quarta-feira, 15 de julho de 2020

FELICIDADE



Quando somos jovens, desenvolvemos conceitos de felicidade que envolvem todos os caminhos do ter e isso é estimulante, pois, abre espaço para a criatividade e impulsiona as buscas.
Já, quando envelhecemos, nossos conceitos se centram em tudo quanto nos traz paz, conforto e garantias de um agradável estado pessoal em ser e de estar de acordo com o que mais nos dê bem-estar.
Nesse instante, precisei vir para a varanda para ficar sob o sol, a fim de poder escrever, já que com a temperatura de 6° graus, meus dedos se recusavam a teclar o notebook.
E aí, inevitavelmente, lembrei-me da juventude e nos muitos lugares de temperaturas baixas por onde passeei ou morei e não consegui me lembrar de nenhum frio que tanto me incomodasse como o de agora.
Achava chique vestir roupas pesadas e tomar vinho aos pés de alguma lareira ou mesmo tomar café com pipoca coladinha ao forno de lenha, lá nas roças por onde andei e até morei.
Pois é...
Hoje, com a cabecinha branca, o frio já não me empolga e até mesmo me incomoda, levando-me a pensar que o calor é uma benção em qualquer circunstância e somente junto a ele, encontro a mais legitima felicidade, principalmente tendo como refresco, as águas mornas e mansas de minha Itaparica.
Que o rico e belo sul do Brasil me perdoe, mas minha felicidade reside nos trópicos baianos.
Como podem observar, toda felicidade legítima está atrelada ao prazer de se sentir bem.
Que bom que posso escolher o melhor para mim...

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