quarta-feira, 21 de agosto de 2019

MENOPAUSA POLÍTICA


Desde o seu descobrimento, o Brasil vem passando por todas as fases do crescimento, mas como toda criança mal alimentada, oriunda de uma gestação precária, arrasta metástases agregadas ao seu corpo frágil por toda a sua nem sempre longa vida, estimulando uma série de patologias que parecem jamais serem debeladas, já que também por todo o tempo, não há uma acertada e continuada inserção de nutrientes que garanta um tardio amparo, muito porque, a disponibilidade dos recursos necessário aparecem vez por outra e logo são interrompidos pelo excesso de demandas.
O espelho de cristal que oferece a imagem doente do Brasil, pode ser encontrado em qualquer lugar onde o nível educacional é ainda mais precário que o já conhecido como sofrível, revelando as chagas infeccionadas da ignorância, responsável básica da continuidade de qualquer patologia.
Daí, perceber-se em qualquer esquina, mídias oficiais e mesmo redes sociais, o horror contínuo da falta de informação precisa, afinal, se os valores primários, mas fundamentais, estão contaminados, com certeza os antibióticos apresentados e que são raros e infelizmente, ineficazes, justo, pela falta do devido diagnóstico.
E aí, a auto- medicação no que se inclui laxantes, devastam, inibindo qualquer mínima possibilidade de salvação do paciente que fragilizado, segue meio zumbaiado esperando a morte.
É assim que enxergo o meu Brasil, mais especialmente as cidades pequenas e bucólicas como a nossa Itaparica que de tão linda e rica, falece lenta e gradativamente em meio aos conta gotas medicamentosos oferecido pelos médicos institucionais, enquanto, assisto perplexa e silenciosa os grotescos duelos das infecções de plantão.
Bem, o que me consola e ainda promete uma mediana cura é que percebo ainda estarmos na fase da menopausa, com seus calores e arrepios, bipolaridades emocionais, mas com tempo determinado para desaparecer.
Portanto, rogo ao Deus misericordioso, senhor dos fracos e oprimidos que nos abençoe, fortalecendo nem que seja um "tantinho assim", este doente moribundo que falece ao som dos trios elétricos, do lúdico transcendental e dos remédios adulterados, que não convencem e muito menos curam, mas que com certeza, agravam qualquer quadro patológico.

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Sou uma velha de 75 anos que só lamenta não ter tido aos 30/40 a paz e o equilíbrio que desfruto hoje. Sim é verdade que não tenho controle ...