segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

"O que sei é que nada sei"(Sócrates).

Ouvindo a Prefeita Marlylda em várias ocasiões desde a campanha de 2008, pude acompanhar a evolução de sua oratória.
Rapaz!!! Não é mole não...
Igual a ela, só mesmo Claudio Neves e que ele me perdoe, mas pela falta de prática, a pupila o superou.
Confesso que acho admirável essa evolução, baseada na garra e tenacidade de chegar lá e ela chegou estrondosamente e, vamos e convenhamos, muito por puro mérito de poder de convencimento.
Mas se por um lado sua oratória fluía nos palanques, o mesmo não correspondeu em relação a prática no exercício do poder nos primeiros dois anos e meio de sua gestão.
Esse atraso por falta de experiência publica dela e de seu mais próximos assessores, despertou uma enorme decepção no seu eleitorado, afinal, sejamos justos, a oposição não precisou fazer absolutamente nada contra a gestão, pois eles mesmos é que trocavam seis por meia dúzia, num pot-pourri de enganos, ações duvidosas, antipáticas, pouco eficientes e, por pura insegurança, criaram uma vestimenta de arrogância que mesmo disfarçada, não convencia.
Daqui de fora, em muitos momentos senti até uma pontinha de pena, afinal, seus mais poderosos apoiadores, tornaram-se carrapatos contumazes e haja sangue para distribuir para tantos sugadores...
No entanto, a vida é assim...Tudo tem o seu devido preço. O importante é que se tenha bala na agulha para pagar.
E convenhamos, a moça guerreira não sucumbiu e está aí, numa boa de cabeça erguida, prontinha para uma reeleição.
Fico aqui pensando que se esta turma de políticos também contumaz, não se unir, a cobra vai fumar por mais quatro anos. E olha lá que até unidos, o risco é enorme.
Afinal, a velha estratégia de se fazer obras um pouco mais impactantes, somente próximo ao pleito eleitoral, sempre deu certo, basta lembrar em Vera Cruz, quando Magno, que apesar de estar com os índices de popularidade baixíssimos , foi reeleito sem dificuldades, bastando meia dúzia de ações pontuais no último momento do segundo tempo.
Assim pensam os políticos: " O povo nada entende e em sua maioria, nem quer saber dos entretantos, preferindo aplaudir os finalmentes"
Lembram de Odorico Paraguaçu?
No Brasil e principalmente, nas regiões mais carentes e com baixos níveis educacionais, o que conta são os efeitos visuais mais recentes que envolvem emocionalmente e se aliado a isso, existir um candidato carismático e com uma oratória livre e solta, aí... Bem aí, haja munição para a batalha.
A nossa oposição sempre foi fraca ou interesseira, geralmente, não querendo atacar os poderosos que estão em volta do gestor, afinal, todos de uma forma ou de outra, sempre pensam em tirar uma lasquinha no futuro com um deles e aí, fingi-se de morta, só ressuscitando no ano eleitoral e ainda assim, muito, mas muito fraquinha, sem qualquer foco que possa enfraquecer verdadeiramente um determinado e destemido concorrente que se colocou sempre na linha de frente, sem qualquer receio de ser eliminado.
Este exemplo se encaixa na atual gestora que há quatro anos atrás, na ocasião do primeiro Fita, após um dia e parte de uma noite de muito movimento me disse, num rápido colóquio, estar absolutamente cansada e eu, então lhe respondi:
Agora aguenta, você não queria ser Prefeita?
Então imediatamente ela empertigou o corpo e com a altivez de uma vencedora por convicção, me respondeu.
Quis e quero continuar a ser...
Portanto, a vitória só chega a todo aquele que não foge a luta, não cochila em combate e cujas armas estejam sempre ao seu alcance.
Simples assim...
Mas eu de nada sei, sou apenas uma senhorinha sem vínculos políticos partidários, livre e solta para pensar...

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