sexta-feira, 31 de julho de 2020

FRIO ENSOLARADO


Quando o dia amanhece ensolarado, mesmo que o frio esteja de trincar os ossos, será sempre um prazer inenarrável e aí, como de costume, corro para o sol e agradeço ao universo por estar viva para senti-lo.

Fecho os olhos e penso no quanto, sempre fui abusada, igualzinho ao sol que desponta, quando, menos se espera e, cá estou, em mais uma aventura fascinante, desafiando os costumes e o aparente lógico.

Aos 21, adentrei na equipe de um jornal na cidade de Brasília, cercada de profissionais incríveis e com eles, aprendi inúmeros processos que envolvem as elaborações das edições diárias de um meio de comunicação escrita.

Aos 60 anos, voltei a sentar-me nos bancos sagrados de uma Universidade Federal para estudar o meu maior fascínio que são os meandros filosóficos dos comportamentos humanos, sobre a ótica de grandes e poderosos pensadores da raça humana.

Depois, fui buscar entender os reais objetivos da carreira de assistente social e como o profissional desta importante área das políticas públicas e privadas é obrigado a se moldar aos interesses de um mundo político neste mundo sistêmico.

Jamais me arrependi, pois, aprendi muito e com certeza, tornei-me mais humanamente coerente nas minhas avaliações e críticas.

Mas foi nos últimos quase 19 anos, com o Jornal Variedades e com a Rádio Tupinambá que tive a oportunidade de conhecer mais de perto, com a intimidades dos grandes amigos, o povo e as especificidades de nossa Ilha Itaparica.

E agora, vibrantemente, sou pré-candidata a vereança e sinto-me preparada, eufórica e repleta de energias para uma nova empreitada, pois, quero encarar de frente e sem medo de ser feliz, o desejo de me tornar vereadora de minha linda cidade, com o mesmo entusiasmo e garra que empreguei em minha vida, onde o equilíbrio, a razão e o amor, foram minhas margens.

Sinto-me finalmente pronta para este novo desafio.

DIGNIDADE JÁ!!!


Nat King Cole - Fascination - 61 Unforgettable Actresses in The 50’sLindas e inesquecíveis músicas.

quarta-feira, 29 de julho de 2020

ENTRE O TEÓRICO E O PRÁTICO



Pois é, viver intensamente, interagindo sem medo de ser feliz é sempre um grande aprendizado.
Essa é uma retórica pra lá de verdadeira, se não formos presunçosos ao ponto de acharmos que o que o que cremos, seja sempre a verdade absoluta.
Portanto, buscar o equilíbrio será sempre o caminho mais sensato, jamais desprezando o teórico, mas sempre tendo o cuidado de dele extrair os fundamentos exitosos e adaptá-los a realidade num contínuo aperfeiçoamento.
Todas as grandes e significativas mudanças se dão mediante ao uso cuidadoso do ideal desejado, mas respeitando-se as especificidades existentes, apenas, polindo e acrescendo sem que haja traumas ou qualquer tipo de rupturas.
Quando as expectativas do povo de uma cidade já não condizem com a realidade que se apresenta o ideal é observar os vazios e distorções que se, evitando as mudanças bruscas e inflamadas, já que nestes casos, haverá indubitavelmente, uma perda considerável de observação de uma possível realidade.
Eleger um político, não pode ser o mesmo que soltar fogos de artifícios, pois, tudo que sobe muito rapidamente sem amparo de sustentabilidade, também frustra, pois, se apaga e cai na mesma velocidade.
Todo político precisa ter competência ao cargo que disputa, afinal, sem a base teórica fundamentada em seus recursos pessoais, não existe prática que possa utilizar que, corresponda as necessidades que se apresentam.
Não basta que conheça um ou outro aspecto de sua cidade ou que no seu histórico pessoal, seja bonzinho, honesto e participativo em sua comunidade, pois, aliado a estas imprescindíveis qualidades, é preciso que possua uma visão do todo da cidade e do povo que o elegeu, aliando o ideal a ser adaptado com a precisão em priorizar as áreas de maiores demandas.
Hoje, Itaparica tem como prioridade uma profunda reforma legislativa, pois, através dessa providência, não só um número considerável de distorções serão  evitadas, como os senhores edis, estarão mais qualificados e amparados entre si, num mais saudável e providencial exercício da vereança.
Lembrando que a oposição, não pode e não deve se opor as mudanças que sejam relevantes para a população em nome de uma fidelidade partidária, pois, apesar de ser um hábito comum, pela banalidade que a caracteriza, jamais deixou de ser um crime de lesa pátria, pois, estará impedindo ações de benefício público.
O que a realidade nos apresenta e que contraria a teoria da conspiração real e palpável , são as constantes negociações financeiras ou empregatícias que desfilam entre as decisões e que por serem práticas comuns em todos os níveis políticos a começar pelo executivo nacional, tornou-se uma prática desastrosa, desonesta e absolutamente, contra os interesses da população.
Desculpem os textos longos, mas ainda não encontrei uma forma didaticamente explicativa, para realçar o que não gostamos de encarar de frente em nossos cotidianos, mas que com os dedos em riste, acusamos na prática de nossas vivências comunitárias.
Uma Câmara de vereadores precisa tornar-se verdadeiramente, a casa da cidadania, onde cada vereador precisa estar centrado em representar o povo que o elegeu com respeito, fidelidade e postura de fiscalizador e promotor de ações.
Bem, como podem observar, está foi e será sempre a minha bandeira de luta pública e social, pois, sigo com profundo idealismo, mas desprovida de ideologias velhas, incautas e comprovadamente falidas.
DIGNIDADE JÁ!!!
Regina Carvalho

domingo, 26 de julho de 2020

O TUDO E O NADA...



Pois é, desde que comecei a escrever e isso aconteceu na minha adolescência, que meus amigos queridos se preocupam com o fato de eu não buscar editar em forma de livros, como seria sistemicamente natural, toda a bagagem que fui acumulando de palavras e sentimentos.
Na verdade, escrever para mim sempre foi mais uma função física/ emocional que me mantem viva e saudável, pois, jamais fiz deste mecanismo, meios  de ganhos monetários.
Houve um tempo que no arrojo da constatação do envelhecimento e da finitude que certamente me acolheria, pensei e até, editei dois deles, no desejo louco de me eternizar ou de não ter sido apenas, mais uma passante por este mundo de meu Deus.
Mas aí, não sei bem como aconteceu, também percebi que jamais eu seria mais um número nas pesquisas do IBGE, mas sim, um ser absolutamente inteiro, palpável e deliciosamente grata por ter simplesmente existido e conseguido tocar nas mentes de seus contemporâneos, levando a eles, o gosto saudável que o fato corriqueiro do simples existir pode oferecer, se não forem levianos em relação a vida.
Então, conscientemente, passei a doar os meus escritos, fazendo de cada letra, frase ou texto, a minha mais original expressão de amor que sempre esteve presente nas minhas intenções em reação a tudo e ao todo.
Os dias, meses e anos me proporcionaram o tempo e a bendita disposição para produzir um caminho seguro, onde não sou dona de nada e ao mesmo tempo, o tudo me pertence, única e exclusivamente, porque fui aprendendo não só a dividir minhas conquistas, mas principalmente por não me fazer de rogada e receber com a alma aberta o que as pessoas, as circunstâncias, enfim, tudo quanto, o exercício da vivência trazia ou eu mesma buscava, com ou sem maiores critérios seletivos.
Portanto, quando eu me for e espero que esta passagem ainda demore muito para chegar, o que restará de mim, será tão somente, o nada e o tudo que eu em vida sempre fui.
“Sou um contexto do tudo dos infinitos momentos de êxtases que me permiti sentir”.
Afinal, a vida no seu todo é uma contínua explosão de mais e mais vida, num ciclo ininterrupto que só podemos compreender se nos permitirmos ser livres.


sexta-feira, 24 de julho de 2020

Elis Regina - Eu Sei Que Vou Te Amar.wmvTerna e eterna...

CORUJANDO



Hoje eu me superei, deitei as nove horas de ontem e acordei as três e quarenta desta madrugada, pensando no quanto, sempre fui abençoada em tudo por tudo.
Claro que não faltaram problemas, medos, dúvidas e incertezas, mas em sua maioria, situações que eu mesma permiti que adentrassem em meu cotidiano, fosse por infantilidade, impulsividade, vaidade e todos os “ades” possíveis da mente humana produzir.
Em contrapartida, sobrevivi a tudo, recorrendo a outros tantos artifícios mentais, mas com a sensação gostosa de estar sempre muito bem acompanhada, fosse por pessoas especiais, mas com certeza, com uma legião de assistentes espirituais,  que desde sempre reconheci estarem presentes, não me permitindo sentir a dor da solidão.
Hoje é sexta-feira de um quase final do mês  de julho e eu e você estamos vivos, sorrindo, trabalhando, fazendo planos e até chorando, mas acima de tudo, nos emocionando a cada instante,  sinais evidentes de que existimos e só por isso, já deveríamos dar GRAÇAS A DEUS.
Aproveito para agradecer as infinitas demonstrações de carinho que venho recebendo que não me deixam esquecer o quanto, a vida e as pessoas sabem ser lindas, amigas e solidárias.
Um beijinho doce (acabei de comer um pedacinho de strudel de maçã) no coração de vocês.

OS HOMENS NA MINHA VIDA.



Quem me ouve ou lê, exaltando as qualidades e fortalezas das mulheres, sequer pode mensurar a minha profunda admiração pelos homens.
“Trenzinhos bons demais da conta”, que não dispensei em momento algum de minha vida, pois, tive o privilégio de conviver com lindas criaturas, com os quais, tudo aprendi nesta minha bendita vida.
Suas generosidades pessoais, abriram espaço para que eu pudesse ser eu mesma, inclusive, quando, meus ímpetos femininos se faziam presentes (quase sempre), cutucando-os nos recôncavos de seus machismos.
E foi sempre assim, desde que me lembro na minha distante infância, sendo a princesinha atrevida do meu pai e a irmã destemida de meu irmão.
Depois, a aluna inquisidora dos inúmeros inteligentes professores, assim como a namoradinha arredia e extremamente seletiva, sem esquecer dos amigos que precisaram compreender que eu apreciava dividir com eles, os papos e as brincadeiras, mais do que com as meninas.
Mais tarde, na adolescência, encontrei o amor e aí, a jiripoca piou. A “coisa” foi tão satisfatória que amarrei com um nó, tão bem apertado, que resiste até hoje e olha, que já se passaram 52 anos.
No trabalho diversifiquei as minhas atenções e de cada colega e patrão, suguei o melhor transformando-os em verdadeiras enciclopédias de profundo aprendizado.
Então, como posso não os amar, pedacinhos perfeitos de um saboroso manjar?
Agora, deixar que me digam quem devo ser, aonde devo ir e o que posso ou não fazer...
Até sou capaz de ceder, mas o jeitinho no pedir, tem que ser no capricho...
Afinal, sou mais uma dentre tantas, poderosa mulher, parceira com certeza, submissa jamais.


quinta-feira, 23 de julho de 2020

Simone e Zélia Duncan - Casa É Amigo

O REAL E O CERTO.



Não se trata de ser ou querer  parecer boazinha, certinha ou seja lá o que for, apenas, com minhas ideias e ideais, tentei e tento incansavelmente, registrar e reverberar o “tudo aquilo” que geralmente, passa batido ao ponto de nos levar a acreditar que é real e certo.
Real deveria ser a aplicação imediata e sem desculpas, das políticas públicas em prol de uma qualidade mínima de vida do povo de uma cidade.
Certo seria esse mesmo povo recebe-las de forma sistemática, sem pedir favores e sem se tornar refém de suas próprias necessidades.
Assim, o real e o certo andariam juntos e os desenvolvimentos de todas as naturezas seguiriam em crescimento de forma expressiva e coerentemente humana.
Mas o que vemos por todo o tempo, é um pot-pourri ininterrupto de falácias, desculpas e vitimizações, também de todas as naturezas, acrescido de vaidades sem limites, que se reciclam de acordo com a época e as conveniências.
Precisamos mudar esse ciclo vicioso e para tanto, torna-se necessário não ter medo de mudanças,  fazendo- as, quantas vezes, forem necessárias, optando-se pela busca consciente do real e do certo, que existe e é possível de ser conquistado, afinal, exemplos exitosos, não faltam.
Real é o que podemos tocar, enxergar e sentir. Certo é tudo que nos facilita em nossas vivências cotidianas e cujos benefícios, estejam além de mim.
DIGNIDADE JÁ!





quarta-feira, 22 de julho de 2020

PENSANDO...



O sino da igreja que fica aqui pertinho, está badalando no aviso matinal de que são seis horas. Olho através da janela e tudo ainda está escurinho, mas como de costume, eu já estou com a mente a todo vapor pensando em situações e comportamentos que são corriqueiros, mas que jamais consegui copiar e um deles é:
“Por que, preciso deixar de ser eu mesma com uma pessoa que admiro, só porque estamos em lados diferenciados ou contrários na política partidária”?
Sempre achei muito estranho e falso, como se o meu bem querer tivesse momentos especiais para acontecer.
Ora, se gosto, gostarei em qualquer situação e se me é indiferente ou simplesmente, não gosto, o que é raro de acontecer, pois, habituei-me a pesquisar sempre o melhor lado de uma pessoa e geralmente, encontro e me dou por satisfeita.
A incoerência é sempre uma constante nos hábitos e costumes e o não dar “ousadia” para o adversário como dizem aqui no nordeste é recorrente, principalmente nas cidades pequenas como Itaparica, onde os olheiros e fuxiqueiros de plantão estão sempre buscando intrigas, geralmente também, para se darem bem com seus líderes, levando e trazendo os disse me disse, cotidianos.
Olho as lives de pessoas que gosto e admiro por esta ou aquela razão, que me é pessoal e fico feliz por constatar os seus sucessos, suas realizações, suas ambições e faço questão que ela saiba que apesar de estarmos em lados opostos, torço por ela, pois, há muito descobri que agindo assim, me fortaleço.
E como corro sempre atrás do meu próprio bem estar, afinal, sou uma contumaz egoísta, não me faço de rogada e ofereço sem cerimônias ou medo de represálias, as minhas intenções em forma de vibrações amorosas e, não é que sempre deu certo...
Creio que esse mecanismo me fortalece e me ajuda a ultrapassar as barreiras cruéis e primárias da insegurança existencial que reside em mim.
Para que meu sucesso aconteça, não precisarei jamais fingir que o outro não existe ou simplesmente, denegrir com a sua imagem.
Portanto, neste período eleitoral de muitas disputas e principalmente fofocas, façamos valer aquela pitada de doçura que existe certamente em todos nós, e façamos diferente, pois, uma coisa é certa, valemos exatamente o que somos no nosso agir e não apenas, no que falamos.
E se você é um político buscando reeleição, é preciso que se lembre que você até por também primaria educação, deveria ser cordial e portar-se pelo menos publicamente, com mais isenção da bobice de só elogiar, curtir e apoiar, aqueles que estão lhe aplaudindo, afinal, você foi eleito através dos votos de uns, mas para zelar por todos.
A VIOLÊNCIA, geralmente se apresenta no cotidiano das relações muito sutilmente e nós, a alimentamos sem perceber a pequenez de nossas estupidas vaidades.
Sou mulher, adoro os homens e respeito os meus semelhantes e não admito ser cerceada nos meus projetos pessoais, assim sendo, se minha plataforma de lutas foi e será sempre em prol de mudanças que venham a contribuir para a alteração das posturas repetitivas, velhas e corroídas de nossos políticos, que tanto nos mazelam, estás, precisam começar por mim.
Parabéns a todos e a todas que estão se lançando nesta campanha política em busca da oportunidade de ofertarem o melhor de si em prol de todos nós.
Há sempre um espaço especial para as “fabulosas pessoas”
 “DIGNIDADE JÁ!”



terça-feira, 21 de julho de 2020

FABULOSAS MULHERES



A questão não é se haverá uma vitória expressiva das mulheres neste pleito eleitoral, mas a participação necessária como forma de tenacidade e resistência a uma histórica trajetória de total desconsideração de identidade que lhes foi imputada em todos os níveis, já que não podem aceitar mais, apenas, o papel de tampões das exigências constitucionais.
Minhas proposições, não se limitam aos 30% de exigência obrigatória aos partidos, mas um chamamento caloroso para que um maior número de mulheres compreenda a importância de suas presenças nas lutas sociais.
Somos a mola mestra das operações vivenciais, semeando e estabelecendo amparo e sustentabilidade ao homem em seus projetos pessoais e, no entanto, permanecemos como simples sombras num convencimento cruel de que, não estamos a altura de termos sobre nós as luzes da expressividade pública.
As poucos, mulheres que arrojadamente se projetaram sempre precisaram de uma bengala masculina, tirando delas a verdadeira liberdade de exporem suas ideias e ideais, devido as infinitas pressões a que se veem expostas ou simplesmente submissas.
Tudo o que nos servirá de amparo hoje ou em qualquer época, tem que ser a união, onde a vitória de uma representa a conquista de todas e nesta linha de ideal ir semeando sementes férteis de mulheres arrojadas que possam paulatinamente ir imprimindo nas sociedades um perfil mais humano, fora dos padrões até então, apresentados e que, definitivamente, sempre foi segregador criando uma forma mais humanitária na melhor da sua expressão.
Reparem que as corporações e instituições mais fortes, são aquelas em que o corporativismo é rígido e garantidor do sentido maior de grupo.
Meu texto não tem como objetivo criar qualquer tipo de disputa com os adoráveis homens que nos rodeiam, tão somente, tem a intenção de despertar cada mulher que o ler, para o entendimento de que, independentemente de sua idade, tendo uma profissão ou não, toda mulher é uma célula social de fundamental importância e que precisa e deve soltar a sua voz, sem medo ou vergonha de ser feliz.
Somos fabulosas mulheres e precisamos incorporar esta realidade em favor de uma DIGNIDADE, JÁ!!!

DE REPENTE...



Todo mundo sabe como resolver os problemas da cidade.
Alguém, ainda não assistiu a esse filme?
Pois eu já, inúmeras vezes, mas continuo também, pisando na lama...
Assisto por total falta de opção, afinal, diz a constituição que é o certo a se fazer. Depois, não se tem para aonde correr.
Se bem que, sempre aparecem figuras que conseguem quebrar a monotonia e até, prendem nossa atenção, seja para rir, chorar ou simplesmente constatar a falta de limites da cara de pau humana.
Mas tem um personagem que nunca sai de cena e este é DEUS, a quem imputam a responsabilidade de seus sucessos ou não.
Coitado! afinal bem sabemos que ele é o último a ser lembrado nos recôncavos dos acordos pessoais e financeiros que rolam entre partidos e candidatos, tornando-se mais um refrão de efeito moral.
Mas e daí, não é mesmo, afinal, sem partidarismo não há política pública que se sustente, não é o novo refrão que rola nos corredores das campanhas?
Três anos e meio se arrastam num quase mortal silêncio, onde cada qual, cuida de sua vidinha e por incrível que possa parecer, não encontram tempo para tentar resolver as mazelas que o cerca e quanto a criticar, interferir e até mesmo brigar por seja lá qualquer melhoria, aí, é que o bicho pega.
“Isso é assunto para ser tratado no período eleitoral”.
De repente, seis meses antes das eleições, abrem-se as porteiras do “tudo sou e tudo posso”, como uma vitrola quebrada ou um filme danificado, nos pomos a selecionar o de melhor convencimento.
E como é sabido que o que vale é o momento, não importa o quanto, aquele solitário se desdobrou para solucionar pendengas aflitivas de um cem número de pessoas, pois, quem leva no final a melhor é a bendita “vontade de Deus”, acrescida de uns favorzinhos aqui e acolá, tudo muito no sigilo, afinal, fazer propaganda de caridade é feio, assim, como de quem vestir o melhor cardápio de promessas e possuir a maior força de convencimento.
A arte de se tornar popular, vem da Grécia antiga, quando em praça pública, os afamados oradores, recitavam seus entusiasmados mantras sem qualquer utilidade prática, mas que foram capazes de imortalizar grande parte deles, com a sabedoria de encantar o povo, alguns, perderam suas cabeças, mas tudo bem, eram as regras do jogo.
E aí, passada a euforia, novamente o de repente entra em cena, trazendo de volta a pasmaceira de sempre, acrescido de uns novos personagens que por incrível que possa parecer, voltam a não ter tempo para quase nada, pois, afinal, agora são autoridade.
E o ciclo se completa comigo e com você, pisando na lama com cara de babaca.
DIGNIDADE, JÁ!!!!

domingo, 19 de julho de 2020

O IMPROVAVEL AMANHÃ



Somos criaturinhas absolutamente inconsequentes, pois, acreditamos que somos isto ou aquilo a mais que o outro e nos desdobramos em riscos e bobeiras vivenciais, como se fossemos imunes a tudo e que, o ruim e o desagradável, só ocorre com o outro, afinal, somos os tais...
Pois é, mas aí...
O amanhã não chega para alguém que amamos ou o amanha chega com diagnósticos desagradáveis e de repente, a ficha de nossa consciência desaba pesadamente e nos damos conta que nada somos, além de uns seres muito frágeis, capazes de sermos derrubado por um ventinho mais forte, ou como ocorre agora, por um inimigo invisível, capaz de danificar nossas existências.
O hoje, precisa ser repensado, o passado deixado apenas como referência, porque o amanhã é tão somente, uma possibilidade.
Então, é preciso que deixemos de ser babacas e encaremos o ato de viver como um prêmio que a vida nos concedeu no seu instante de graça bendita, mas sem qualquer garantia de continuidade ou seguro de imortalidade.

A PERDA DA EMPATIA



Todas as vezes que se cobra algo de fundamental importância ao atual executivo de Itaparica, alguém adentra na postagem e defende a mesma com a argumentação esdrúxula de que os anteriores também não fizeram.
E aí, fico me perguntando se de verdade essas pessoas acreditam no que falam ou tão somente, desenvolveram em si, um mecanismo de alienação, afinal, como alguém que em sã consciência votou num candidato esperando mundos e fundos, pode agora, se satisfazer apenas com os fundos, menosprezando inclusive um todo que permanece pior que dantes, já que o não arrumado só tende a piorar.
Quando escrevo sobre ética, com certeza estou lamentando pelos caráteres que ao longo dos anos tem sido moldados com a mesma indiscriminada confusão de valores morais e posturais, onde tudo é aceito e válido se alguma vantagem pessoal estiver envolvida no processo.
O pior de tudo é a perda possível de se constatar da bendita empatia, onde as máscaras das relações interpessoais se desmancham, deixando à amostra o caráter de cada criatura nos meses que antecedem as eleições.
Os pleitos eleitorais abrem as porteiras do abominável. Pense nisso, antes de aprovarem obras superfaturadas e realizadas sem qualquer qualificação, justificando-as, pois, os anteriores fizeram a mesma coisa ou de achar que tudo está maravilhoso, quando a olhos vistos, a cidade está soterrada mais uma vez em meio ao caos de administrações mambembes e visivelmente incapazes.
Dinheiro público existe para libertar o povo da miséria e não para pagar os luxos e os desmandos de meia dúzia de espertos que nem mais trabalho se dão em disfarçarem seus mal feitos.
Defender direitos, jamais será o mesmo que defender o abominável, afinal, em se tratando de políticas públicas, o bem comum sempre será o certo a ser defendido, assim como a verdade deveria ser reconhecida através do evidente.
Eleição existe para contratar e para demitir, portanto, se não atuou conforme o esperado, cabe ao povo sem lamúrias, buscar outro funcionário que cumpra as suas obrigações.
Enquanto no Brasil, o povo não pegar o “touro a unha”, vigiando as ações de cada gestor que tomar posse, seja no executivo ou legislativo, interferindo se necessário, com certeza, não haverá mudanças, pois, cada um será sempre mais um espertinho querendo se dar bem e nada mais.
Itaparica precisa se livrar do apenas sofrível. Ela merece e nós, seu povo também.
DIGNIDADE, JÁ!!!!!

sábado, 18 de julho de 2020

PENSANDO NA ÉTICA...



Fico escutando os especialistas em educação de todos os níveis acadêmicos e não os vejo abordar a importância da ética no ensino formal.
Nos tempos bicudos que os jovens estão vivenciando, onde falta tempo para assimilar com precisão tantas informações, a ética, deveria ser uma ferramenta de apoio, oferecendo parâmetros que os ajudassem na seleção e avaliação de tudo que os envolva.
O conceito básico da ética e que servia de amparo era até pouco tempo, oferecida na educação doméstica, todavia, com o desmantelamento dos valores que sustentavam as famílias, aconteceu o pior, ou seja; destruiu-se o existente, mas não se apresentou uma só alternativa que verdadeiramente fosse capaz de agregar o desamparo emocional e prático que se estabeleceu e que, tem deixado as pessoas desarvoradas, meio que sem rumos.
Estou falando de uma juventude que teve a oportunidade de estudar e de vivenciar uma liberdade em todos os níveis e que não consegue enxergar a diferença entre luta de direitos e extremismos.  
Jovens que sempre puderam dispor de ações de apoio e com uma tecnologia no estalar dos próprios dedos, mas que não conseguem conhecer e muito menos respeitar as lutas empreendidas anteriormente, pisoteando-as e qualificando-as como retrógadas, num esmagamento cultural surreal.
O aperfeiçoamento não faz parte das intenções, tudo que se lê e se vê é a destruição, provavelmente por esta razão, a violência explicita tenha retornado com todo o vapor de épocas remotas, onde a vida humana, sequer era mensurada.
O comportamento ético regula os relacionamentos pessoais e políticos e quando não existem, apresentam resultados catastróficos pessoais e sociais, como podemos observar nos dias atuais.
“Nem sempre o bom é conveniente ou o mal é totalmente errado”, o ideal é o equilíbrio que estabelece e mantém a harmonia das relações.
O filósofo alemão Leibniz( 1646-1716) considera que os direitos e as leis decorrem de três preceitos básicos:
Não prejudicar ninguém. Atribuir a cada um o que lhe é devido. Viver honestamente.
Para saber um pouco mais a respeito da complexidade da ética na prática vivencial, indico:
("Ética para meu filho", Fernando Savater, Editora Martins Fontes) .

sexta-feira, 17 de julho de 2020

ASSEPSIA NECESSÁRIA



Uma coisa, nem sempre é igual à coisa que acreditamos que seja. E aí, fazemos avaliações fora da realidade prática, seja lá do que for.
Quando, afirmamos que um gestor não tem qualificação, isso não significa que o mesmo seja incapaz, apenas que, ele, não está preparado para o cargo, o que não tira dele méritos adquiridos em outras áreas.
O que acontece conosco, seres humanos com tendência forte ao egocentrismo, é que geralmente nos achamos capazes de tudo, e aí, na hora “H”, o nosso achismo se perde frente às realidades bem mais exigentes e aí, novamente, arrogantes também por natureza, passamos a encontrar paliativos aliados às costumeiras desculpas, única e exclusivamente para não darmos os braços a torcer.
Quando criticamos e cobramos uma gestão pública, normalmente não mensuramos a complexidade que envolve este cargo de tamanha responsabilidade, até porquê, o próprio gestor também não o fez, lançando-se na maioria das vezes às cegas, numa espécie de aventura carreirista pessoal que, se o satisfaz em inúmeros aspectos, por outro, se não representa um verdadeiro caos, pelo menos, retém um desenvolvimento para o povo e consequente cidade.
E é isso que vemos acontecer sistematicamente, afinal, pessoas esforçadas e de boa vontade, não suprem as necessidades exigidas de um administrador com, pelo menos, uma certa experiência que é necessária, tendo estado em algumas funções relativas a, no mínimo, liderança de pessoas e bens alheios.
Todavia, em nosso país, quando alguém adentra na politica partidária, imediatamente se acha capaz de exercer qualquer cargo, e aí, se coloca a defender teses sem qualquer profundidade de conhecimento, tornando-se o que no meio da comunicação dos anos setenta, ainda me lembro em Brasília, foi designado com o slogan; “Aspone e Dipone” (assessor e diretor de porra nenhuma) que eram aquelas pessoas contratadas por indicação política que se “achavam” e que, geralmente, com o passar do tempo, se firmavam nos relacionamentos políticos e até chegavam a postos de destaque e representatividade pública.
O Brasil está repleto de ex -“Dipones e Aspones” que se deram bem, hoje, ocupando cargos de relevância na vida pública, onde tudo lhes é cor de rosa em detrimento do bem comum.
Portanto, não adianta trocar o curativo, se a ferida não for assepsiada.
E no nosso caso em Itaparica é preciso que tenhamos pulso e determinação para limparmos cuidadosamente as feridas que de forma recorrente e históricas permanecem nos fazendo sentir dor.
Na realidade, acabei de fazer uma salada de frutas, pois, no estado em que nos encontramos, fica até difícil manter uma linha de argumentação, afinal, são tantas as distorções, erros e perspectivas frustradas que, faço um esforço tremendo para não me deixar levar pelo caminho do achismo puro e simples de qualquer questão ou, o que é pior, acreditar que sou a dona da verdade, tão comum hoje em dia.


quinta-feira, 16 de julho de 2020

VERGONHAS!!!



Não se trata de culpar A ou B que esteja trabalhando nesta ou em qualquer outra gestão que já tenha havido, por não terem resolvido os problemas recorrentes ou históricos, seja na Infra ou em qualquer outro setor público, afinal, tudo que podemos afirmar é que a grande maioria não estava ou está qualificado para o cargo, pois, toda a responsabilidade cabe ao gestor, pois, somente ele tem a caneta na mão para nomear, assim como para determinar o que se pode ou não fazer.
Daí, o ridículo dos mesmos ficarem elogiando seus secretários ou se fazendo de mortos, quando os mesmos são achincalhados pela população, afinal, esta tática usual é velha e só engana ao ingênuo ou interesseiro de plantão.
Todas a demandas até o momento existentes, só encontrarão uma rota de soluções definitivas, quando, nós, população ativamente participante, tomarmos consciência que sem mudanças radicais, tudo permanecerá como numa interminável simbiose, cujo perdedor será sempre o povo e a cidade como um todo.
Não basta somente querer trocar os vereadores, mesmo reconhecendo que são como canceres a distribuir metástases pelo corpo da cidade, matando-a lentamente, pois, o mais importante é mudar os conceitos de funcionamento da casa da cidadania, resgatando sua essência e seus fundamentais objetivos.
Essa não é uma tarefa que possa ser entregue aos candidatos, sem que haja também uma profunda conscientização do povo em buscar um novo modelo gerencial nos candidatos que se apresentam e que, necessitam apresentar determinadas qualificações que, podem até não serem simpáticas e politicamente corretas, mas que são eficientes e ampliam o grau de perspectivas de sucesso.
Observem que até o momento, não ouvi um só comentário sobre as alterações que precisam ser feitas no Regimento interno da Câmara, adaptando-o as necessidades atuais da cidade, ampliando o leque de trabalho, formatando e facilitando o acesso do povo em reuniões públicas, enfim, transformando a casa num verdadeiro reduto da cidadania, onde cada vereador terá um único laço de fidelidade, que será com o povo que o elegeu.
As comissões internas, precisam ser bem formadas por pessoas que tenham capacidade de avaliar as demandas que se apresentem e responsabilidade para buscar técnicos e especialistas, quando, as dificuldades ultrapassarem seus conhecimentos, afinal, é chegada a hora de se aposentar o primarismo administrativo do legislativo e do executivo, forçando assim, uma não recorrência das posturas usualmente empregadas nas administrações públicas.
De nada adianta um candidato a vereador, mostrar projetos se o mais sério e necessário que é a restruturação do corpo funcional da câmara continuar arcaica e viciada.
Se é para mudar que mudemos com vontade, sem medo de ser feliz, afinal, chegamos ao fundo do poço.
O que mais podemos perder?
Hoje, somos um conjunto de pseudos bairros que camuflamos chamando de comunidades, mas que na realidade pelo abandono, maus tratos e obras de quinta categoria, nos coloca no patamar das favelas possíveis de serem encontradas nos quatro cantos de parte deste país, onde o coronelismo, há muito disfarçado, continua com o chicote na mão, mantendo redutos de pobreza e submissão escravagista.
Antes de me jogarem pedras, defendendo o indefensável, olhem aos seus redores e digam a si mesmos que estou exagerando ou cuspindo no prato que ainda como.
Como podem aplaudir ou desculpar seja lá quem for pelas mazelas que lhes são imputadas por meia dúzia de mequetrefes que sequer tem tradição nobre, mas que se curvam diante dos velhos coronéis que continuam com seus filhos e netos, fazendo o povo dançar ao som de seus cantos dantescos?
DIGNIDADE, JÁ!!!!

quarta-feira, 15 de julho de 2020

FELICIDADE



Quando somos jovens, desenvolvemos conceitos de felicidade que envolvem todos os caminhos do ter e isso é estimulante, pois, abre espaço para a criatividade e impulsiona as buscas.
Já, quando envelhecemos, nossos conceitos se centram em tudo quanto nos traz paz, conforto e garantias de um agradável estado pessoal em ser e de estar de acordo com o que mais nos dê bem-estar.
Nesse instante, precisei vir para a varanda para ficar sob o sol, a fim de poder escrever, já que com a temperatura de 6° graus, meus dedos se recusavam a teclar o notebook.
E aí, inevitavelmente, lembrei-me da juventude e nos muitos lugares de temperaturas baixas por onde passeei ou morei e não consegui me lembrar de nenhum frio que tanto me incomodasse como o de agora.
Achava chique vestir roupas pesadas e tomar vinho aos pés de alguma lareira ou mesmo tomar café com pipoca coladinha ao forno de lenha, lá nas roças por onde andei e até morei.
Pois é...
Hoje, com a cabecinha branca, o frio já não me empolga e até mesmo me incomoda, levando-me a pensar que o calor é uma benção em qualquer circunstância e somente junto a ele, encontro a mais legitima felicidade, principalmente tendo como refresco, as águas mornas e mansas de minha Itaparica.
Que o rico e belo sul do Brasil me perdoe, mas minha felicidade reside nos trópicos baianos.
Como podem observar, toda felicidade legítima está atrelada ao prazer de se sentir bem.
Que bom que posso escolher o melhor para mim...

terça-feira, 14 de julho de 2020

É BRINCADEIRA...



Acordo, ligo a TV e lá está se discutindo em julho em meio a uma pandemia que está matando indiscriminadamente a população, se vai ter carnaval ou não em fevereiro.
É cruz credo, viu!!!
“Dinheiro, interesses de grupos e áreas específicas e que o tudo mais vá pro inferno”.
Até há poucos dias, a preocupação era se haveria ou não eleições, mas agora, com sete meses de antecedência, o assunto em questão é o carnaval 2021.
Enquanto isso, ainda não escutei um só político ou especialista das redes de TV e jornais, levantarem a questão sobre um reforço dos aparelhamentos nos hospitais, após, pandemia, com aproveitamento dos equipamentos que foram comprados e até mesmo, se pensar em um novo modelo de saúde pública e da educação, ambos capengas e há muito pedindo socorro.
Vivemos há muito tempo com a mais dura e mortal pandemia que é a da inconsciência humana que deixa exposta a sua estupidez, num contágio assustador.
Bem sabia Jesus quando se dirigiu a seu pai na sua hora final:
“Perdoai-os pai, pois, não sabem o que fazem” ...



domingo, 12 de julho de 2020

A FORÇA DO CONTRADITÓRIO MASCULINO


São quase cinco horas da manhã e já estou sentadinha diante de meu computador pensando e escrevendo, justo sobre as mulheres, estas criaturas maravilhosas que já encontraram os seus espaços sistêmicos, mas ainda precisam lutar a cada instante, para ocupá-los.
Como mulher me sinto absolutamente à vontade, afinal, sofro na pele todas as dificuldades de trânsito físico e emocional neste sistema ainda sobre o domínio e custódia do homem que até se mostra generoso, abrindo espaço aqui e acolá, mas que preocupado com a proteção de seus territórios, mantém controle ferrenho, limitando de uma forma ou de outra, tudo quanto possa lhe parecer perigoso ao seu próprio domínio.
AFF!!!! Como é cansativo e desgastante para nós mulheres vivenciarmos este duelo camuflado de mil maneiras, onde nos fazemos de tolas, compreensivas e magnânimas, pois compreendemos serem os únicos caminhos por onde podemos ir avançando lenta, mas seguras, em prol de um direito que nos garanta direitos.
Que coisa, hein!!!!
Somos e seremos sempre o contraditório dos homens, somos aquelas que lhes doam a sensibilidade e que geralmente tem o domínio argumentativo que pode inclusive se expressar somente através das atitudes aparentemente corriqueiras.
Somos os corpos que aquecem, temos os peitos que alimentam, possuímos os olhos que enxergam os detalhes que a eles, muitas vezes, passam despercebidos.
Somos suas bases, seus esteios, seus consolos.
Somos seus prazeres, suas preocupações e até podemos chegar a sermos suas ruinas, mas apesar de representarmos tanto em suas vidas e de nós precisarem de forma indiscutível, nem que seja em um único aspecto fundamental que é o de simplesmente existir, ainda precisamos lutar a cada instante de nossas existências para sermos enxergadas pela grande maioria, além da cama e do fogão.
Penso então, que não tem sido fácil esta nossa jornada de vida em busca de liberdade.
E penso também que ao longo das batalhas, muitas de nós se perderam ou se confundiram, deixando lastros de dor, perdas e sofrimentos, trocando os alhos sadios de suas existências por confusos bugalhos que uma nova realidade, prometia.
Batalhas constantes desgastam, enfraquecem e nos induzem a desistir, e nesta jornada entre a consciência dos direitos, a ânsia do querer e a força do contrário, muitas vezes, recuamos, não por estratégia de um bom plano, mas tão somente, por cansaço.
Pense nisto, você mulher que me lê. Olhe ao redor e busque outras mulheres nos representando, expressando nossas vozes.
Tente fazer um pequeno exame de consciência, levando em conta a realidade de que tão acostumada que fomos ao cabresto, mesmo tendo a liberdade, nos sentimos presas.
E quando finalmente, ganhamos espaço e seguramos as rédeas, optamos em prestigiar os homens em detrimento de toda e qualquer mulher, pois o preconceito está primeiro em nós em não nos reconhecermos, em não nos valorizarmos.
Penso muito nisto, hoje, amanhã e sempre, por que não? Afinal, pensando muito, passo a enxergar um pouco e nesta guerra de valores, um pouco é sempre um pouco a mais.
E vivam os homens, nossos encantadores contraditórios ferrenhos e astutos na arte tenaz de querer, e quase sempre conseguir, nos enjaular.
E antes que me contradigam, pensem em suas próprias vidas, suas vitórias e perdas, pensem nos homens de suas vidas, nos silêncios e nos gritos e principalmente na solidão dos anseios e das conquistas.
Assim como pensem na força motora do contraditório masculino que nos impulsiona por todo o tempo na busca de nossos ideais femininos.
Escrito em 2014.

BOM DIA!



Hoje, verdadeiramente madruguei, mas também, fui dormir as sete e trinta da noite deste sábado, pois, a cama e o calor de meu Roberto eram os atrativos mais convincentes, frente a este frio infernal.
SOCORRO!!!!
Quero o calor da minha Itaparica...
GENTE!!!
Eu assopro e sai vapor....
O nariz escorre, os olhos lacrimejam, o corpo pede sol, mas ainda assim, a mente agitada se movimenta, trazendo ao consciente tudo quanto os benditos sentidos registraram.
Se bem que nos últimos meses, tirando as infinitas análises das babaquices faladas por Bolsonaro e seus rebentos ou das agressões disparadas pela esquerda periférica a tudo que não for de acordo com os seus mantras ideológicos, só restou os boletins funerários que deprimem, nos fazendo criar mecanismos de sobrevivência mental, como por exemplo; dormir agarradinha com alguém que amamos, assim como comer e beber além da conta ou, também, escrever para não enlouquecer por estar longe das águas mornas de Ponta de Areia, dos cantos animados de meus pássaros e, principalmente, dos acenos calorosos e dos beijos enviados a distância das muitas lindas criaturas que em Itaparica deixei.
Acho que vou voltar para a cama, afinal, meus dedos estão endurecendo, minhas pernas estão congelando e para resolver tudo isso, só mesmo o calor de um corpo amado.
Tchau!... Até mais tarde...
Bom dia, para você também...


sábado, 11 de julho de 2020

QUE COISA, VIU!...



Mal humor é um estado mental e emocional que há muito tempo desapareceu de minha vida.
No entanto, nesta manhã, me percebi mal humorada, sem paciência com o meu notebook, com o frio que não desaparece nem mesmo com a presença teimosa do sol e com o que acabei de ouvir através de um vídeo postado por Cledyson (o cadeirante).
Baixou em mim um profundo desânimo em relação ao ser humano, diante da constatação da indiferença sempre presente nas posturas daqueles que “pensamos” poder contar, em momentos aflitivos.
Que protocolo é esse da polícia, que não permite levar um cidadão ao Hospital, a não ser em caso de acidente?
Que competência médica, tem um soldado para avaliar o grau de gravidade do estado físico de alguém?
Assim como, de que valem os inúmeros carros alugados pela Prefeitura e que são pagos com os nossos impostos, se não servem para levar um cidadão ao hospital?
Ou melhor; que barreira sanitária é essa que não socorre uma cidadã que desmaia a poucos metros de si?
Estou aqui pensando que tudo isso que foi narrado é surreal que tenha acontecido em um reduto tão pequeno, quanto a nossa Itaparica, onde a solidariedade e o respeito ao bem estar do cidadão deviam ser as prioridades de qualquer serviço público.
Enquanto isso, as propagandas se sucedem, tentando inutilmente estimular uma solidariedade que há muito se desfaz em nossos cotidianos, através dos exemplos vergonhosos possíveis de serem constatados nas posturas daqueles que deveriam ser exemplos.

sexta-feira, 10 de julho de 2020

DE HISTÓRICO A RECORRENTE

Mas a cara de pau, continua a mesma, frente às reações indignadas da população.
Os problemas de infraestrutura que domina e escraviza os cidadãos itaparicanos atravessam décadas; e foi na esperança em vê-los solucionados que a atual gestão foi eleita de forma espetacular em relação aos seus concorrentes.
Não havia a infantilidade de se acreditar que em quatro anos, tudo estaria resolvido, mas havia a esperança de que, em cada localidade, os problemas mais graves e de maior extensão abrangente aos seus moradores, tivesse finalmente, uma solução, o que daria, com toda a certeza a devida credibilidade para um novo mandato, onde seria possível, oferecer aos munícipes o direito de ir e vir com dignidade.
Mas isso não ocorreu e a emoção da esperança logo se transformou na dor da decepção de um povo simples que acreditou numa virada histórica, colocando no poder uma mulher que deduziram possuir a sensibilidade de uma verdadeira mãe zelosa, profundamente conhecedora do melhor para seus filhos.
No decorrer dos primeiros meses de gestão, toda a euforia do povo foi se dissipando através das ações truncadas, confusas e contrárias a todas as expectativas previstas, mas ainda, havia a dúvida santa, destinada aos poucos qualificados em gestão pública, mas até isso, se dissipou como névoa com a chegada do sol do esclarecimento brutal de que, além do palanque, nada verdadeiramente existia que pudesse corresponder às necessidades primárias e fundamentais do povo.
Aí, o Governo do Estado corre no socorro da inoperância, calçando aqui, asfaltando ali, inaugurando isso ou aquilo, assim como frente às cobranças insistentes e a tardia conscientização de que o povo não estava nadinha satisfeito, pequenas e pouco necessárias obras foram sendo realizadas, garantindo assim apoios de seus líderes comunitários que ameaçavam abandonar o barco.
Não houve nesses quase quatro anos de mandato um direcionamento direto e irrestrito às prioridades do povo, infelizmente, as ações se resumiram a focos isolados que atendessem os redutos eleitorais expressivos, deixando abandonadas as demais comunidades, utilizando-se sistematicamente das mesmas desculpas, também históricas, de sempre, deixando o povo mais que magoado, puramente indignado, pois, todos tinham conhecimento das verbas milionárias recebidas como jamais dantes havia acontecido, nesta comarca.
Portanto, na qualidade de cronista e observadora dos fatos que se apresentam, lamento que a milhares de quilômetros de distância, eu tenha sido telespectadora de toda essa vergonha que me é intima no cotidiano e que foi mostrada nesta manhã através da Televisão.
O primarismo do secretário de obras poderia ter sido poupado assim como a manutenção do flagelamento de toda uma cidade.
Seria surreal se não fosse a dura realidade de todos nós que em Itaparica vivemos.
A recorrência dos problemas, quando não faltam os devidos recursos, senhores executivos de Itaparica, somente acontece, na inoperância das posturas e providências, assim como administrar o erário público, determinando as prioridades não é tarefa para principiantes.
Se está bom para vocês, que saboreiam do filé mignon, há muito já não satisfaz ao povo, cansado de roer os ossos.

Regina Carvalho, carioca, professora,
publicitária, filósofa social e colunista,
membro da Academia de Letras do Recôncavo,
natural do Rio de Janeiro, 46 anos da vida dedicados
a escrever em jornais de Minas, Brasília e Bahia.
Locutora e diretora da Rádio Tupinambá, FM – Itaparica
e editora do Jornal Variedades – Itaparica – BA.

domingo, 5 de julho de 2020

BASTA DE VIOLÊNCIA.


Se tem algo que me assusta são os discursos de ódio, onde a criatura projeta num assunto de relevância social, suas próprias frustrações, que vão além da questão apresentada.
Justificam-se dizendo que estão defendendo uma causa, mas quem disse que para se defender algo, torna-se necessário a agressividade?
Afinal, qual argumento na estrutura de sua solidez de fatos, necessita da agressividade de qualquer natureza?
Pense nisso antes de aplaudir e se aliar a todo aquele que para defender suas ideias e ideais, afronta de forma violenta o que lhe parece contrário ou responsável por suas mazelas pessoais ou de grupo.
Toda e qualquer manifestação de violência, começa numa aparente insignificante agressão e para cada um de nós, agentes do bem, buscar argumentos que embasem nossos propósitos é a arma mais poderosa no combate a este crescente apartheid social.
Gritos e palavras ofensivas, chamam à atenção, mas argumentos convencem e alteram posturas.
Um lindo domingo de paz para você que me lê.

RECADINHO

Não te surpreendas e tão pouco desperdices as tuas lágrimas, pois elas não conseguirão lavar a cegueira humana.
Tuas posturas e vibrações, estas sim, operam verdadeiros milagres e são nelas que deves te ateres, hoje e sempre.

sábado, 4 de julho de 2020

MÃE, ESQUECE UM POUCO DE ITAPARICA!...



Não posso minha filha, pois é o lugar que amo e escolhi para viver.
Mas a senhora sofre...
Sim. sofro, porque tenho a consciência do quanto ela é maltratada por seus governantes e no quanto, grande parte do povo é dependente de um emprego da prefeitura e, outra parte, é submissa o suficiente para se dobrar ao seu próprio abandono social.
Quero fechar os olhos, mas não posso, minha consciência não permite.
Mesmo estando longe de minha Itaparica, cerca de 2.709 km, o que corresponde a 35 horas de viagem terrestre e quatro horas de voo, não consigo fingir que ela não existe ou que sua beleza natural suplanta o desmazelo de seu cotidiano, e aí, todos os exemplos que vivencio, passam a ser retratos vivos do quanto ela com sua beleza geográfica, está abandonada.
Nestas duas semanas de viagens, não estive em um só lugar cujo bem estar da população e belezas físicas apresentadas, não fossem obras da construção do homem, enquanto, Itaparica, por si só, ostenta-se  como um quadro de beleza exuberante, com um por do sol fascinante, com uma gastronomia de raiz típica e variada, herança de uma cultura que tem sido soterrada pelo constante abandono.
Quando ficamos muito tempo fechados nos mesmos hábitos e costumes, tendemos a esquecer que existe um mundo, lá mais adiante, para nos servir de parâmetros e passamos a acreditar que o Brasil é o que enxergamos, que os políticos, são todos como os noticiários mostram, e que o povo, vive as mesmas mazelas que nós vivenciamos em nosso cotidiano.
Isso não é real, somos filhos de uma pátria progressista, se bem que muito machucada, devido as constantes chibatadas dadas pela improbidade de muitos malfeitores do erário público, todavia, há uma resistência saudável e lutadora que insiste na manutenção da grandeza deste país, fazendo dele, amparo e sustentabilidade para todos nós, ainda alijados da ventura social.
Então, eu não comparo, pois seria injusto, não menosprezo, pois, estaria pisando em meu próprio solo amado, mas lamento constatar tanta vergonha pública perante os céus.
E como símbolo do chicote da improbidade, temos diariamente a empresa ARQTEC, passeando por nossas maltratadas ruas em um deboche sistemático, nos mantendo reféns de nossos próprios lixos.


quinta-feira, 2 de julho de 2020

TUDO É POSSÍVEL...



Acho muito lindas as manifestações cívicas que observo e aprendi a apreciar ao longo dos meus quase vinte anos de Itaparica, todavia, jamais me conformei com o imediato esquecimento de seus propósitos, não havendo um só ano em que o espírito de irmandade que prevaleceu na defesa territorial destas bravas guerreiras e guerreiros, se impregnasse nos cidadãos, fazendo-os mais realistas na constatação dos abandonos propiciados por seus governantes, por eles, legitimamente escolhidos.
Os novos hábitos absorvidos de outras paragens, os anseios em copiar os modismos alheios, sempre muito atrativos, foram aos poucos enfraquecendo o espírito aguerrido do povo, tornando-os menos defensores de seu território como um todo e muito mais focados em protegerem-se, das agressões individuais que, nitidamente se tornaram mais constantes.
E os símbolos que deveriam ser estímulos à cidadania, passaram a ser tão somente, recortes de um passado longínquos, relembrados pontualmente em dias festivos e discursos políticos eleitoreiros e o sentimento de cidadão protetor, deu lugar a um somente, bairrismo pseudo cultural, sem qualquer maior amparo consciente do que seja o bendito senso de pertencimento.
Só enxergo um caminho de reversão que é através da bendita educação formal, estendida à doméstica, com projetos de integração da família à escola, numa interação comunitária, resgatando valores e criando e desenvolvendo meios agregativos locais, mas com a visão ampliada ao todo.
O exercício da pratica da cidadania só se faz exitosa, se for colocada como mais um hábito de vivência cotidiana.
Portanto, não creio que haja um projeto mais importante para ser galgado por um político que almeje um cargo público que, buscar alterar o sistema educacional da região, adaptando um novo conceito de visão existencial à cada aluno, fazendo dele, um agente cuidador de sua comunidade, tendo em vista a criação e manutenção de uma melhor e mais segura qualidade de vida que seja extensiva à todos.
Cada professor precisa se qualificado à esta nova função, assim como os serviços sociais e de saúde, precisam caminhar juntos, respeitando as suas especificidades, mas direcionados a um único resultado.
Essa é uma ambição de médio e longo prazo, mas que começa mostrando resultados no aqui agora, pois, em primeiro plano, dará uma sacudidela no atavismo que ora se apresenta, instigando os agentes cuidadores dos sujeitos, há novas perspectivas.
Como pré-candidata a vereança da cidade, sinto-me constrangida em pedir votos aos cidadãos que constantemente são cooptados, afim de ofertarem seus votos, sem que obtenham o merecido retorno.
A desproporção social reinante é no mínimo ofensiva e extremamente maldosa.
É preciso que lutemos para que todos os cidadãos de Itaparica, usufruam dos mesmos direitos de retorno social, sem que haja a classificação diferenciada denominada de “CARENTE”.
Somos uma cidade pequena e é humanamente impossível que continuemos alimentando a desigualdade nas proporções que ora se encontra.
Não precisamos de milagres ou de salvadores pontuais, apenas de projetos e pessoas comprometidas em aplica-los, direcionando cada centavo do erário público para o bem estar de todos, sem gastos desnecessários, compras e contratações abomináveis à realidade do município, firulas, desculpas e muito menos das eternas promessas que jamais se cumprem, pois, quem as faz, não tem qualificação que a garanta.
Amigo e parente devemos convidar sempre para um churrasco, mas para vereador e prefeito, precisamos de pessoas que tenham vocação às causas públicas, para que possamos com respeito e liberdade, cobrar as constantes demandas.
Quem teve a oportunidade de operar mudanças, seja lá em que função pública e não o fez, porque o fará agora?
Precisamos renovar, acreditando que tudo é possível se não pararmos de buscar o melhor para nossas vidas.
A fidelidade de um gestor legislativo, há de ser sempre ao povo e a ninguém mais.






ESPLENDIDO GOZO

De onde surgiu o meu improviso, não sei precisar, mas, com certeza, sempre foi a minha mais autêntica realidade, custando-me em algumas ocas...