segunda-feira, 3 de maio de 2010

MANHÃ DE OUTONO

O dia amanheceu com um friozinho gostoso, acompanhado de uma chuva intermitente, e aí, acordo para a realidade de estarmos no outono.

O sol e o calor tropical me confundem, levando-me a crer que o verão bendito continua, só impressão, pois logo a chuva se faz presente, trazendo-me à realidade.

Gosto de ficar observando a chuva escorrendo pelas folhas e frutos, sendo sugada pela grama espessa.

Adoro sentir o cheiro de terra molhada e dos frutos sendo lavados, prontinhos para serem saboreados e aí, bem, quando olho para toda esta maravilha que se exibe sem pudor diante de meus olhos, penso na juventude que já possuí e que, de alguma forma, ainda retenho através da alegria de viver que sinto em todos os instantes de minha vida.

Não importa onde eu esteja, muito menos o que esteja fazendo, lá sempre se encontra junto a mim aquela fagulha de vida e liberdade que enfim me permite existir com plenitude.

Nestes instantes, enquanto escrevo, percebo que a chuva diminuiu e, como num passe mágica, sinto o chegar vigoroso do perfume dos narcisos, que me fazem despertar desta viagem (sem antídotos) fantástica que faço entre meus sentimentos e a natureza, acordando para um domingo de outono em Itaparica, onde certamente viverei mais um capítulo do outono de minha vida.

Bom dia a todos.

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