Por quase 11
horas, assisti junto com o Roberto ao julgamento do pedido do HC preventivo a
favor do ex-presidente, Inácio Lula da Silva, com a mesma avidez de outras ocasiões,
onde a busca de um maior conhecimento, seja linguístico e jurídico, ultrapassa
qualquer interesse partidário, abrindo espaço para os lógicos raciocínios, que
mais que representarem a prestigiosa mente humana na consagração de suas
argumentações pessoais, contribuem enormemente para que eu possa ter uma visão
mais ampla do assunto em pauta.
Trata-se de
um curso intensivo de argumentos, todos devidamente fundamentados em teorias
que se tornaram empiricamente comprováveis.
Como
aprendiz de quase tudo, embasbaco-me diante da capacidade humana de produzir,
criando com determinação profundos conhecimentos, momentos de dúvidas,
descrença, euforia, aceitação, revolta, tristeza, cansaço, levando-me
finalmente a lamentar o desperdício, pois o histórico do foco inicial, não pode
ser esquecido.
Precisaria
escrever pouco, afinal, nas redes sociais, quem quer textos longos e
enfadonhos?
Bem melhor
seria eu colocar algumas retóricas de efeito instantâneo, mas não consigo,
afinal, como descrever em duas ou três linhas a minha decepção e, provavelmente,
a decepção de grande parte do povo brasileiro que, mesmo renegando a estrela, a
bandeira vermelha e os discursos socialistas, estaria pronto a se curvar a uma
instituição determinada, formada por seres humanos, no mínimo fortes e
guerreiros que traziam nas mochilas e pastas, o sonho da liberdade, da
igualdade e da fraternidade?
Vê-los, um a
um, sendo julgados, presos e condenados como criminosos comuns, dói
profundamente em quem, como eu, sempre aposta na grandeza humana.
Por que?
Para que, descer-se tanto, quando a vida com suas circunstâncias foi unânime em
favorece-los, através da oportunidade única de serem os símbolos reais e
palpáveis da representatividade do melhor da raça humana?
E aí, neste
amanhecer, penso que nenhuma experiência é perdida e que, talvez, a mensagem
maior seja exatamente a que se apresenta e na qual, devemos refletir.
Será a louca
e inefável ganância, mais forte e poderosamente contaminadora que a lucidez da
avaliação pessoal do quanto me basta?
Pense aí...
Nenhum comentário:
Postar um comentário