Hoje, logo às seis e trinta da manhã, enquanto me banhava neste mar regenerador, como de hábito, deixo meu corpo e minha mente flutuarem ao sabor das suaves marolas que se formam ininterruptas e naturalmente surgem entendimentos a respeito de dúvidas que por alguma razão permacem em aberto .
Sempre questionei o atraso indiscutível das ciências emocionais em relação a tudo o mais relacionado à criatura humana.
A não objetividade esclarecedora das anomalias, assim como o engessamento das avaliações diagnósticas, e o uso cada vez mais abusivo de medicamentos, acredito, transformou-se em uma perigosa acomodação que se camufla através do surgimento prolífero de novas síndromes, oríundas das convivências cada vez mais conturbadas, principalmente nas metrópoles, servindo de ancôra para mil métodos alternativos e pesquisas sérias, mas neste caso em particular, voltadas ao interesse farmacológico, sem que se busque uma uniformidade do desequilibratório emocional, separando-se os de origem genético neurológico.
Naturalmente, posso estar sendo no mínimo injusta com os estudiosos desta área entretanto, escrevo tendo como base o que vejo e constato no dia-a-dia, não só como paciente, que já fui, como tambem através do que sou capaz de observar e pesquisar.
Estas observações se complicam quando constato a inexistência de amparo social aos portadores de alguma anomalia, que não seja tão dolorosamente difícil quanto a doença em si. Não existe qualquer dose mais efetiva de atenção maior a estes pacientes que não seja o trivial, a fim de se cumprir a lei, sem, no entanto, coexistir uma real proteção, entretanto, não poderia ser diferente se analisarmos a saúde pública brasileira como um todo.
O quadro é desolador para o paciente carente e paliativo para o paciente que possua recursos financeiros, sem, no entanto, para ambos, existir uma luz mais brilhantemente esclarecedora no fim do túnel, ficando estes pacientes no mesmo patamar de dependência farmacológica.
A presença de terapias individuais ou de grupo simplesmente não existem, nem em quantidade e muito menos em qualidade, nas políticas de saúde mental pública, ficando a maior parcela da população entregue à própria sorte e aos efeitos medicamentosos, quando oferecidos com regularidade.
Este é um assunto de extrema seriedade, pois afeta diretamente a saúde da convivência das criaturas humanas em todo e qualquer aspecto social.
É preciso que haja um mais efetivo interesse nesta área, através de pesquisadores que consigam se despir do receio em adentrarem em si mesmos, caminho único, capaz de direcioná-los a entendimentos mais lucidamente reais. Porque não é possível se conhecer os meandros das mentes alheias, sem que primeiro se conheça a própria mente e todo o manancial emocional capaz de ser produzido pelos sentidos em parceria com ela, que afinal é a grande e poderosa processadora e arquivadora dos dados recebidos.
É preciso que com o bisturi da vontade voluntária, o pesquisador extirpe o medo, mergulhando fundo em si próprio.
O quadro que ora se apresenta é assustador, se sociologicamente observarmos o estado conturbado em que os portadores de patologias emocionais e neurológicas sobrevivem, seja em pequenas ou grandes cidades, sem que disponham em sua maioria de mínimas condições ditas humanas de apoio terapeutico.A não objetividade esclarecedora das anomalias, assim como o engessamento das avaliações diagnósticas, e o uso cada vez mais abusivo de medicamentos, acredito, transformou-se em uma perigosa acomodação que se camufla através do surgimento prolífero de novas síndromes, oríundas das convivências cada vez mais conturbadas, principalmente nas metrópoles, servindo de ancôra para mil métodos alternativos e pesquisas sérias, mas neste caso em particular, voltadas ao interesse farmacológico, sem que se busque uma uniformidade do desequilibratório emocional, separando-se os de origem genético neurológico.
Naturalmente, posso estar sendo no mínimo injusta com os estudiosos desta área entretanto, escrevo tendo como base o que vejo e constato no dia-a-dia, não só como paciente, que já fui, como tambem através do que sou capaz de observar e pesquisar.
Estas observações se complicam quando constato a inexistência de amparo social aos portadores de alguma anomalia, que não seja tão dolorosamente difícil quanto a doença em si. Não existe qualquer dose mais efetiva de atenção maior a estes pacientes que não seja o trivial, a fim de se cumprir a lei, sem, no entanto, coexistir uma real proteção, entretanto, não poderia ser diferente se analisarmos a saúde pública brasileira como um todo.
O quadro é desolador para o paciente carente e paliativo para o paciente que possua recursos financeiros, sem, no entanto, para ambos, existir uma luz mais brilhantemente esclarecedora no fim do túnel, ficando estes pacientes no mesmo patamar de dependência farmacológica.
A presença de terapias individuais ou de grupo simplesmente não existem, nem em quantidade e muito menos em qualidade, nas políticas de saúde mental pública, ficando a maior parcela da população entregue à própria sorte e aos efeitos medicamentosos, quando oferecidos com regularidade.
Este é um assunto de extrema seriedade, pois afeta diretamente a saúde da convivência das criaturas humanas em todo e qualquer aspecto social.
É preciso que haja um mais efetivo interesse nesta área, através de pesquisadores que consigam se despir do receio em adentrarem em si mesmos, caminho único, capaz de direcioná-los a entendimentos mais lucidamente reais. Porque não é possível se conhecer os meandros das mentes alheias, sem que primeiro se conheça a própria mente e todo o manancial emocional capaz de ser produzido pelos sentidos em parceria com ela, que afinal é a grande e poderosa processadora e arquivadora dos dados recebidos.
É preciso que com o bisturi da vontade voluntária, o pesquisador extirpe o medo, mergulhando fundo em si próprio.
Penso que neste instante, lendo estas minhas afirmações, como ocorreu em outras ocasiões, não faltarão burocratas e até médicos, defendendo seus quinhões, o que acho justo para eles, afinal são seus interesses que defendem, mas quanto a realidade dos fatos, esta é indiscutível se colocarmos um calçado confortável e nos dirigirmos às comunidades prá lá de carentes ou nos postarmos nas portas dos CAPS, criados justo para atender a estes pacientes.
Certamente, os profissionais envolvidos, fazem o que podem e merecem todo o nosso respeito, mas na verdade, fazem bem menos do que poderiam fazer por quase total falta de infra-estrutura.
Ficando a atenção e o carinho pessoal de cada um, como antídoto ao pouco caso generalizado por parte de nossos governantes.
Pois é, enquanto escrevo, pergunto a mim mesma o que afinal tenho com isto, se na realidade crua e nua, não encontro qualquer respaldo, pelo menos naqueles que se dizem formadores de opinião e, de repente, posso compreender que cada um deles, bem antes de mim, chegou à mesma sensação de solidão participativa.
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