sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

LEMBRANDO...


Em um inesquecível dia em 2010, quando eu acabara de completar 60 anos, adentrei em uma sala de aula da UFRB, para cursar filosofia, com certeza, foi o momento mais libertador de minha vida, pois naquele instante, deitei por terra o medo de ser feliz, os silenciosos, mas destruidores preconceitos que soterravam a imensa fonte de energias que pulsava em mim e, como uma pessoa plena de vontade própria, abracei uma nova realidade, fazendo dela o iniciar de uma surpreendente fase, só minha e repleta de emoções. Hoje, dez anos depois, percebo-me mais nova e mais revigorada, instruída e plena, independentemente da estupidez humana de alguns, em ainda, enxergar-me velha, pelas rugas que ostento.
Bendita é a vida que nos oferece os amanheceres, para que possamos recomeçar surpreendentes caminhadas.
Não esperem os sessenta, comecem a se libertar ainda hoje.
Um lindo e libertador dia para todos.

sábado, 22 de fevereiro de 2020

VOCÊ SABIA QUE O SABER NUNCA É DEMAIS?


George Wilhelm Fredrich Hegel
HEGEL, deixou-nos uma monumental obra filosófica, cujos maiores marcos foram, sem dúvida, A Fenomenologia do Espírito (1807), Ciência da Lógica (1816), Princípios da Filosofia do Direito (1832), Lições sobre a História da Filosofia (1836), Lições sobre a Estética (1837-42) e Lições sobre a Filosofia da História (1837). Para uma vida relativamente curta, Hegel nasceu, em 1770, em Estugarda, e morreu, em 1831.
Uma leitura dos discursos sobre educação permite-nos isolar as seguintes linhas de força: os métodos pedagógicos, a questão da disciplina, a formação ética dos jovens, as relações escola e família e a escola como instrumento de transmissão da herança cultural. Procurando dar a palavra a Hegel, sempre que possível, vamos passar em revista aquelas linhas de força.
SOBRE A CULTURA CLÁSSICA
Eis o que ele nos diz a esse respeito: "O progredir da cultura não pode ser visto como a tranquila continuação de uma cadeia em que os elementos seguintes se venham juntar aos anteriores, ainda que tendo-os em consideração, mas a partir da sua própria matéria e sem que este trabalho de prolongamento se dirija contra os primeiros. Antes pelo contrário, a cultura tem de ter uma matéria e um objeto anterior, sobre o qual trabalha, modificando-o e dando-lhe uma nova forma. É necessário que conquistemos o mundo da Antiguidade, tanto para o possuir, como ainda mais para ter algo que nós transformemos" . A este respeito, Hegel chega a afirmar que quem desconhece a cultura clássica, ignora o que é o belo.
SOBRE DISCIPLINA
Um outro eixo fundamental das ideias educacionais do grande mestre da dialética é a questão da disciplina, da ordem e da serenidade na sala de aula e na escola. A este respeito, chega a afirmar, num dos seus discursos, que a haver alguns alunos que não sejam capazes de respeitar as relações de cortesia e as regras da boa conduta, então o reitor deve devolver esses alunos às respectivas famílias, para que elas façam aquilo que às famílias compete fazer, ou seja, fazer respeitar as regras da convivência social.
A formação ética dos alunos é considerada, por Hegel, tão importante como a sua formação intelectual. As metodologias utilizadas para a transmissão dos valores e a formação do carácter incluem, em primeiro lugar, o "tom da escola", ou como hoje chamaríamos, o clima da escola, o hábito de fazer as coisas bem-feitas, o exemplo do professor, a exortação, a reflexão e a leitura das grandes narrativas clássicas. Defensor de uma escola ordeira e serena, porque sem ordem e disciplina não é possível aprender.
A este respeito, convém notar que Hegel é um acérrimo partidário de uma formação integral da pessoa, uma vez que afirma "a formação geral está, segundo a sua forma, ligada, do modo mais íntimo, à formação moral; pois não devemos de modo nenhum limitá-la a alguns princípios e máximas, a uma honradez geral, uma boa intenção e disposição moral honesta, mas antes acreditar que só um homem como uma boa formação geral pode ser também um homem com formação moral" .
ESCOLA E FAMÍLIA
Vejamos, agora, quais eram as ideias de Hegel face às relações da escola com a família. Convém notar que Hegel considerava que à escola competiam funções que a família não podia desempenhar. Esta compete-lhe criar, no aluno, uma boa disposição e atitude para o estudo, o conhecimento e a apreço pelas relações de cortesia, os bons costumes e as regras de conduta. À escola compete a formação intelectual, moral, espiritual e física do aluno, a formação integral, portanto. Apesar da distinção das funções e dos papéis, Hegel considera que é necessário um diálogo e um bom entendimento entre a escola e a família. "Só através de uma ação comum e concordante de pais e professores se pode alcançar um êxito efetivo em casos importantes, particularmente os erros morais. Assim como os pais têm de esperar toda a colaboração, neste campo, por parte dos professores, também estes podem esperar que pais bem-intencionados se comprometam ao mesmo, em casos em que se possa tornar necessário dirigir- sê-lhes e convidá-los a colaborar".
O ENSINO PÚBLICO
Hegel foi, também, um defensor da generalização das escolas públicas. O liceu de Nuremberg, por ele dirigido, era um bom exemplo, para o seu tempo, do papel que o ensino público podia ter na melhoria das condições sociais e culturais da população. A sua preocupação com o apoio social aos alunos mais carenciados é um tema recorrente em quase todos os discursos. Na ausência de uma política estatal de apoio social aos mais necessitados, Hegel foi capaz de mobilizar a população local para que, através de doações e bolsas, fosse possível garantir o ensino aos alunos pobres com capacidade e interesse pelos estudos superiores. "Um outro aspecto de meio externo é o apoio aos alunos do nosso estabelecimento necessitado de meios externos para estudar. As coletas anteriores, que eram organizadas recorrendo ao cantar nas ruas em frente das residências, tinham fundamentalmente este objetivo...A quantos, nascidos de pais sem recursos, foi assim dada a possibilidade de se elevarem acima do seu estatuto social ou de se manterem no mesmo e desenvolverem talentos que a pobreza teria adormecido ou deixado tomar uma má direção!"
Esta preocupação pelo assegurar de um ensino gratuito de qualidade para todos e de uma distribuição justa das bolsas e apoios pelos alunos mais necessitados é uma constante, sobretudo no 3º discurso, proferido em 1810, há exatos 210 anos.
A ESCOLA E A VIDA
"A escola é, portanto, a esfera mediadora que faz passar o homem do círculo familiar para o mundo, das relações naturais do sentimento e da inclinação para o elemento da coisa. Isto é, na escola começa a atividade da criança a receber, no essencial e de forma radical, um significado sério, na medida em que deixa de estar ao critério do arbítrio e do acaso, do prazer e da inclinação do momento; aprende a determinar o seu agir segundo uma finalidade e segundo regras" . "A escola é, portanto, a esfera mediadora que faz passar o homem do círculo familiar para o mundo, das relações naturais do sentimento e da inclinação para o elemento da coisa. Isto é, na escola começa a atividade da criança a receber, no essencial e de forma radical, um significado sério, na medida em que deixa de estar ao critério do arbítrio e do acaso, do prazer e da inclinação do momento; aprende a determinar o seu agir segundo uma finalidade e segundo regras" .
HERANÇA CULTURAL E SEUS CONTEÚDOS
Igualmente estranho ao pensamento educacional do grande mestre alemão, era a ideia da necessária igualdade nos resultados escolares. Para Hegel, a igualdade de oportunidades não podia prescindir do esforço individual, da vontade de aprender, do espírito de sacrifício e do querer ir mais além. Eis as suas palavras: “Os professores, se pensassem só em si, ver-se-iam de boa vontade libertos daqueles cuja falta de atenção e de aplicação, assim com outros comportamentos impróprios, tiveram de combater ao longo de um ano. Mas considerações mais elevadas impõem-lhes o dever de, contra o que lhes seria mais agradável, contra as expectativas dos alunos e em certa medida dos pais, só dar a passagem em consequência do mérito". E, mais adiante: "Não é difícil de ver que é inteiramente para seu próprio proveito que são, de acordo com as suas classificações, mantidos numa classe mais tempo do que poderia acontecer. Pois que o ensino de um nível mais elevado, sem estarem predispostos para ele, sem apresentarem as bases necessárias, seria em grande medida, perdido para eles; em vez de avançarem, atrasar-se-iam antes cada vez mais, quando, pelo contrário, podem, efetivamente, participar nas lições de um nível inferior e através dessa participação, irem progredindo".
Embora Hegel se afastasse das concepções românticas da educação, partilha um optimismo sobre a bondade dos efeitos de uma educação de qualidade: "os tesouros interiores que os pais dão aos filhos, através de uma boa educação e pela utilização de estabelecimentos de ensino, são indestrutíveis, e mantêm o seu valor em todas as circunstâncias; é o melhor e mais seguro bem que podem proporcionar e deixar aos filhos"
As ideias educacionais de Hegel podem considerar-se realistas e avançadas para o seu tempo. Contudo, importa verificar que, no tempo de Hegel, não existia, ainda, uma escola secundária de massas, pelo que, não nos pode parecer estranho, a sua defesa de uma escola secundária exigente e seletiva. Evidentemente, a necessidade de exigência e rigor não deixou de ser pertinente, nos dias de hoje, porque uma boa formação das novas gerações depende da qualidade da educação. Contudo, atualmente, as escolas são confrontadas com exigências e responsabilidades ainda maiores do que no tempo de Hegel. Agora, trata-se de conseguir associar a qualidade da educação a uma educação para todos.
As ideias educacionais de Hegel podem considerar-se realistas e avançadas para o seu tempo. Contudo, importa verificar que, no tempo de Hegel, não existia, ainda, uma escola secundária de massas, pelo que, não nos pode parecer estranho, a sua defesa de uma escola secundária exigente e seletiva. Evidentemente, a necessidade de exigência e rigor não deixou de ser pertinente, nos dias de hoje, porque uma boa formação das novas gerações depende da qualidade da educação. Contudo, atualmente, as escolas são confrontadas com exigências e responsabilidades ainda maiores do que no tempo de Hegel. Agora, trata-se de conseguir associar a qualidade da educação a uma educação para todos.
Resumo de Regina Carvalho do trabalho interpretativo de Ramiro Marques do livro Hegel. Discursos sobre educação (1994), traduzido e adaptado por Ermelinda Fernandes. Lisboa. Edições Colibri

Nota: O mais absurdo é que um número expressivo de professores, sequer ouviram falar deste filósofo, cujos estudos, basicamente são os alicerces culturais e educacionais que serviram de modelos para os demais que o sucederam.

VOCÊ SABIA?



SEMENTE DE MOSTARDA
Na Índia as sementes de mostarda são utilizadas na culinária há mais de dois mil anos.
Na França as sementes de mostarda são usadas como especiaria desde 800 d.C., e encontravam-se entre as especiarias que os exploradores do século XV levavam nas suas viagens.
A semente da mostarda tem cerca de 2 milímetros e o pé adulto pode chegar perto de 3 metro, considerada a maior das plantas. São três espécies de mostarda a preta, castanha e branca ou amarela.  São especiarias importantes em muitas cozinhas regionais. Com a castanha, fabrica-se a famosa Dijon, a branca é a mais suave e também comum e a preta, originária da Índia, tem o sabor mais intenso e é utilizado para produzir o caril.
Sempre presente na gastronomia é comumente utilizada em sanduíches, cremes para acompanhar carnes e em uma infinidade de gostosuras.
As mostardas crescem bem em regiões temperadas. Os maiores produtores mundiais de semente de mostarda e em ordem decrescente foram: NepalCanadáMianmar e Rússia. 


REFLETINDO


HOUVE UM TEMPO, e não faz muito tempo e que não era melhor e tão pouco pior que os tempos de agora, aonde  não se afirmava, num quase desprezo contínuo, o não se precisar de alguém e muito menos de suas opiniões, já que se é dono de sua própria vida e fazendo dela o que bem entender.
O que empiricamente, não condiz com a verdade dos fatos, pois de uma forma ou de outra, nos educamos, nos vestimos e nos unimos seja lá com quem for, justo, porque precisamos da aprovação alheia.
Há uma necessidade íntima de afirmação pessoal, mas que na realidade, mais parecem gritos de socorro de uma sociedade que, a cada dia, mais se vê isolada, num suposto empoderamento individual.
Pense nisso, quando afirmar que não precisa de ninguém, afinal, não estaria fazendo de seus esforços pessoais de sobrevivência social uma bandeira de afrontamento aos demais, porque percebe assombrada que a cada instante mais e mais a solidão lhe ronda?
O carnaval chegou e com ele, tal qual, a Pascoa, o Natal e o Ano Novo, as pontuais alegrias, fraternidades e uniões, também, num instantâneo hiato da realidade que, constante, dura e sem piedade vem bater à porta, na quarta-feira de cinzas.






quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

PENSANDO...


Não há nada mais solitário e doloroso que a constatação de que não importa o quanto se saiba ou que se queira realizar em prol do bem comum, quando se está inserido em um sistema viciado e destruído pela hipocrisia, pela mentira e pela profunda ignorância humana.


terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Luiz Melodia - Diz Que Fui Por Aí | ao vivo

CONSTATAÇÃO


UMA COISA, LEVA À OUTRA e não há como se evitar, afinal, a terceira lei de Isaac Newton, afirma que à toda ação corresponde uma reação de igual intensidade, mas que atua no sentido oposto, fundamentando a dinâmica que envolve o movimento dos corpos, um dos principais e precisos legados deixados pelo físico Inglês. Essas leis foram publicadas pela primeira vez no ano de 1687, através de três volumes, intitulados de “Princípios Matemáticos da Filosofia Natural.”
Resta-me afirmar que foi a única coisa que me interessou ao ponto de jamais esquecer, pois, percebi que se adequava perfeitamente nos comportamentos sensitivos e mentais humanos, razões maiores de meus interesses pessoais, assim como explicação indiscutível para todos os movimentos humanos, mesmo quando, as aparências expressivas se mostram neutras, levando-nos a falsamente crer que tal ação, não gerou a reação esperada, afinal, Newton não previu e nem poderia, pois não era a sua área de estudos, toda a dinâmica camuflativa possível de se encontrar no rico e vasto território imaterial, chamado “mente”, supostamente separada do corpo, mas que na realidade é alimentada pelas vibrações energéticas que percorrem através dos sentidos e determinam ao cérebro, as devidas ações e reações.
E como todo cérebro é matéria, ou seja; pode ser visto, tocado e manipulado, cada qual, possui as suas próprias características de processamento, respeitando-se as recentes descobertas da neurociência.
Ora, esse tre-lê-le todo é para dizer que, apesar de ter se passado 333 anos, insistentemente, não observamos tal enunciado e insistimos em acreditar que, o que  acontece em nossos cotidianos, envolvendo ações e reações, são puramente obras do acaso, do pouco ou muito, isto ou aquilo, causando-nos profundo espanto, num pouporri de surpresas infindáveis, mesmo quando, as circunstâncias se parecem ou são exatamente iguais.
A camuflagem mental é desenvolvida por fatores como: Intenção, prevenção e proteção, mas em cada situação tanto da ação, quanto da reação, existirá sempre o impulso passional que é o ainda desequilíbrio de convivência entre as relações sensitivas e cerebrais, causando explosões extremamente danosas a todo o sistema dinâmico do corpo humano, levando-o a desenvolver comportamentos instáveis e, até mesmo, patologias largamente conhecidas.
Resumindo:
 - Porrada vai, porrada vem, de uma forma ou de outra, assim como de imediato ou em forma de vingança, servida num prato frio.
O que estamos vivenciando cada vez em formas mais expressivas é a falta de equilíbrio vivencial, onde as leis naturais são violadas sistematicamente, em prol de imediatismos, modismos, egocentrismos, vaidades e arrogâncias, numa constante imposição sem limites.
A não observância e respeito ao tudo que nos cerca, e nos quais estamos todos inseridos, queiramos nós ou não, provoca a cada instante, embates onde nossas ações são bombardeadas instantaneamente, pelas impulsivas reações do receptor, que pode ser humano ou não, provocando uma torrente de danos generalizados e uma falsa surpresa nos cérebros e nos emocionais dos entornos, pois é sabido, assim como entendido, não haver possibilidades de se evitar ou se negar as três leis enunciadas por Newton.
Deveria ser simples assim, mas como não o é, na prática humana, só mesmo a psicologia pode tentar explicar, a profunda resistência em se compreender o óbvio.
São seis horas da manhã desta bendita terça-feira de fevereiro, já bem próximo do período carnavalesco, onde o óbvio de tudo se perderá na contínua fantasia do instantâneo prazer.


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

EXEMPLOS...



Querendo admitir ou não, somos sugestionáveis e as referências balizam as nossas escolhas, principalmente, enquanto nossas mentes e corpos estão em estruturação. Daí a importância da primeira infância e não menos importante, o período de gestação, onde todas as essências estão sendo formadas e onde não há, qualquer autonomia avaliativa e muito menos de defesa.
Ontem, estava assistindo a um documentário sobre as maravilhas marinhas e este, especificamente sobre “ABRÓLHOS”com suas riquezas e encantos me emocionou e, então, comentei com o Roberto, que mais que falar sobre ecologia, meio ambiente e salvar o planeta, dever-se-ia mostrar nas salas de aula, essas imagens que são impactantes e falam por si mesmas, bem mais que falas, animações ou folhas ilustradas e coloridas de qualquer natureza.
O simples e o real, sempre serão os mecanismos educacionais mais eficientes, e o exemplo será sempre a forma mais contundente de ensinar sobre os valores cruciais que são capazes de estruturar uma criatura, seja humana ou não, basta que se observe um cachorro, o mais doméstico dos animais depois do homem, e será possível observar-se que seu comportamento é sempre reflexo do jeito de ser e de comportar de seu dono.
Por favor, antes de me jogarem pedras, observem...
A importância do simples, desperta na criança, o extraordinário fato de estar vivendo, numa expressiva valorização, para que ela possa assimilar a importância de si mesma em meio ao contexto geral que é fabuloso, e no qual, ela é uma ínfima partícula mantenedora, trazendo para ela, a responsabilidade de sua manutenção respeitosa.
É preciso que a criança compreenda o gigantismo de sua existência e de sua força criadora, cuidadora e regeneradora.
Essa força de entendimento que foi perdida ao longo da evolução científica e tecnológica, numa incoerência brutal, veio banalizando a existência, tirando dela sua real importância e consequentemente, o simples e o complexo do tudo que a cerca, a partir dela, abrindo espaço para a perda dos valores básicos de autopreservação.
Portanto, de quase nada adiantam mil artifícios de ensinamentos diversificados com a intenção de esclarecimentos, se não houver as experiências empíricas de referências que sejam modelos reais, para que possam traçar parâmetros pessoais.
Geralmente, somos educados em casa, nas escolas e no cotidiano em geral para:
“Ouça o que eu digo, mas não faça o que faço”.


domingo, 16 de fevereiro de 2020

DIFÍCEIS CAOS...



Entra dia e sai dia e não mais se vê bons exemplos no cotidiano sendo alardeado pela mídia, a não ser, é claro, em programas pontuais, quando o assunto são os trabalhos sociais de ongs, fundações e correlatos.
Refiro-me aos exemplos individuais, e aí, faço um parêntese para nortear o objetivo desta escrita, que é focar no exemplo de ações individuais, caso contrário, daqui a pouco, não faltarão os especialistas de plantão que logo farão correlação com as ações oriundas de pessoas políticas, exaltando seus espíritos magnânimos.
Também, não me refiro a aquelas pessoas que com suas próprias ações pessoais, mais que doarem algo aos demais, doam-se e, agindo desta forma, ultrapassam a barreira do apenas ato terreno e adentram na superfície da universalidade, e para ser compreendida, cito Irmã Dulce, por ser uma figura mais conhecida e próxima da maioria dos que me leem. 
Penso e escrevo sobre o simples ato de vivenciar a vida, carregando através de suas posturas pessoais, ações e intenções agregativas e que, por consequência, inspiram a outras a querer ser como ela e que mesmo que inconscientemente, copiam parte dela, tornando-se imediatamente, exemplos para outros.
O mundo está repleto de pessoas inspiradoras, mas por agregarem em si a discrição pessoal, deixam também reduzidas as propagandas das suas ações inspiradoras, pois é sabido que também o que não faltam são as cópias piratas que pongam nos belos exemplos para, de alguma forma, arrastar algum tipo de brilho para si. 
E aí, fico pensando que esta perda é incomensurável, pois estabeleceu-se como critério avaliativo, o feio, o pejorativo ou, tão somente, o impactante, aquilo que atrai os holofotes e as atenções imediatas, num frenesi alucinado que precisa ser substituído a cada instante, por algo ainda mais emocionante, pois a leviandade é sempre crescente.

Liga-se a televisão e lá estão os famosos apresentadores com seus quadros de supostas solidariedades, transformando-os em semideuses intocáveis, arrancando lagrimas de emoções de cada um de nós, mas também auferindo a eles, além de um estrondoso sucesso em suas carreiras e vida pessoal, muitos milhões para suas contas bancárias.
Afora esses exemplos citados, aonde mesmo podemos encontrar exemplos inspiradores em relação à solidariedade humana?
E ao menos de verdade, podemos admitir que, ao vê-los, saberíamos reconhece-los?
Na realidade, nos acostumamos a reconhecer o brilho que seduz, afinal, há muito se sabe da importância do impacto da ação emocional em relação a imediata reação e é esta premissa verdadeira que oferece não só o Ibope expressivo, como dita comportamentos de massa.
Repare que nas novelas, livros, filmes ou narrativas, o bonzinho é sempre um babacão doce e quase sem expressão, enquanto, o mau caráter, faz um sucesso absurdo, tornando-se inesquecível.
Porém, apesar de inesquecíveis, também são fontes inspiradoras, estimuladores persistentes que adentram nas mentes, estimulando-as a quererem ser iguais e numa competição, é claro que os bons saem perdendo; vejam que nas campanhas políticas ganha, na maioria das vezes, aquele que mais critica o antecessor, mais promete mudanças e mais tem carisma para convencer, não sendo necessariamente o realmente competente que se mostrava.
Fico pensando que realmente está difícil evitar-se os caos urbanos e suburbanos, já que só o deplorável faz sucesso.





sábado, 15 de fevereiro de 2020

ESQUISITA...


Sou mesmo, pois não gosto de olhar vitrines, frequentar a casa alheia, nem mesmo de parentes, ouvir ou falar da vida dos outros, vigiar a rua e os movimentos dos vizinhos, comer em pé em lanchonetes, deixar gavetas e portas abertas, louça suja dentro ou sobre a bancada da cozinha, toalhas molhadas espalhadas sobre camas e cadeiras, sapatos e chinelos largados pela casa (que o diga minha filha, Anna Paula), unhas e mãos, sem estarem devidamente limpas, e dentre outras milhares de manias, hoje, consideradas fora de moda, ultrapassadas e démodé, certamente, discutir com fanáticos, seja lá do que for, me causa arrepios, pois não consigo compreender as lógicas deles em desconsiderarem os contextos negativos, com pontuais justificativas positivas, afinal, “dois pesos e duas medidas “em relação aos casos semelhantes, assim como as falácias sistemáticas, são as tônicas de seus argumentos.
Sou esquisita, pois acredito que viver é o maior privilégio e minha maior devoção será sempre, unicamente, à vida e à tudo que nela existir que seja justo e benéfico a todos, não contrariando o diferente, mas jamais deixando-o atropelar as minhas esquisitices.
E se tem algo que o diferente costuma fazer é querer impor as suas verdades, que mais que esquisitices, são armas poderosas que tentam e muitas vezes conseguem, anular a paz alheia, ainda mais se for esquisitices partidárias ou religiosas.
Concluo, portanto, que devemos ficar cada qual, com as nossas esquisitices, sem, no entanto, enfiar goela abaixo de quem quer que seja.
Justo, não é mesmo?

EU SOU INSISTENTE...



Ainda me lembro, apesar de haver passado muitas décadas, da forma intuitiva que tinha para executar algum exercício da então, escola, que era exatamente, insistir até conseguir. Essa técnica de aprendizado, era cansativa, mas eficaz, afinal, uma vez entendida, jamais era esquecida.
Para tanto, recorria à minha mãe, a Enciclopédia Barsa (amiga inseparável), que era o google da época, mas não desistia, afinal, um simples dever de casa, não poderia me derrotar e, assim foi por toda a minha vida.
Às vezes, não conseguia e aí, restava-me a alternativa de no dia seguinte, perguntar novamente a professora, pois admitir o não saber de algo, foi uma das primeiras lições que aprendi com a educação doméstica, que era rigorosa e detalhista à época, lembrando-me que era melhor sempre perguntar para não deduzir bobagens.
Com o passar dos anos e décadas, novos meios de pesquisas foram surgindo e é claro que enveredei por cada um deles, sempre que precisava compreender melhor uma questão, daí, reconhecer o meu detalhismo argumentativo, preocupação que só se fortaleceu por respeito a mim, mas principalmente em relação ao foco de minhas observações em minha vida privada e principalmente a profissional, onde pessoas existiam e precisavam ser respeitadas.
Portanto, vou fundo quando analiso algo, justo, para evitar equívocos desnecessários e de consequências danosas, mas infelizmente, nem mesmo com todo esse cuidado, principalmente, nos dias atuais, com tantos jovens descolados e entendidos em quase tudo, consigo ser clara o suficiente para que o epicentro de minhas ponderações possam ser entendidas.
No dia de ontem, postei duas notícias no facebook, que deram o que falar, suscitando reações apaixonadas, mas sem qualquer sinal de entendimento quanto, ao sentido principal de minhas observações. Então, fiquei pensando que talvez, eu não tenha sido clara o suficiente e, li e reli algumas vezes e concluí, que só mesmo eu me reinventando, teria uma chance a mais de ser entendida, apesar de já compreender que para um fanático de qualquer natureza, um pingo sempre será uma cachoeira, se ele supor que foi colocado contrário a sua forma de pensar.
Não sou de “direita e nem de esquerda”, pois sempre optei em ser livre e o poder “volver” a qualquer instante, caso observe que o bem comum, esteja sendo lesado e, infelizmente, ele sempre está sendo lesado de alguma forma.
Não sigo qualquer religião, pois compreendi muito cedo que o meu “Deus” está em mim, nas demais pessoas e em todas as maravilhas que posso cheirar, enxergar, tocar, degustar e sentir, sem comandos e intermediários.
Meus princípios e valores, foram forjados através não de certezas absolutas, refrões, retóricas ou dogmas diversos, mas na persistência de querer sempre me compreender mais e mais, assim como corrigir sem constrangimentos meus inúmeros erros e tropeços, num aprendizado ininterrupto, dessa coisa louca, difícil, complexa, mas absolutamente fascinante, que é viver uma existência.
Portanto, não consigo tapar os meus olhos e minha mente, para não enxergar o óbvio que afronta e, minhas postagens, apesar de contundentes, apenas tentaram mostrar que tudo sempre pode ser mais suavemente conduzido, se ao invés da estupidez humana, que todos nós carregamos em nossas essências de animais selvagens, possamos usar a razão, o equilíbrio e o amor que também fazem parte de nossas essências, justo por sermos os maiores milagres existenciais.
A casa do povo e da cidadania se foi azul, na gestão anterior, estava errada e erros não devem ser replicados, afinal, pintá-la de amarelo, foi uma decisão chula e provocativa, fruto de um vício mental de afrontar a todo aquele que nos é contrário, como se fôssemos os guardiões da sabedoria, da verdade e da justiça e uma forma inconsequente de manter acessa a chama da discórdia, da rivalidade e consequente, arrogância, mesmo gritando a cada instante que queremos paz, que somos bonzinhos, repletos de boas intenções e acima de tudo honestos.
Agimos assim, pois acreditamos que estamos certos em nossas falácias e porquê, precisamos por motivos íntimos, nos sentirmos seguros e constantemente presos a uma boia de uma suposta salvação, mesmo que ao nosso redor, seja possível enxergar os afogamentos múltiplos.
Portanto, o PAPA, deixar-se fotografar ao lado de um ex- presidente condenado por lesa pátria é o mesmo que assinar o indulto a todo e qualquer genocida, menosprezando e ofendendo a toda uma justiça que o condenou e a cada cidadão que se viu, afrontado, ferido ou mesmo morto, pelas mazelas que o seu governo praticou, seja brasileiro ou de qualquer outro país.
Quando penso em política partidária, penso no inferno e no quanto, esse Diabo aliciador se diverte, vendo o chicote da maledicência, da mentira e do engodo, transformarem pessoas em punhais afiados, espadas cortantes, jogando por terra, sem dó e piedade, a lógica maior do sentido de humanização e bem comum.
Concluo pedindo desculpas pelo longo texto, mas me é impossível, falar de amor, vida e liberdade, com meias palavras, frases de efeito ou fotos enternecedoras, coisa de gente antiga e sem nexo contemporâneo, como eu, assim como praticar o achismo é tão somente, desculpa de preguiçoso que prefere o comodismo de leituras fracas e de ensinamentos claramente tendenciosos, sem a amplitude de diálogos e sem compromissos com a realidade dos fatos e seus fundamentos.
Outra coisa: NÃO SOU OPOSIÇÃO, POIS NUNCA FUI SITUAÇÃO.


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

BRASIL

UM PAÍS SEM PASSADO, a não ser que este passado venha atender à algum interesse presente.
É assim que vejo os entendidos da história brasileira que, para eles, começou em 1964, quando, da ocupação do poder pelos militares e se reinventou, após o domínio do PT e a posse do LULA, o grande descobridor das terras abençoadas.
Seus efeitos são batidos e repisados numa cantilena exaustiva e interminável, mas as razões pelas quais os mesmos precisaram intervir, não se ouve e não se comenta com tanta ênfase, ficando as ações posteriores como marco da história brasileira.
E é assim que, geralmente, fazemos com o tudo mais, preferimos esquecer as ações motivadoras e optamos em realçar as reações que causam mais efeito emocional, a depender das intenções de quem as utilizam.
E aí, como uma chata de plantão, trago esse raciocínio para o pleito de 2016 em Itaparica, onde o povo numa reviravolta incrível, decidiu apostar na mulher que insistente e determinada, pois, já se encontrava na terceira tentativa, tempo suficiente para prometer mundos e fundos.
E como não era mágica, Mandrake ou coisa que o valha, ainda sem maiores conhecimentos relativos aos andamentos da máquina pública, a mulher se atrapalhou, tropeçou e se deparou com uma rejeição que ficará para a história de Itaparica como um marco que jamais outro gostará de vivenciar.
Sua sorte, que jamais também a abandonou, trouxe uma deputada dedicada para salvar-lhe, que por sua vez, é #“assim com os homens do estado” e, a cada instante, vem promovendo injeções de obras, ambulâncias e também muita presteza na marcação de entrevistas, nas agendas estaduais.
E aí... Bem, aí só o tempo vai contar o resto da história, bastando que não seja esquecido jamais que a cidade não começou após a vitória da Mulher, se bem que impactante tem sido sua trajetória nos últimos meses, mas sabe como é o brasileiro, esquecido por conveniência, ingrato pela ganância da sobrevivência e ingênuo por natureza, acredita em tudo que lhe convém.
E quando se trata de analisar os “entretantos”, opta-se em ficar com os “finalmentes”, afinal, pensar pra quê?
Exemplo maior é termos ainda 7% da população brasileira analfabeta, sendo 38% somente no Nordeste. Daí, explicar-se os atrasos espantosos nas cidades pequenas, onde a crendice de todos os níveis e a dura necessidade de sobrevivência, dão os toques finais nas suas escolhas nos pleitos eleitorais.

DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS



Estou aqui pensando na incoerência que seguidamente cometemos em nossas avaliações e no quanto, as boas e recomendáveis ações, são criticadas e rotuladas, quando deveriam ser referências a ser copiadas.
No entanto, aplaudimos e idolatramos um político que aplica devidamente os recursos públicos, mantendo uma assistência social ativa, uma saúde respeitosa, uma educação digna e progressiva, uma infraestrutura atendendo as necessidades do povo e cumprindo o seu dever, rigorosamente pago com recursos públicos (dinheiro dos pagadores de impostos).
Mas se um alguém, seja lá quem for, faz uma, digamos, boa ação e se ela for realizada em ano eleitoral, e cai na bobagem de contar ou divulgar, caímos de pau, sem sequer reconhecermos que esta boa ação foi feita com recursos próprios, e aí, lançamos ditados populares, citações bíblicas, enfim, tudo que desmereça o bem feito daquela pessoa, num juízo de direito sem qualquer base que não seja o preconceito e a inveja.
Ou seja: - político pode com o nosso dinheiro charlar, ostentar, autopromover, mas candidato com o próprio recurso, fruto de seu trabalho, está é se exibindo.
Se nosso vizinho ou parente compra um carro, uma casa, faz viagens e triplica seu patrimônio, é exibido e com certeza está fazendo algo errado, e dizemos: - “só trabalhando é que não foi“, e até nos comparamos à ele, esquecendo-nos das devidas diferenças existentes entre nós, em inúmeros aspectos práticos.
Todavia, se é um vereador,  prefeito, deputado, senador , governador e até mesmo presidente da república, fingimos que não estamos vendo ou achamos na maior idiotice que é normal, fruto de seus salários, como se dobrar o patrimônio em 4 ou 8 anos, fosse fácil e ainda mais com um salário base, igualzinho ao seu ou de grande parte de outros, que na maioria das vezes, só tem uma casa porque acreditou que conseguiria trabalhar para pagar o financiamento em 30 anos.
Gostaria de entender este mecanismo mental que nos foi incutido ao longo da história da humanidade e que nos mantém idiotizados e, ao mesmo tempo, acreditando que somos os máximos nisso ou naquilo, menos na capacidade avaliativa, quando o assunto envolve o poder público, que pagamos e aplaudimos por estar nos lesando na maior cara de pau, através de contas sempre muito bem aprovadas por equipes de especialistas políticos ou carreiristas públicos que, por sua vez, fingem ou, o que é pior, estão sendo aliciados a acreditar nas honestas transparências.
Pois é, mas se contumazes escrevinhadores como eu ousam pensar diferente e se, ainda por cima, utilizam o termo “denegrir”, logo surgem os especialistas em etimologia para nos mostrar a origem da palavra e sua conotação preconceituosa, matando com uma só paulada, todo o sentido do contexto, mas conseguem manter uma visão míope ideológica para justificarem todas as bandalheiras de um partido político, que desviou através de seus mandatários e correligionários, nem mais nem menos do que os que antecederam, apenas, foram mais ferozes, institucionalizando  o hábito milenar de roubar dinheiro público, transformando o latrocínio (pois, cada centavo roubado, com certeza matou inúmeras pessoas pela falta do seu direito mais básico), numa prática usual e, portanto, banal ao ponto de acreditar-se que se o político está fazendo isto ou aquilo, merece tudo, inclusive nos fazer de trouxas assumidos e juramentados e, o que é ainda pior, com canudo em riste de títulos acadêmicos, detentores da sabedoria vermelha.
Outro absurdo exemplo é acharmos maravilhoso pagar-se milhares de reais a uma banda famosa ou cantor da atualidade que, geralmente, não valem o que cobram e não se ter dinheiro para construir casas populares para abrigar centenas de pessoas que vivem em situação de altíssimo risco ou em miseráveis condições habitacionais.
Dois pesos e duas medidas, usamos comumente como escape, por não nos sentirmos seguros o suficiente para reagir, pois sabemos de antemão que teremos de enfrentar os resistentes à um real desenvolvimento humano, sem contar que muitos de nós, comem as beiradas dos pratos servidos ou estão com a boca aberta, só na espera, e quanto aos outros, coitados, são apenas figurantes sem rostos e sem maiores direitos, chamado de  povo, e aí, por questões de sobrevivência, preferem permanecer inseridos na turma do “me engana que eu gosto”, pois, pelo menos não são malhados como um Judas, depois da “Santa Ceia”.


sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

VIDA E LIBERDADE...


Quando falamos de Deus, enveredamos por caminhos sem volta, pois, uma vez constatado a inconsistência argumentativa que sustentou e, certamente, irá sustentar cada religião que usa o mesmo como estandarte, nada mais será como dantes e, então, o fantasioso dá lugar à realidade que é absurdamente simples, mas, também, profundamente dependente de um Deus punidor e salvador, criando e recriando a cada instante uma total negação da responsabilidade individual, voltada ao tudo mais.
Somos o que somos porque assim Deus quis.
As cruzes precisam ser carregadas e, para tanto, imortalizaram-se imagens, comuns à época, para que servissem de consolo, afinal, se o filho do Deus todo poderoso a carregou, por que não, a sua humanidade?
Até os dias atuais, os profetas da realidade são crucificados, mortos e sepultados, só não renascem no domingo próximo, porque não são filhos de Deus. São o quê, então?
A justiça, igualdade, mas acima de tudo, a realidade, jamais foi aceita como verdade, pois contraria os interesses daqueles que vivem em prol do encarceramento das mentes de seus semelhantes.
Reneguei a este Deus injusto e seletivo, optando pelas supostas suas criaturas que ao se perceberem parte integrante deste universo, optaram em deixar seus legados de vida e liberdade, onde o equilíbrio, a razão e o amor, sentimento dócil de suas naturezas, fossem seus guias e seus mestres.

RESPOSTA

NÃO VIVO DO PASSADO, mas com certeza faço dele um canal de referências, até para compreender que em nosso país, muitas coisas não acontecem, muito mais por politicagem, mil jogos de interesses de pessoas e grupos do que propriamente por falta de entendimento ou possibilidades.
Em relação ao meio ambiente, parece até piada, pois, se nesta minúscula cidade, nove vereadores, infinitos líderes políticos e um amor devotado a terra, não se consegue resolver probleminhas simples, como pesca predatória, criar-se projetos marinhos que, certamente, corroborariam na melhoria das condições de ganhos dos pescadores e marisqueiras.
Não se consegue implantar um recolhimento constante e decente de lixo, não se consegue retirar os cascalhos das areias da praia, que nos chega de graça e distribui-los nas ruas mais lamacentas da cidade e tantas outras ações básicas, como perder-se tempo analisando e discutindo um assunto que por si só é importante, mas que, ao longo dos últimos pelo menos 30 anos, já foi estudado e esmigalhado em detalhes, mas jamais foi implantado, porque somos um povo sem visão de presente e futuro, além de corrupto, incapaz de voltar as energias e os conhecimentos adquiridos em função de um bem-comum.
Só lembramos de fazer projetos ou de analisar qualquer coisa em ano eleitoral.
Capisce???
Agora, antiga, com certeza sou, minha vantagem é que não parei no tempo e me reciclo a cada instante, até mesmo para compreender a incapacidade interpretativa dos mais jovens e descolados em relação as minhas colocações textuais.
Afinal, tudo na vida tem história e elas sempre nos mostram a importância ou a inutilidade do aqui e agora.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

DANCE COM UMA MÚSICA DESSA...


Sou do tempo em que não haviam os plásticos e todo mundo fazia compras numa boa, pois tinha-se bolsas de vime ou lona, cestos, carrinhos de feira e etc.
O mar e os rios ainda estavam razoavelmente limpos e o maior problema eram os esgotos das cidades e a sempre imundície das pessoas que, já naquela época, jogavam detritos, móveis, pneus e eletrodomésticos nos rios.
Ainda me lembro que nas padarias, o pão era entregue em sacos de papel, o que era magnífico, pois ele não murchava, não suava e, portanto, não mofava no dia seguinte, tinha-se até saquinhos de pano em casa na cozinha para armazenar as sobras.
A Coca-Cola e os refrigerantes em geral eram vendidos em embalagens de vidro, e o sabor jamais voltou a ser igual, depois do advento das embalagens de plástico.
Nos açougues, assim como é até hoje na Europa, a carne era embalada em papel pardo.
Enfim, vivia-se e, cá para nós, com uma qualidade de vida infinitamente melhor que hoje, que dispomos de tantos  aparatos plásticos, isopores, embalagens coloridas e absolutamente desnecessárias, além de nos oferecer uma comodidade burra, pois contribuímos com a nossa preguiça ou pouco caso com a destruição do planeta(nosso).
De lá para cá, infinitos seminários, encontros e ongs se formaram, milhões em custos de estudos e pesquisas, cursos e mais cursos acadêmicos ou técnicos foram criados, no combate a desgraçada poluição que nos mata a cada instante.
Todavia, quando uma ação de combate à mesma, surge, nem que seja um pequeno passo para uma conscientização de que precisamos mudar nossa visão de vida e do planeta, lá vem os especialistas, num combate ferrenho, utilizando-se de todos os argumentos, inclusive jurídicos para jogar por terra o que poderia ser o início de uma grande mudança de hábitos e costumes.
Enquanto isso, assuntos outros, permanecem esquecidos no fundo das intenções salvadoras do mundo, como a insistente e vergonhosa miséria humana que mora bem ali, no dobrar da esquina, mas que como não rende Ibope, pois é recorrente em todos os cantos deste mesmo planeta, se mantém inabalável e sempre crescente, pois os doutores dos saberes múltiplos, preferem não incluir nas suas aulas de sabedoria as mudanças comportamentais que envolvem o ser humano em sua capacidade produtiva e amorosa, tendo o seu bendito começo na educação.
Voltando à nossa cidade e à polêmica das sacolas de plástico, lembro que se o vereador nada faz, paulada nele, mas se faz, novamente paulada nele e se não faz dentro dos padrões rígidos dos especialistas, mais e mais paulada nele.
Assim fica difícil encontrar-se um ponto de convergência que se enquadre no ideal de desenvolvimento.
Pessoalmente, aplaudo a iniciativa do vereador  Jorge de Dadinho, lamentando apenas que não tenha encontrado amparo de continuidade através das secretarias de saúde e educação, pois ambas são partes integrantes e essenciais em uma campanha desta natureza, para que não houvessem tantas polêmicas e o cidadão tivesse sido avisado com certa antecedência, se bem que nas ocasiões que tenho ido às compras, não ouvi, ninguém reclamando.
E olha que só compro nos locais considerados como redutos do povão.
Espero que algum vereador de Vera Cruz e de Salinas, acompanhe a ideia e que a estenda para copos, canudos, talheres e pratos de plástico.
De agora em diante, tudo será motivo de discussão, o que não ocorreu nos três anos que se passaram, onde dois ou três personagens da cidade, no que me incluo, de forma pontual, foram capazes de erguer suas vozes para denunciar o inadequado.
“Eu quero ajudar a cuidar do meio ambiente, mas, por favor, não mexam nos meus hábitos”.
Essa é a nossa sociedade que, verdadeiramente, não sabe o que quer.




quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

PRA ONDE FOI?



Continuo procurando essa tal de elegância física e mental, que simplesmente saiu de circulação, assim como tantas outras importantes conquistas desta humanidade inquieta.
Alguém saberia informar para onde foi?
Tenho tentado exaustivamente encontra-la naqueles profissionais que eram referências, como professores, médicos, juízes, padres, reitores e políticos, que jamais foram perfeitos, mas que sabiam da importância de suas posições na sociedade e do quanto, representavam como exemplos para os demais, evitando a todo custo deixarem aflorar os seus lados menos adequados.  
Confesso que tem sido uma luta insana, pois parece que a pressa em acompanhar o ritmo frenético do mundo sistêmico, não abre mais espaço para a educação doméstica, caminho único deste fundamental aprendizado, que é determinante quanto a assimilação da ética e do moral, mental e postural.
Elegância, não se aprende nas escolas e sim se aperfeiçoa, fazendo-a ganhar corpo e força de presença para determinar uma trajetória suave, porem marcante na vida de qualquer pessoa.
Elegância no falar, andar, pensar, reagir e se relacionar, sem que haja, necessariamente, recursos financeiros, pois é um aperfeiçoamento cognitivo, amparado no senso de respeito a si e aos demais, que são repassados através dos exemplos domésticos de elegância pessoal e não de valores bancários ou vestimentas caras.
Ainda me lembro, e não faz assim tanto tempo que pobreza jamais era desculpa para o desmazelo de qualquer natureza, muito pelo contrário.
A família foi rachada, adulterada e enfraquecida e com tantas alterações em nome da modernidade, acabou perdendo a essência de sua originalidade.
Bendita elegância, rara de ser encontrada, irmã da tolerância, filha do respeito e prima da conciliação?
Aonde estás que não te encontro?
Provavelmente, estás no ostracismo de tão somente, uma bela lembrança, sem utilidade prática, afinal, os novos tempos e as inversões dos valores que te estruturavam foram brutalmente descaracterizados.
Não faz muito tempo, ainda me lembro do quanto era bom, conviver contigo.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

O IDEAL


Passei minha vida observando e interagindo com a vida, provavelmente, não tanto quanto deveria, mas o suficiente para constatar que o “ideal” de todas as naturezas, que transformaria o fato de existir em absoluto prazer, simplesmente, não existe.
Afinal, no ideal seja lá do que for, não há espaço para a presença da imposição, que sorrateira se camufla em mil formas, ¬¬principalmente nos dolorosos preconceitos impedindo brutalmente, que o ideal maior que denominamos como respeito, se estabeleça em todo e qualquer relacionamento, existindo apenas, as conveniências, inimigas mortais da liberdade de ser e de pensar.
Acredito que o senso de sobrevivência, além da profunda insegurança, quanto ao fato de se ver existindo, leva a criatura humana a temer a solidão sistêmica e o abandono social, assim como a vaidade de se colocar se não no topo de qualquer hierarquia de poder, pelo menos bem próximo dele.
E aí, como discordar daqueles(as) que inspiram a sensação de segurança e ainda lhes garantem a bendita sobrevivência?
A experiência de vida mostrou-me sistematicamente que a maioria das pessoas discordam, nem que seja em partes, dos seus pares ou líderes, todavia, muito mais por prudência do que crença, fingem uma concordância falaciosa, o que, infelizmente, joga por terra todas as premissas relacionadas à essa tal de liberdade, muito desejada, falada e cantada em versos e prosas, mas que na prática, se perde no vazio da certeza absoluta de que ao agradar a si mesmo, certamente, estará contrariando e se tornando inadequado.
Daí, não ter existido um só sistema político que tenha representado esse ideal, pois todos, inclusive a Democracia, são formados e mantidos pela criaturas humanas, arrogantes déspotas que se diferenciam tão somente, pelos discursos que apresentam, mas que se assemelham no estereótipo do inseguro mor, executando, excluindo ou desconsiderando todo aquele que dele discorde, tendo como escudo de proteção, os sobreviventes e inseguros que lhe cercam.
Há muito concluí que o ideal de qualquer coisa que exija um sim ou não em relação à outra pessoa, que represente alguma forma de poder, é tão fictício quanto a liberdade que se declara ter, afinal, se há discordância em relação a um, é porque o discordante está concordando com outro sem, no entanto, ter o seu senso de liberdade literalmente livre para tecer sua própria lógica, já que se fechou em conclusões induzidas e não por constatação de sua mente avaliativa.
Daí, as explosões passionais que se apresentam sem limites nos ambientes onde o sufocado pela dor do aprisionamento social, se sente seguro e amparado para impor o seu próprio poder, levando muitas vezes à morte o outo(a) que sob o domínio da insegurança generalizada, se mantém exposto à fúria de um dominador, ao qual, ousou desafiar.
Complicada é a mente humana...

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

"O que sei é que nada sei"(Sócrates).

Ouvindo a Prefeita Marlylda em várias ocasiões desde a campanha de 2008, pude acompanhar a evolução de sua oratória.
Rapaz!!! Não é mole não...
Igual a ela, só mesmo Claudio Neves e que ele me perdoe, mas pela falta de prática, a pupila o superou.
Confesso que acho admirável essa evolução, baseada na garra e tenacidade de chegar lá e ela chegou estrondosamente e, vamos e convenhamos, muito por puro mérito de poder de convencimento.
Mas se por um lado sua oratória fluía nos palanques, o mesmo não correspondeu em relação a prática no exercício do poder nos primeiros dois anos e meio de sua gestão.
Esse atraso por falta de experiência publica dela e de seu mais próximos assessores, despertou uma enorme decepção no seu eleitorado, afinal, sejamos justos, a oposição não precisou fazer absolutamente nada contra a gestão, pois eles mesmos é que trocavam seis por meia dúzia, num pot-pourri de enganos, ações duvidosas, antipáticas, pouco eficientes e, por pura insegurança, criaram uma vestimenta de arrogância que mesmo disfarçada, não convencia.
Daqui de fora, em muitos momentos senti até uma pontinha de pena, afinal, seus mais poderosos apoiadores, tornaram-se carrapatos contumazes e haja sangue para distribuir para tantos sugadores...
No entanto, a vida é assim...Tudo tem o seu devido preço. O importante é que se tenha bala na agulha para pagar.
E convenhamos, a moça guerreira não sucumbiu e está aí, numa boa de cabeça erguida, prontinha para uma reeleição.
Fico aqui pensando que se esta turma de políticos também contumaz, não se unir, a cobra vai fumar por mais quatro anos. E olha lá que até unidos, o risco é enorme.
Afinal, a velha estratégia de se fazer obras um pouco mais impactantes, somente próximo ao pleito eleitoral, sempre deu certo, basta lembrar em Vera Cruz, quando Magno, que apesar de estar com os índices de popularidade baixíssimos , foi reeleito sem dificuldades, bastando meia dúzia de ações pontuais no último momento do segundo tempo.
Assim pensam os políticos: " O povo nada entende e em sua maioria, nem quer saber dos entretantos, preferindo aplaudir os finalmentes"
Lembram de Odorico Paraguaçu?
No Brasil e principalmente, nas regiões mais carentes e com baixos níveis educacionais, o que conta são os efeitos visuais mais recentes que envolvem emocionalmente e se aliado a isso, existir um candidato carismático e com uma oratória livre e solta, aí... Bem aí, haja munição para a batalha.
A nossa oposição sempre foi fraca ou interesseira, geralmente, não querendo atacar os poderosos que estão em volta do gestor, afinal, todos de uma forma ou de outra, sempre pensam em tirar uma lasquinha no futuro com um deles e aí, fingi-se de morta, só ressuscitando no ano eleitoral e ainda assim, muito, mas muito fraquinha, sem qualquer foco que possa enfraquecer verdadeiramente um determinado e destemido concorrente que se colocou sempre na linha de frente, sem qualquer receio de ser eliminado.
Este exemplo se encaixa na atual gestora que há quatro anos atrás, na ocasião do primeiro Fita, após um dia e parte de uma noite de muito movimento me disse, num rápido colóquio, estar absolutamente cansada e eu, então lhe respondi:
Agora aguenta, você não queria ser Prefeita?
Então imediatamente ela empertigou o corpo e com a altivez de uma vencedora por convicção, me respondeu.
Quis e quero continuar a ser...
Portanto, a vitória só chega a todo aquele que não foge a luta, não cochila em combate e cujas armas estejam sempre ao seu alcance.
Simples assim...
Mas eu de nada sei, sou apenas uma senhorinha sem vínculos políticos partidários, livre e solta para pensar...

COMUNICADO



Comunico aos amigos de minha página no facebook que acabo de desativar o ícone de mensagem, pois, infelizmente, por total falta de disponibilidade de tempo, não tenho podido responder devidamente à todas as mensagens diárias que recebo e que, gostaria de poder oferecer o respeito de uma simples resposta.
Certo da compreensão de todos, agradeço o carinho diário que recebo.
Regina Carvalho.

sábado, 1 de fevereiro de 2020

AMOR, SUBLIME AMOR...


DESDE O PRIMEIRO INSTANTE, os nossos olhares sempre foram ternos e apaixonados, numa contínua explosão de sensibilidade amorosa que jamais dependeu de favores ou agrados, para produzirem prazeres intensos que foram se integrando ao longo destes muitos anos de união energética bendita que sempre transcendeu a qualquer perspectiva, afinal, em cada um dos nossos dias de convivência, jamais faltou o reconhecimento imediato das nossas mais profundas afinidades.
Chamar de amor é pouco para definir os laços belos e resistentes que nos mantém unidos, numa paixão que se expressa sem pedir licença, por já ser parte de nós, com a naturalidade do que apenas, é.
Cuido de você e você cuida de mim e assim, vamos seguindo caminho, eternizando nossos instantes, minha sempre linda, amorosa, gostosa e acolhedora, Itaparica.


ESPLENDIDO GOZO

De onde surgiu o meu improviso, não sei precisar, mas, com certeza, sempre foi a minha mais autêntica realidade, custando-me em algumas ocas...