terça-feira, 21 de julho de 2020

DE REPENTE...



Todo mundo sabe como resolver os problemas da cidade.
Alguém, ainda não assistiu a esse filme?
Pois eu já, inúmeras vezes, mas continuo também, pisando na lama...
Assisto por total falta de opção, afinal, diz a constituição que é o certo a se fazer. Depois, não se tem para aonde correr.
Se bem que, sempre aparecem figuras que conseguem quebrar a monotonia e até, prendem nossa atenção, seja para rir, chorar ou simplesmente constatar a falta de limites da cara de pau humana.
Mas tem um personagem que nunca sai de cena e este é DEUS, a quem imputam a responsabilidade de seus sucessos ou não.
Coitado! afinal bem sabemos que ele é o último a ser lembrado nos recôncavos dos acordos pessoais e financeiros que rolam entre partidos e candidatos, tornando-se mais um refrão de efeito moral.
Mas e daí, não é mesmo, afinal, sem partidarismo não há política pública que se sustente, não é o novo refrão que rola nos corredores das campanhas?
Três anos e meio se arrastam num quase mortal silêncio, onde cada qual, cuida de sua vidinha e por incrível que possa parecer, não encontram tempo para tentar resolver as mazelas que o cerca e quanto a criticar, interferir e até mesmo brigar por seja lá qualquer melhoria, aí, é que o bicho pega.
“Isso é assunto para ser tratado no período eleitoral”.
De repente, seis meses antes das eleições, abrem-se as porteiras do “tudo sou e tudo posso”, como uma vitrola quebrada ou um filme danificado, nos pomos a selecionar o de melhor convencimento.
E como é sabido que o que vale é o momento, não importa o quanto, aquele solitário se desdobrou para solucionar pendengas aflitivas de um cem número de pessoas, pois, quem leva no final a melhor é a bendita “vontade de Deus”, acrescida de uns favorzinhos aqui e acolá, tudo muito no sigilo, afinal, fazer propaganda de caridade é feio, assim, como de quem vestir o melhor cardápio de promessas e possuir a maior força de convencimento.
A arte de se tornar popular, vem da Grécia antiga, quando em praça pública, os afamados oradores, recitavam seus entusiasmados mantras sem qualquer utilidade prática, mas que foram capazes de imortalizar grande parte deles, com a sabedoria de encantar o povo, alguns, perderam suas cabeças, mas tudo bem, eram as regras do jogo.
E aí, passada a euforia, novamente o de repente entra em cena, trazendo de volta a pasmaceira de sempre, acrescido de uns novos personagens que por incrível que possa parecer, voltam a não ter tempo para quase nada, pois, afinal, agora são autoridade.
E o ciclo se completa comigo e com você, pisando na lama com cara de babaca.
DIGNIDADE, JÁ!!!!

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