sábado, 18 de julho de 2020

PENSANDO NA ÉTICA...



Fico escutando os especialistas em educação de todos os níveis acadêmicos e não os vejo abordar a importância da ética no ensino formal.
Nos tempos bicudos que os jovens estão vivenciando, onde falta tempo para assimilar com precisão tantas informações, a ética, deveria ser uma ferramenta de apoio, oferecendo parâmetros que os ajudassem na seleção e avaliação de tudo que os envolva.
O conceito básico da ética e que servia de amparo era até pouco tempo, oferecida na educação doméstica, todavia, com o desmantelamento dos valores que sustentavam as famílias, aconteceu o pior, ou seja; destruiu-se o existente, mas não se apresentou uma só alternativa que verdadeiramente fosse capaz de agregar o desamparo emocional e prático que se estabeleceu e que, tem deixado as pessoas desarvoradas, meio que sem rumos.
Estou falando de uma juventude que teve a oportunidade de estudar e de vivenciar uma liberdade em todos os níveis e que não consegue enxergar a diferença entre luta de direitos e extremismos.  
Jovens que sempre puderam dispor de ações de apoio e com uma tecnologia no estalar dos próprios dedos, mas que não conseguem conhecer e muito menos respeitar as lutas empreendidas anteriormente, pisoteando-as e qualificando-as como retrógadas, num esmagamento cultural surreal.
O aperfeiçoamento não faz parte das intenções, tudo que se lê e se vê é a destruição, provavelmente por esta razão, a violência explicita tenha retornado com todo o vapor de épocas remotas, onde a vida humana, sequer era mensurada.
O comportamento ético regula os relacionamentos pessoais e políticos e quando não existem, apresentam resultados catastróficos pessoais e sociais, como podemos observar nos dias atuais.
“Nem sempre o bom é conveniente ou o mal é totalmente errado”, o ideal é o equilíbrio que estabelece e mantém a harmonia das relações.
O filósofo alemão Leibniz( 1646-1716) considera que os direitos e as leis decorrem de três preceitos básicos:
Não prejudicar ninguém. Atribuir a cada um o que lhe é devido. Viver honestamente.
Para saber um pouco mais a respeito da complexidade da ética na prática vivencial, indico:
("Ética para meu filho", Fernando Savater, Editora Martins Fontes) .

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