sábado, 15 de fevereiro de 2020

EU SOU INSISTENTE...



Ainda me lembro, apesar de haver passado muitas décadas, da forma intuitiva que tinha para executar algum exercício da então, escola, que era exatamente, insistir até conseguir. Essa técnica de aprendizado, era cansativa, mas eficaz, afinal, uma vez entendida, jamais era esquecida.
Para tanto, recorria à minha mãe, a Enciclopédia Barsa (amiga inseparável), que era o google da época, mas não desistia, afinal, um simples dever de casa, não poderia me derrotar e, assim foi por toda a minha vida.
Às vezes, não conseguia e aí, restava-me a alternativa de no dia seguinte, perguntar novamente a professora, pois admitir o não saber de algo, foi uma das primeiras lições que aprendi com a educação doméstica, que era rigorosa e detalhista à época, lembrando-me que era melhor sempre perguntar para não deduzir bobagens.
Com o passar dos anos e décadas, novos meios de pesquisas foram surgindo e é claro que enveredei por cada um deles, sempre que precisava compreender melhor uma questão, daí, reconhecer o meu detalhismo argumentativo, preocupação que só se fortaleceu por respeito a mim, mas principalmente em relação ao foco de minhas observações em minha vida privada e principalmente a profissional, onde pessoas existiam e precisavam ser respeitadas.
Portanto, vou fundo quando analiso algo, justo, para evitar equívocos desnecessários e de consequências danosas, mas infelizmente, nem mesmo com todo esse cuidado, principalmente, nos dias atuais, com tantos jovens descolados e entendidos em quase tudo, consigo ser clara o suficiente para que o epicentro de minhas ponderações possam ser entendidas.
No dia de ontem, postei duas notícias no facebook, que deram o que falar, suscitando reações apaixonadas, mas sem qualquer sinal de entendimento quanto, ao sentido principal de minhas observações. Então, fiquei pensando que talvez, eu não tenha sido clara o suficiente e, li e reli algumas vezes e concluí, que só mesmo eu me reinventando, teria uma chance a mais de ser entendida, apesar de já compreender que para um fanático de qualquer natureza, um pingo sempre será uma cachoeira, se ele supor que foi colocado contrário a sua forma de pensar.
Não sou de “direita e nem de esquerda”, pois sempre optei em ser livre e o poder “volver” a qualquer instante, caso observe que o bem comum, esteja sendo lesado e, infelizmente, ele sempre está sendo lesado de alguma forma.
Não sigo qualquer religião, pois compreendi muito cedo que o meu “Deus” está em mim, nas demais pessoas e em todas as maravilhas que posso cheirar, enxergar, tocar, degustar e sentir, sem comandos e intermediários.
Meus princípios e valores, foram forjados através não de certezas absolutas, refrões, retóricas ou dogmas diversos, mas na persistência de querer sempre me compreender mais e mais, assim como corrigir sem constrangimentos meus inúmeros erros e tropeços, num aprendizado ininterrupto, dessa coisa louca, difícil, complexa, mas absolutamente fascinante, que é viver uma existência.
Portanto, não consigo tapar os meus olhos e minha mente, para não enxergar o óbvio que afronta e, minhas postagens, apesar de contundentes, apenas tentaram mostrar que tudo sempre pode ser mais suavemente conduzido, se ao invés da estupidez humana, que todos nós carregamos em nossas essências de animais selvagens, possamos usar a razão, o equilíbrio e o amor que também fazem parte de nossas essências, justo por sermos os maiores milagres existenciais.
A casa do povo e da cidadania se foi azul, na gestão anterior, estava errada e erros não devem ser replicados, afinal, pintá-la de amarelo, foi uma decisão chula e provocativa, fruto de um vício mental de afrontar a todo aquele que nos é contrário, como se fôssemos os guardiões da sabedoria, da verdade e da justiça e uma forma inconsequente de manter acessa a chama da discórdia, da rivalidade e consequente, arrogância, mesmo gritando a cada instante que queremos paz, que somos bonzinhos, repletos de boas intenções e acima de tudo honestos.
Agimos assim, pois acreditamos que estamos certos em nossas falácias e porquê, precisamos por motivos íntimos, nos sentirmos seguros e constantemente presos a uma boia de uma suposta salvação, mesmo que ao nosso redor, seja possível enxergar os afogamentos múltiplos.
Portanto, o PAPA, deixar-se fotografar ao lado de um ex- presidente condenado por lesa pátria é o mesmo que assinar o indulto a todo e qualquer genocida, menosprezando e ofendendo a toda uma justiça que o condenou e a cada cidadão que se viu, afrontado, ferido ou mesmo morto, pelas mazelas que o seu governo praticou, seja brasileiro ou de qualquer outro país.
Quando penso em política partidária, penso no inferno e no quanto, esse Diabo aliciador se diverte, vendo o chicote da maledicência, da mentira e do engodo, transformarem pessoas em punhais afiados, espadas cortantes, jogando por terra, sem dó e piedade, a lógica maior do sentido de humanização e bem comum.
Concluo pedindo desculpas pelo longo texto, mas me é impossível, falar de amor, vida e liberdade, com meias palavras, frases de efeito ou fotos enternecedoras, coisa de gente antiga e sem nexo contemporâneo, como eu, assim como praticar o achismo é tão somente, desculpa de preguiçoso que prefere o comodismo de leituras fracas e de ensinamentos claramente tendenciosos, sem a amplitude de diálogos e sem compromissos com a realidade dos fatos e seus fundamentos.
Outra coisa: NÃO SOU OPOSIÇÃO, POIS NUNCA FUI SITUAÇÃO.


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