sábado, 9 de novembro de 2019

UMA COISA LEVA A OUTRA



Ação e reação, num ciclo que se repete nas convivências de quaisquer naturezas vivas, e aí, amanheci ouvindo e lendo barbaridades no face que mais parecem atitudes de animais selvagens sem qualquer raciocínio, quanto mais, lógico e de repente, numa compulsão indutora, pensei comigo mesma, mas olhando para o sol que acabara de nascer, que, afinal, o que justifica viver em meio a este caos humano brasileiro, onde limites parecem não mais existir e o respeito mínimo se perdeu em prol de uma divisão estúpida, alicerçada em princípios cada qual mais esdrúxulo que o outro, num festival de grosserias até há poucos anos atrás, inimagináveis.
E não me refiro somente em relação a política, mas a todas as relações que se embrutecem a cada instante, num acompanhamento feroz da tecnologia, que também a cada instante, está ostensivamente, substituindo o homem com toda a sua bagagem emocional, pelas rebuscadas máquinas, e nós, seres manipuláveis, ao invés de nos unirmos numa resistência de vida e liberdade, em favor da preservação da espécie e do nosso lugar de um ser completo neste mundo, hoje globalizado, nos dividimos, nos fatiamos e nos tornamos a cada dia mais vulneráveis às intempéries da própria galáxia, frente as insistentes devastações que a submetemos.
Esse é o maior e mais tenebroso horror que praticamos sem tréguas perante os céus de um Cosmo infinito, que a nossa ignorância é incapaz de mensurar, transformando o outro e o tudo mais em constantes inimigos e, assim, a vida numa banalidade imprópria à capacidade racional que nos é concedida.
Dane-se Lula, dane-se Bolsonaro, dane-se todo e qualquer líder ou instituição que não seja capaz de semear a paz entre as criaturas, promover a integração de um povo e estimular o que de melhor é possível extrair de seres tão criativos e capazes.
Dane-se, portanto, a nossa também incomensurável arrogância, fruto da nossa profunda ignorância em preferir idolatrar que construir, aplaudir ou vaiar, ao invés de mudar a nós mesmos, para transformar o tudo mais.
Que coisa horrível ...

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