Fico
escutando os especialistas em educação de todos os níveis acadêmicos e não os
vejo abordar a importância da ética no ensino formal.
Nos tempos
bicudos que os jovens estão vivenciando, onde falta tempo para assimilar com
precisão tantas informações, a ética, deveria ser uma ferramenta de apoio, oferecendo
parâmetros que os ajudassem na seleção e avaliação de tudo que os envolva.
O conceito
básico da ética e que servia de amparo era até pouco tempo, oferecida na
educação doméstica, todavia, com o desmantelamento dos valores que sustentavam as
famílias, aconteceu o pior, ou seja; destruiu-se o existente, mas não se
apresentou uma só alternativa que verdadeiramente fosse capaz de agregar o
desamparo emocional e prático que se estabeleceu e que, tem deixado as pessoas
desarvoradas, meio que sem rumos.
Estou
falando de uma juventude que teve a oportunidade de estudar e de vivenciar uma
liberdade em todos os níveis e que não consegue enxergar a diferença entre luta
de direitos e extremismos.
Jovens que
sempre puderam dispor de ações de apoio e com uma tecnologia no estalar dos
próprios dedos, mas que não conseguem conhecer e muito menos respeitar as lutas
empreendidas anteriormente, pisoteando-as e qualificando-as como retrógadas,
num esmagamento cultural surreal.
O
aperfeiçoamento não faz parte das intenções, tudo que se lê e se vê é a destruição,
provavelmente por esta razão, a violência explicita tenha retornado com todo o
vapor de épocas remotas, onde a vida humana, sequer era mensurada.
O
comportamento ético regula os relacionamentos pessoais e políticos e quando não
existem, apresentam resultados catastróficos pessoais e sociais, como podemos
observar nos dias atuais.
“Nem sempre o
bom é conveniente ou o mal é totalmente errado”, o ideal é o equilíbrio que estabelece
e mantém a harmonia das relações.
O filósofo
alemão Leibniz( 1646-1716) considera que os direitos e as leis decorrem de três
preceitos básicos:
Não
prejudicar ninguém. Atribuir a cada um o que lhe é devido. Viver honestamente.
Para saber
um pouco mais a respeito da complexidade da ética na prática vivencial, indico:
("Ética para meu filho", Fernando
Savater, Editora Martins Fontes) .
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