Ação e
reação, num ciclo que se repete nas convivências de quaisquer naturezas vivas,
e aí, amanheci ouvindo e lendo barbaridades no face que mais parecem atitudes
de animais selvagens sem qualquer raciocínio, quanto mais, lógico e de repente,
numa compulsão indutora, pensei comigo mesma, mas olhando para o sol que
acabara de nascer, que, afinal, o que justifica viver em meio a este caos
humano brasileiro, onde limites parecem não mais existir e o respeito mínimo se
perdeu em prol de uma divisão estúpida, alicerçada em princípios cada qual mais
esdrúxulo que o outro, num festival de grosserias até há poucos anos atrás,
inimagináveis.
E não me
refiro somente em relação a política, mas a todas as relações que se embrutecem
a cada instante, num acompanhamento feroz da tecnologia, que também a cada
instante, está ostensivamente, substituindo o homem com toda a sua bagagem
emocional, pelas rebuscadas máquinas, e nós, seres manipuláveis, ao invés de
nos unirmos numa resistência de vida e liberdade, em favor da preservação da
espécie e do nosso lugar de um ser completo neste mundo, hoje globalizado, nos
dividimos, nos fatiamos e nos tornamos a cada dia mais vulneráveis às
intempéries da própria galáxia, frente as insistentes devastações que a
submetemos.
Esse é o
maior e mais tenebroso horror que praticamos sem tréguas perante os céus de um
Cosmo infinito, que a nossa ignorância é incapaz de mensurar, transformando o
outro e o tudo mais em constantes inimigos e, assim, a vida numa banalidade
imprópria à capacidade racional que nos é concedida.
Dane-se
Lula, dane-se Bolsonaro, dane-se todo e qualquer líder ou instituição que não
seja capaz de semear a paz entre as criaturas, promover a integração de um povo
e estimular o que de melhor é possível extrair de seres tão criativos e
capazes.
Dane-se,
portanto, a nossa também incomensurável arrogância, fruto da nossa profunda
ignorância em preferir idolatrar que construir, aplaudir ou vaiar, ao invés de
mudar a nós mesmos, para transformar o tudo mais.
Que coisa
horrível ...
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