quinta-feira, 5 de abril de 2018

LAMENTÁVEL!



Por quase 11 horas, assisti junto com o Roberto ao julgamento do pedido do HC preventivo a favor do ex-presidente, Inácio Lula da Silva, com a mesma avidez de outras ocasiões, onde a busca de um maior conhecimento, seja linguístico e jurídico, ultrapassa qualquer interesse partidário, abrindo espaço para os lógicos raciocínios, que mais que representarem a prestigiosa mente humana na consagração de suas argumentações pessoais, contribuem enormemente para que eu possa ter uma visão mais ampla do assunto em pauta.
Trata-se de um curso intensivo de argumentos, todos devidamente fundamentados em teorias que se tornaram empiricamente comprováveis.
Como aprendiz de quase tudo, embasbaco-me diante da capacidade humana de produzir, criando com determinação profundos conhecimentos, momentos de dúvidas, descrença, euforia, aceitação, revolta, tristeza, cansaço, levando-me finalmente a lamentar o desperdício, pois o histórico do foco inicial, não pode ser esquecido.
Precisaria escrever pouco, afinal, nas redes sociais, quem quer textos longos e enfadonhos?
Bem melhor seria eu colocar algumas retóricas de efeito instantâneo, mas não consigo, afinal, como descrever em duas ou três linhas a minha decepção e, provavelmente, a decepção de grande parte do povo brasileiro que, mesmo renegando a estrela, a bandeira vermelha e os discursos socialistas, estaria pronto a se curvar a uma instituição determinada, formada por seres humanos, no mínimo fortes e guerreiros que traziam nas mochilas e pastas, o sonho da liberdade, da igualdade e da fraternidade?
Vê-los, um a um, sendo julgados, presos e condenados como criminosos comuns, dói profundamente em quem, como eu, sempre aposta na grandeza humana.
Por que? Para que, descer-se tanto, quando a vida com suas circunstâncias foi unânime em favorece-los, através da oportunidade única de serem os símbolos reais e palpáveis da representatividade do melhor da raça humana?
E aí, neste amanhecer, penso que nenhuma experiência é perdida e que, talvez, a mensagem maior seja exatamente a que se apresenta e na qual, devemos refletir.
Será a louca e inefável ganância, mais forte e poderosamente contaminadora que a lucidez da avaliação pessoal do quanto me basta?
Pense aí...

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Sou uma velha de 75 anos que só lamenta não ter tido aos 30/40 a paz e o equilíbrio que desfruto hoje. Sim é verdade que não tenho controle ...