Que belo dia, esplêndida manhã!
Os pássaros voam e eu vÔo também.
E nossos vÔos se integram a paisagem,
me fazendo bela e êles magníficos.
Se fecho os olhos, ainda nos vejo plainando
a céu aberto, na certeza do espaço.
Lentamente absorvo o encantamento
de meu vôo, do horizonte, de minha mente.
Não há rotina, quando existe o deslumbre.
As descobertas às vezes chocam e inibem,
mas ao voar, bato asas e vou longe
Descortino o belo e o integro ao cotidiano,
apagando o medíocre, iluminando o ponderável.
Vôa, passarinho vôa,
o vôo é pra quem quer voar.
Só não sei se minhas asas aguentam,
o vôo que desejo dar.
Esta poesia foi escrita no dia 19 de março de l991, ás 23 horas, em Belo Horizonte, na casa da Pampulha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário