Vendo as postagens do facebook, neste amanhecer,
imediatamente lembrei de um livro que comecei a escrever no ano 2000 e que o
concluí em 2003, quando aqui na nossa bendita Itaparica eu já residia e que me
inspirou a escrever bem mais de uma dezena de outros.
A ele, dei o título de equilíbrio, razão e amor, pois
compreendi enquanto o escrevia que são os três mais básicos , mas ao mesmo
tempo, fundamentais sentimentos que podemos e devemos desenvolver em nossas
mentes, a fim de que possamos vivenciar nossas vidas de forma mais suave e prazerosa,
oferecendo a nós e ao tudo mais a nossa gratidão por nela estar e dela auferir
as benécias disponíveis.
A chave que abre as nossas mentes e almas para que o senso
de gratidão adentre, está em cada criatura humana e na sua vontade voluntária
de não aceitar que os sofrimentos, desencantos, inseguranças e toda e qualquer
mazela que já se tenha passado na luta diária da sobrevivência, seja material
ou emocional, venham a destruir o que de mais importante existe que é justo, a
capacidade de amar, seja lá o que for, pois só uma legítima alma amorosa é
capaz de distribuir paz e de estar em paz.
E paz é sinônimo de felicidade e ambos estimulam a harmonia
constante.
O que escrevo incansavelmente, pode parecer fora de moda,
monótono, afinal, o que mais se vê, são agressões, mesmo que travestidas de
boas intenções, num combate interminável de interesses rasteiros que se mostram
sem meias palavras, sem véus de disfarces e que a cada instante, ferem e abrem
feridas que destroem relíquias emocionais, jamais recuperáveis, pois quando se
perde a capacidade de sentir empatia, perde-se também, qualquer capacidade real
de identificar a felicidade, esteja ela, nas pequenas ou nas grandes
realizações cotidianas.
A gratidão é sempre aquele trunfo emocional que nos permite
compreender as limitações do outro, neste ou naquele aspecto e que nos
impulsiona a querer participar, esclarecendo ou simplesmente, aceitando.
A gratidão jamais terá grades de aprisionamento, mas com
certeza nos faz mais respeitosos, quando, por algum motivo, precisamos dizer
adeus.
Se não conseguimos desenvolver a gratidão como parceira
amiga e solidária de nossas demais emoções, permanecemos como gelo que se derrete
e que pouco a pouco vai perdendo os valores dos próprios objetivos.
Ouço o canto dos pássaros e das murtas que mesmo não as
enxergando, ainda assim, posso senti-las nesta manhã gloriosa em minha
Itaparica querida.
BOM DIA a todos com gratidão eterna no meu coração de filha
adotada desta cidade maltratada, mas absolutamente acolhedora, sofrida e
machucada pela indiferença que caracteriza os ingratos, mas que oferece o seu
seio farto a todo aquele que a procura e lhe pede abrigo.
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