Será que é
tão difícil colocar lógica de entendimento nas notícias que ouvimos ou mesmo nas
situações que vivenciamos, sem que tenhamos que nos agarrar em retóricas que em
absolutamente não nos esclarecem a importância das mesmas em relação ao nosso
bem estar, como muito menos nos direcionam à uma solução que nos seja mais
interessante?
Fico
ouvindo, vendo e me esforçando enormemente para compreender este mecanismo
mental que busca por todo o tempo camuflar, amenizar, disfarçar e transferir
culpas e soluções de situações que pontuem supostas impossibilidades à ser solucionadas.
Será que é
tão difícil não “colorir” por todo o tempo “as pílulas” com as cores escolhidas
de acordo com o humor, opções pessoais, inseguranças, medos ou impossibilidade
de entendimento, fugindo assim de um real conhecimento sobre elas?
Por que
simplesmente, não aceitamos a coisa como ela se apresenta e, então, buscar uma
forma de mudança a partir de nós mesmos?
Percebo que
passamos a maior parte do tempo utilizando-nos das retóricas a respeito de tudo, como mantras consoladores,
mas que na realidade são burlas aceitas e inseridas de tal forma em nossas
atitudes, que sequer somos capazes de identificar seus malefícios a um maior
entendimento de quase tudo que esteja interligado ao nosso cotidiano.
Retórica
religiosa, retórica política, retórica consoladora, retórica de convencimento
etc.
Nunca dantes
vivenciamos tantas retóricas e talvez por esta razão, estamos num processo de negação
a todo e qualquer maior entendimento das lógicas de convivência social,
profissional, política e religiosa.
Pense sobre
isso, quando recitar versículos bíblicos sem qualquer real entendimento de seus
propósitos fundamentais ou quando
afirmar em situações diversas que “Deus quis assim ou a vida é sempre assim ou
precisamos promover a educação, saúde e geração de emprego e renda”, sem ter a
menor noção de como isso seria possível ou mesmo de como reconhece-las no caso
de já estarem acontecendo ou como acontece nos discursos políticos de nosso
país: Precisamos aproveitar a nossa vocação turística, quando sequer somos
capazes de conseguir que nossos gestores apliquem devidamente os impostos que
pagamos e ainda fechamos os olhos para as falcatruas políticas que
sistematicamente impedem a efetivação dos mais primários de nossos direitos de
cidadãos.
Mas a vida é
difícil! ...
Será mesmo
ou nós, serezinhos especiais, é que somos preguiçosos e acomodados demais, para
raciocinarmos com um mínimo de lógica, a fim de tomarmos atitudes que sejam
minimamente racionais em função do bem comum?
Será mesmo
que Deus dá a cruz na medida daquele que poderá carregá-la?
No momento
em que eu acredito que meus sofrimentos e dificuldades são ofertórios divinos, tiro
de meus ombros um fardo, assim como destruo os méritos de meus esforços na
obtenção de minhas conquistas.
Complicado?
Não, apenas,
branco é branco, preto é preto.
E toda
demanda se torna histórica, porque cada um de nós assim o permite.
Simples
assim.
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