não sei o que acontece que elas, por genética ou tradição, quando pensam em trair, lembram logo das mulheres.
Não é mesmo mulherada?
Então, fico pensando se elas fossem como os homens que primam pela fidelidade aos outros homens, como teria sido mais fácil e certamente mais curtas suas trajetórias de liberdade.
Ah! Se fossem unidas e participativas em suas idéias e ideais.
Se abrissem a guarda de seus corações para abrigar a outra, muitas vezes sozinha, sem amparo, mas repleta de garra, como fazem aos homens, que não raramente as traem.
Arrepio-me só de pensar em como estaria este mundo, no qual elas dominam.
A começar dentro dos lares em que por tradição entre um filho e uma filha, as birras e malcriações, vem quase sempre das filhas, direcionadas as mães, e estas, por sua vez, só vêem mais predicados nos filhos homens que tem.
Não digam que é mentira ou invenção de escritor, pois até a medicina, através de algumas pesquisas, trata com seriedade deste aspecto que ligado ao emocional fazem mestrados de psicologia, querendo tal como eu entender por que as mulheres quando decidem trair, antes dos homens, traem, primeiro, as outras mulheres.
Penso então na vaidade, característica marcante que envolve o exterior e domina toda a mente, fazendo de cada mulher uma Deusa especial, onde o trono é de um só assento.
Que bom seria se fossemos unidas, teríamos conquistado os nossos espaços e ainda teríamos os homens do nosso lado.
Os sutiãs, não teriam sido rasgados, o feminismo não teria existido e nós, unidas, certamente não teríamos sofrido tanto e hoje estaríamos bem mais solidariamente fortes em nossas conquistas.
Avançamos muito, não restam dúvidas, galgamos degraus antes jamais sonhados, mas estamos inseguras e isoladas, mais do que nunca, ora ostentando títulos e bons salários, ora representando o papel do macho e da fêmea, na mais cruel das misérias e por todo o tempo, em qualquer estágio, perdendo as bases que nos mantinham doces mulheres dominadoras, equilíbrio indispensável, por trás de cada porta.
Este é um ponto de vista muito questionado, tanto quanto o desmoronamento da família, reino mais sólido de nosso domínio que abrimos mão, pela primeira vez, sem medir condições e nos ater aos detalhes.
Fascinante é a mente de nós, criaturas mulheres, que teimosas e persistentes, ainda insistimos em crer que os nossos homens algum dia irão concordar com esta disputa diária a que nos dedicamos, justo para sermos iguaiszinhas a eles.
Nunca, jamais, penso eu que, com tantos homens com quem tive o prazer e a honra de conviver, deixarão suas zonas de conforto que nós, lindas mulheres, oferecemos a eles. E por serem silenciosamente apenas seres mais objetivos e calculistas, abrirão sempre espaço para que exerçamos nossas duplas e muitas vezes tríplices jornadas que imprimimos a nós mesmas.
Eles não fizeram nada, sequer tentaram impedir, apenas continuaram suas caminhadas, tal qual unidos sempre foram, deixando nós as guerreiras mulheres, a meu ver, abestalhadas, abrindo trincheiras e disparando canhões, tendo como alvo, nós mesmas.
Já pensaram se fossemos unidas, planejando com cuidado os nossos amanhãs, quantas injustiças teríamos evitado, quantas dores teriam sido poupadas, quantas famílias estariam de pé, quantos filhos não teriam sido perdidos, quantos amores não teriam morrido.
Mas como não estávamos unidas, ficamos então perdidas, cada qual com sua vitória, com sua coroa e com seus espinhos.
Mas todas, irremediavelmente, sonhando em ter um homem forte, justo e amoroso que as estreitassem em seus corpos e as acariciassem em seus egos.
Afinal, somos especialmente amorosas e biologicamente femininas, sempre apreciando e necessitando um belo macho, tal qual eles em relação a nós, e nesta junção das diferenças é que surge a grandeza da vida, razão maior de qualquer luta.
Não é verdade mulherada?
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
SIMPLES ASSIM...
Sou uma velha de 75 anos que só lamenta não ter tido aos 30/40 a paz e o equilíbrio que desfruto hoje. Sim é verdade que não tenho controle ...
-
Em respeito aos milhares de seguidores de minha página e especificamente das lives que posto no facebook, desde 19 de agosto de 2020, se...
Nenhum comentário:
Postar um comentário