segunda-feira, 22 de março de 2010

ASAS E MENTE

Que belo dia, esplêndida manhã!

Os pássaros voam e eu vÔo também.

E nossos vÔos se integram a paisagem,

me fazendo bela e êles magníficos.




Se fecho os olhos, ainda nos vejo plainando

a céu aberto, na certeza do espaço.

Lentamente absorvo o encantamento

de meu vôo, do horizonte, de minha mente.




Não há rotina, quando existe o deslumbre.

As descobertas às vezes chocam e inibem,

mas ao voar, bato asas e vou longe

Descortino o belo e o integro ao cotidiano,

apagando o medíocre, iluminando o ponderável.




Vôa, passarinho vôa,

o vôo é pra quem quer voar.

Só não sei se minhas asas aguentam,

o vôo que desejo dar.



Esta poesia foi escrita no dia 19 de março de l991, ás 23 horas, em Belo Horizonte, na casa da Pampulha.

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