Tempos
difíceis são todos aqueles em que nos deparamos com a banalização da vida, e
esta, está permanentemente em risco, visto que a sombra contínua da
inconsequência nos ronda de forma impiedosa, impelindo-nos a opções nada
pensadas e que podem, em certo momento, ser o algoz que ceifará a nossa vida.
A vida já é bastante
tênue, mesmo sendo uma ciência exata, geralmente em uma máquina perfeita, mas se
pensarmos nos abusos sistêmicos a que estamos expostos por todo o tempo e, se a
isto, adicionarmos a leviandade das ações impensadas, tornamo-nos imediatamente
alvos das reações articuladas com a mesma inconsequência.
E então, dia
após dia, deixamos rolar uma lágrima por mais um jovem que, de forma cruel,
perde a sua vida, também geralmente através de um carrasco que, mesmo vivo, há
muito perdeu a sua, através das escolhas impensadas, mantendo a simbiose da
desgraça como símbolo maior do descontrole social, espada afiada sempre pronta
a cortar impiedosamente a vida de alguém.
Este é um
pensamento que expresso, como uma solitária e silenciosa lágrima pela morte de
Moisés da Misericórdia, ainda um menino com a vida toda para ser vivida.
Para a
família e amigos, a solidariedade na dor, esperando que Jesus console os seus
corações.
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