Estou aqui pensando o quanto somos presunçosos e incapazes
de olharmos para os nossos próprios umbigos sociais na tentativa de mudar as
nossas realidades que variam de acordo com o tamanho do espaço, assim como o
local em que vivemos, sem esquecer das oportunidades que recebemos.
Somos sabichões de plantão nas redes sociais que palpita
sobre tudo, apresentando texto base de um doutorado de coisa alguma, já que
somos totalmente analfabetos em se tratando de cidadania, senso de
pertencimento, ética comportamental e, etc e tal.
Sequer somos capazes de manter limpa a praia que
frequentamos e que é o bioma de nossa cidade, não somos capazes de qualquer
união para evitar a invasão dos
manguezais celeiro farto e vivo que alimenta nossos mares, incapazes de educar
nossos filhos para que não joguem cascas de frutas, sacos de chips ou papel de
bala nas calçadas, sequer colocamos os lixos nossos de cada dia na sua devida
lixeira, xingamos os corruptos políticos, mas os reelegemos como se fossem
coceira alérgica sem combate farmacológico, fingimos acreditar que tragédias
anunciadas, são apenas designíos de Deus e se não bastasse, ainda como tolas e
burras criaturas, brigamos com amigos e vizinhos em prol da defesa desta ou
daquel bandeira partidária, esquecendo-nos da pátria mãe gentil.
Aceitamos mesmo resmungando a falta de médicos e remédios e
nos induzimos a acreditar nas desculpas esfarrapadas dos prefeitos ao dizerem
que, a licitação atrasou ou que o dinheiro acabou.
Não somos sequer capazes de somar forças locais de combate
as contínuas improbidades praticadas pelos sempre honestos e ilibados agentes
públicos, preferindo dividir forças como cegos e abestalhados, acreditando em Papai
Noel de um novo candidato, que de ante não já sabe a fraqueza do povo que vai
liderar e quando muito, oferece uma ração menos racionada, mas jamais o
banquete que esfomeado o povo espera.
Mas na presunção idiota do sabichão de periferia, abrimos
nossas boca para deixarmos jorrar as hermenêuticas borriçadas de nossa própria
incapacidade de cuidar de nós mesmos, direcionando atenção para aquilo que os
olhos não veem e tão pouco o coração sente, mas que pelo menos nos faz
acreditar que somos participativos e antenados com os problemas do país.
Me poupa Regina pelo amor de Deus, toma vergonha e vê se
consegue movimentar os moradores de tua rua para exigir da Prefeitura, luz nos
postes, calçamento e limpeza do matagal que em breve pode engolir a todos pelo
tamanho e espessura...
Talvez quem sabe, você e os demais sabichões de tua cidade,
possam se reunir não apenas para aplaudir ou vaiar, mas principalmente para
exigir audiências públicas na Câmara para que esta na figura dos seus
representantes legais, façam valer os votos a eles dirigido.
Deixe de ser uma presunçosa sabichona, saia da acomodação do
blá blá bla e vai juntamente com outros tantos, promover a diferença, não
apenas de atores de textos previamente decorado, mas de gente séria que
verdadeiramente queira fazer acontecer.
Quem sabe olhando para a vizinhança, você possa aprender
algo sobre fazer e acontecer, mas acima de tudo, aprender a ter foco e
determinação na restauração de sua própria realidade, antes de navegar
abusadamente em mares jamais navegados.
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