segunda-feira, 30 de abril de 2018

SEM MEDO DE VIVER


Olhando uma postagem da amiga Consuelo Velasco, imediatamente, lembrei-me de minha juventude e da constante motivação que me fazia suplantar qualquer dificuldade, que era justo o prazer de viver.
Não havia consciência do não sentir medo, pois tudo era natural. Apenas, vivíamos o dia a dia com suas dificuldades fossem quais fossem, mas sem a pressão paralisante do medo de estar existindo, exposto ao acaso da liberdade do outro.
Ao longo dos anos que se seguiram, ganhamos no progresso científico e tecnológico, ampliamos nossa capacidade em interagir com o restante do mundo, transformamos nossas telinhas de celulares em instantâneos de qualquer natureza, mas perdemos, definitivamente, a bendita liberdade que era real, pois não era pensada, apenas exercida, como o ar que respirávamos.
Saudosista, claro que sou e pergunto como não ser depois de atravessar as últimas três décadas temendo por minha vida na esquina, no açougue, no cinema e, até mesmo, no aconchego de minha casa, por um maluco viciado qualquer, na loucura de sua liberdade?
Viver trazendo consigo a sombra do medo, sem qualquer real espontaneidade, legítimo passaporte para momentos de paz, pode ser tudo, menos liberdade.
Tempos difíceis, estes que estamos vivendo...
Mas para quem não conheceu outra forma de viver, fazer o quê, dizer o quê?
Afinal, eles jamais entenderiam, porque os valores, certamente outros, faziam de nós unidades vivas e pulsantes, éramos pessoas. Hoje, são tão somente anônimos, esmagados ou amordaçados em nome desta tal de liberdade que os transformam em estatísticas, também de qualquer natureza.

domingo, 29 de abril de 2018

“VIRADA NA PORRA”



Esta é a expressão que mais tenho ouvido desde que vim morar na Bahia. Depois de 15 anos, esta e outras expressões, já não me causam estranheza, pois passaram a ser incorporadas pelos meus ouvidos e mente, tal qual, estou irritada, aborrecida, chateada e etc.
Também fui entendendo que tal afirmação, na maioria das vezes sequer demonstra o estado real do espírito de quem fala, sendo apenas mais uma retórica de efeito com a finalidade de tão somente, demonstrar com ênfase uma opinião a respeito de algo.
Se é educado, penso que não, mas também não creio que se pense muito a respeito do efeito educativo da mesma, já que sou testemunha de bocas ilustríssimas de onde saiu esta preciosidade popular.
Na realidade até eu, sempre estive virada na porra com a política brasileira. Esta tem sido também a minha retórica, consciente de que de nada adiantou ou adiantará meus agravos em relação a ela, pois sou povo e este só serve mesmo é para votar.
Enquanto, eu e você estamos “virados na porra”, eles, os eleitos de plantão, não estão nem aí, curtem seus benefícios, garantidos pelo poder, esquentam suas bundinhas no regato da impunidade e ainda se sentem ofendidos com a nossa revolta e aí, munidos de um departamento jurídico, pago por nós, nos ameaçam descaradamente.
Bem, ainda virada na porra eu penso:
E a culpa disto tudo, de quem será?

sábado, 28 de abril de 2018

REVENDO OPINIÕES



Não há nada que mais me empolgue que apreciar alguém defendendo suas ideias e seus ideais, mesmo que a céu aberto eu seja contrária, por esta razão, geralmente, não entro em polêmicas e me reservo em respeito aos contrários.
Mas além disso, sinto-me emocionada, quando tenho o prazer de constatar um alguém reconhecendo seus erros de avaliação e assumindo suas responsabilidades em relação aos demais, levando-me a um enorme sentimento de respeito e redobramento de meus créditos em relação à raça humana.
Acredito que estas especiais criaturas, são tão somente, mensageiras da conscientização dos mais autênticos princípios de posturas adequadas ao bem comum e devemos dar a elas, a somatória de nossa credibilidade pessoal, extraindo aprendizado para futuras ações por nós desenvolvidas.
Ouvindo as declarações do sr. Cledson Cruz no canal Itaparica Alerta, certamente as pessoas sérias e verdadeiramente desejosas em ver uma Itaparica melhor em sua estrutura física e social, irão parar para pensar sobre seus valores nas escolhas de seus representantes políticos, deixando as ilusões de qualquer tipo de salvador da pátria, em favor de pessoas reais e entendidas em gestão pública, capacidades no conhecimento real das demandas existentes e qualificadas para poderem interpretar os reais anseios da população em suas prioridades.
Que nossos futuros representantes, sejam do legislativo ou do executivo, possam provar através de seus conhecimentos e prática, seu merecimento ao cargo almejado e que não sejamos mais alvo da improbidade de todas as naturezas.
Nem sempre a qualificação advém de uma faculdade, algumas vezes, surgi como rosas benditas, resistentes as intempéries, rasgando a secura da terra bruta para então, despontarem em meio ao deserto, tão somente para nos mostrar que “tudo vale a pena se a alma não for pequena”, plagiando o escritor Fernando pessoa”.

sexta-feira, 27 de abril de 2018

PERDA DE TEMPO


Não há nada mais inútil do que ouvir os vereadores mostrando as falhas e inoperâncias da gestão de Itaparica, uma vez que jamais tomam uma postura para reverterem a situação. E se acham errado e nada fazem, são cumplices através da omissão.
Enquanto isso, o tempo vai passando e tudo continua como dantes no quartel de Abrantes.
Nas redes sociais, a mesma peleja de difamar, acusar e lamentar sem que haja, qualquer manifestação maior de agravo a todas as mazelas históricas que pelo andar da carruagem continuarão históricas.
Enquanto isso, tudo parece estar encantado para os do andar de cima, pois não alteram sequer o ritmo de suas passadas, indo e vindo, fazendo e acontecendo como sempre ocorreu nos reinos da carochinha, enquanto a plebe sofrida, rasteja e chora sem qualquer maior esperança, a não ser, ter que esperar pela boa vontade e o devido tempo do Rei e sua corte, que jamais coincide com a do povo.
Se falta de operacionalidade e aplicabilidade em obras públicas e políticas sociais, não são motivos suficientes para que se peça uma auditoria, sinceramente, não sei o que os nossos edis precisam para se manifestarem de forma séria e objetiva. Estão esperando o quê?
O mesmo das gestões anteriores, onde muitos perderam e apenas uma casta se beneficiou?
Afinal, a cada quinta-feira ficar malhando o Judas, não resolverá em absoluto os problemas que persistem em ser chamados de históricos, como cabo de guerra de quem está no poder.
O pior é que nossos políticos, continuam apostando na impunidade e nós acreditando em Papai Noel.
Esse filme é velho, bastante rodado...

quinta-feira, 26 de abril de 2018

O que fazer?



Olho pela janela e vejo o sol se esforçando em aparecer, rompendo as ainda fechadas nuvens, penso então, na esperança que nos move a cada instante, impulsionando-nos através de suas subsidiárias que chamamos de perspectivas e que por sua vez, alimenta o nosso ego e por aí vamos percorrendo os dias de nossas vidas, removendo os empecilhos, recriando oportunidades, sempre em busca da concretização de um objetivo, mesmo que seja o de tão somente, sobreviver nesta selva absolutamente selvagem, que o tempo e as evoluções decoram, mas não burilam a essência.
Não há nada mais expressivo à comprovação desta premissa que ler, ouvir ou assistir aos noticiários diários de qualquer cidade, de qualquer país, com raríssimas exceções.
Somos duros como rochas e esculpir em nós alterações de perfis, tem sido tarefa das mais árduas.

domingo, 22 de abril de 2018

BEM LÁ ATRÁS...



O domingo, amanheceu sem chuva e eu, amanheci romanticamente saudosa dos velhos tempos, guardados lá atrás, nos benditos anos, verdadeiramente dourados, que os novos tempos não conseguiram me fazer esquecer.
Saudades da infância bem curtida nas calçadas da Barão da Torre, dos amigos Paulinho e Antero, das amigas Marcia e Regina Helena, da vizinhança discreta e solidária, da elegância de Dona Norma Vidigal, do filé à lá cubana da Taberna do Barão, dos quindins da padaria Eldorado, dos assovios agudos de minha mãe, do quintal da casa da minha avó Maria, das estrelas que eu contava até dormir no terraço do prédio em que eu morava, do cheirinho de maresia do mar tão próximo, do primeiro baile no suntuoso hotel Glória, dos flertes com os alunos do Colégio militar no ônibus 416, que me levava para ao Maria Raythe, onde cursei o Normal, dos hamburguês com suco de laranja do recém inaugurado BOB’S na Visconde de Pirajá, dos sorvetes de milho verde da sorveteria do Morais e principalmente, da quietude de meu quartinho aconchegante, onde tantos sonhos teci e onde comecei a escrever, minhas prosas e poesia.
Saudades do primeiro beijo que fingi que era roubado, mas que eu muito queria de Jefferson Montoro com apenas 15 anos, da aventura de roubar o carro de meu noivo e sair dirigindo até a Lagoa Rodrigo de Freitas e depois travar de nervoso e pedir socorro, na casa da tia Luiza. Levei uns tabefes de minha mãe, mesmo estando há dias de me casar. Inesquecível!!!
Quantas emoções, numa só tarde...
Saudades dos beijos ardentes e do fazer amor apaixonado com o meu Roberto, nos lugares mais impensáveis, numa divina euforia do novo e do belo que me extasiava.
Saudades de uma juventude, para lá de saudável que foi forte o bastante para não me abandonar, adubando a minha alma e o meu prazer de viver.
Mas ainda assim, sinto saudades e recordar me faz bem.

OLÁ, BOM DIA...

Com o olhar de quem muito já foi capaz de ver, mas que também ávida quer muito mais enxergar, fixo a rosa teimosa, mas absolutamente cheirosa que resiste à brava chuva, ao vento frio e a solidão, apenas e, tão somente, no seu direito de existir, lembrando-me silenciosa que viver é uma constante batalha, entre o agora e o porvir.
Bendito outono que chega, trazendo com ele a esperança dos cantos tímidos dos pássaros que também teimosos e resistentes, tal qual as rosas e alguns frutos, insistem na resistência, recebendo o novo como bem-vindo, ajustando-os aos velhos hábitos. 

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Lamento tardio...



Não deves lamentar o sistema, afinal, ele jamais foi justo. Por que o seria agora?
Reconhecidamente, tudo indica uma loucura de inversão de direitos e lógica em todos os níveis, o que é determinante quanto ao entendimento e aplicabilidade das obrigações.
A ignorância de todos níveis leva a grande maioria à toda uma alienação, não havendo espaço para o raciocínio de qualquer natureza.
A incoerência pauta falas e posturas, transformando os absurdos em fatos corriqueiros e, portanto, com uma normalidade aceita e incorporada às mentes e no cotidiano de cada cidadão, já que o convencimento advém de cima para baixo como normativa e aplicável.

INDIGNAÇÃO SILENCIOSA...



Cala-te criatura insensata, quem pensas que és, postando-te como detentora da verdade?
A quem pensas que enganas com o teu discurso antecipadamente decorado, roto e enferrujado, que busca nas falsas verdades, desculpas para a tua própria improbidade?
És um engodo a mais no histórico das duras realidades, salpicando de pó de ouro falso os anseios de todos, famintos e abandonados em meio as lamas da vergonha que se tornou o sistema político de nosso país, que a tudo contaminou com o limo sujo e viscoso da ganância em relação ao erário público.
Recuso-me a ser mais um a aplaudir-te desgraçada criatura que, enquanto se debruça sobre as glórias das conquistas, esmaga e soterra sem qualquer piedade o que de fome morre e o que a dor esmorece.
Recuso-me a olhar-te, evitando assim o mal-estar de tua maligna presença que afronta e faz doer a alma de quem, como eu, ainda é capaz de identificar a escória travestida de dourado.
E neste desabafo de que tanto necessito, vomito-te na lama que preservas com a tua inoperância.
Este é o retrato que enxergo ao fixar os salva-pátrias que a ignorância cidadã esculpe com o zelo de mestre e a cegueira dos imbecis.
 E se me achas grosseira e inadequada, deves, então, voltar os teus olhares para a fome e a miséria – existencial e física - que mora logo a teu lado, mas que por conveniência finges não enxergar.




BOM DIA!!!!



Quando, logo bem cedinho abro a janela e enxergo o quintal matizado com as cores da vida e ouço os pássaros em suas costumeiras algazarras, imediatamente penso em Deus e no quanto, sou afortunada.
E aí, respiro fundo, uma, duas, muitas vezes, sorvendo os aromas tão peculiares a esta minha amada Itaparica e então, volto a pensar que ser feliz, realmente não é privilégio e sim dever, frente a tantas maravilhas.
Rogo ao universo divino inspirações para o dia de hoje, para que possamos ser os poetas e pintores dos nossos instantes, dando a eles, cores e brilho, afim de não esquecermos que a vida é sempre maior que o tudo mais.

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Cortesia ou favoritismo?



Segundo Aurélio, cortesia significa; amabilidade, gentileza e civilidade, enquanto favoritismo é o mesmo que dar preferência a um favorito.
Portanto, é adequado que tenhamos a sensibilidade em distingui-las, mesmo em meio a severas regras, utilizando a tão necessária cortesia no falar e no agir, evitando assim, a prática primária da descortesia, que geralmente, pode vir a criar inúmeros constrangimentos absolutamente, desnecessários.
Fica a dica para a nova farmacêutica do CAF, até porquê, o princípio básico de quem chega a um novo emprego e ainda mais temporário é a do reconhecimento espacial e social.
Portanto, há um velho ditado popular que diz:
“Em rio que tem piranha, jacaré nada de costas. ”
Afinal, nunca saberemos com precisão, quando vamos precisar da solidariedade do desconhecido, não é mesmo?
Bendita cortesia, hoje tão confundida e menosprezada.
Maldita arrogância, prima irmã de infinitas mazelas.

terça-feira, 17 de abril de 2018

Muito além...



Falar de amor não é nada fácil como a maioria pensa e afirma. Falar de amor requer subsídios íntimos desta realidade, não bastando ser letrado, já que o convencimento das palavras advém das vibrações individuais e são elas que serão capazes de surtirem algum efeito nos olhos que as lerem ou nos ouvidos que as ouvirem.
Falar de amor com o convencimento ao ponto de produzir alterações nas mentes dos demais em suas friezas advindas dos sofrimentos existenciais, requer sensibilidade energética cósmica que ultrapassa os limites de letras e frases.
Falar de amor é o mesmo que mostrar o perfil da libertação em todos os sentidos, mesmo que pernas e braços estejam amarrados e paredes e grades existam como aprisionamento do corpo.
Uma mente amorosa é antes de tudo uma mente liberta da pequenez de qualquer natureza. Ela ama e ama e o universo lhe devolve em bênçãos fundamentais no transcorrer de sua existência de forma plena, já que todas as suas benditas vibrações lhe retornam, dando-lhe absoluta paz interior, e a paz é justo o estado físico e mental que lhe garante a eternidade.


JOIA RARA



Sorrindo, foi assim o meu amanhecer de hoje, tão logo, as cinco e vinte da manhã, vi e ouvi no Hora Um da Globo a retrospectiva da vida de Dona IVONE LARA, sambista que falecera aos 97 anos, no Rio de Janeiro.
De repente, percebi que estava sorrindo e entendi, de forma definitiva, que para alguém que fez de sua vida um produzir constante de alegrias, não cabem lamentos na despedida. Apenas, um vai com Deus, um sorriso e nada mais, afinal, são seres iluminados que transformaram suas falhas, dores e decepções em constantes exercícios de vida e liberdade, produzindo incessantemente alegria.
Considerada a grande dama do samba, primeira a romper o preconceito das escolas em não ter em seus grupos de compositores uma mulher, Dona Ivone Lara produziu pérolas da MPB; ela também, até se aposentar em 1977, exerceu a função de Assistente Social e enfermeira especialista em terapia ocupacional.  Seu acervo é composto de um belo e rico legado de músicas, que começou a produzir ainda muito jovem, sob inspiração de suas amadas escolas de samba: Serrinha e Império Serrano.
E aí, penso que para estas criaturas que conseguiram entender que viver é bem mais que o corriqueiro ir e vir não permitindo que seus cotidianos empanassem suas mentes e almas brilhantes, chorar por quê? Lamentar o quê, se elas foram tudo, abraçaram tudo e amaram tudo que puderam de suas existências.
Para quem escreveu “Sonho Meu e Joia Rara” e inúmeras outras maravilhas, apenas o meu sorriso de agradecimento.

domingo, 15 de abril de 2018

REVISANDO LEIS



Costumo evitar fazer comentários sobre certos assuntos que considero distantes dos meus entendimentos e sobre a aplicação da justiça, menos ainda, mas pelo amor de Deus!!!
Quando o assunto são os shows oferecidos pelo Supremo Tribunal Federal, como deixar passar batido tanto horror, travestido de argumentações pautadas nas mais elaboradas fundamentações?
Assisto a todas, sorvendo dentro de minhas limitações, tudo que me é possível, todavia, em minha ignorância de apenas cidadã, só queria entender algumas coisinhas que estão me incomodando:
1-    Por que mudar-se as leis em pleno processo condenatório de um réu?  Isso é eticamente aceitável?
2-    Deve a mais alta Corte deste país transformar-se em balança medidora de danos ao mesmo, a condenação de um réu, seja ele quem for? Onde fica a lógica da elaboração de cada lei?
3-    Questionar publicamente as condenações efetuadas por Juízes e Desembargadores, não fragiliza a segurança de cada cidadão em relação ao judiciário, cabendo então o questionamento em relação às suas deliberações, como já vem ocorrendo largamente?
Concluo esclarecendo que venho percebendo já há algum tempo, um arrogante menosprezo em relação às Instâncias Judiciais inferiores.
Não seria um contrassenso, já que todos os ministros são oriundos do mesmo berçário de formação prática?
Acho tudo e todos muito confusos em se tratando de defender a democracia e sua constituição.
E você, o que acha?

sábado, 14 de abril de 2018

LER E INTERPRETAR



Não há possibilidade de um maior e mais profundo entendimento, seja lá no que for, se não houver um mínimo de entendimento interpretativo, além de ser este desconhecimento o maior e mais sério problema nas relações humanas.
Tudo que sai do físico e necessita do verbal para que seja assimilado torna-se um abismo muitas vezes intransponível, isto sem esquecer que existe a interpretação sublimada, que é aquela produzida pela dedução automática de um consciente já comprometido com uma dedução prévia.
Parece complicado e na realidade o é, na medida em que, reverter esta conduta mental, não é uma tarefa das mais simples, já que ter-se-á de trabalhar todos os conceitos já estabelecidos na pessoa em questão.
Daí a importância do também aprendizado da língua portuguesa através da leitura de textos, levando em conta os muitos aspectos que as palavras e sentenças podem oferecer sozinhas ou na formação da ideia narrada como um todo.
As redes sociais são um espelho cruel da incapacidade das pessoas em interpretarem, ficando, tão somente, as imagens como mensagem de referência relevante de entendimento, sufocando um maior aprofundamento de sentimentos de qualquer natureza, além do imediatismo emocional que se dissipa e se renova sob novo aspecto, na imagem seguinte, traduzindo uma nova experiência e, assim, elegendo o imediatismo como tônica maior nos contatos de uma suposta amizade.
Esse meu entendimento, também foi percebido, mesmo que através da indução inconsciente em relação às retóricas que podem ser colocadas com fundos coloridos e ou desenhados que resumem falsamente em forma de impacto, temas relevantes, levando o leitor a crer que entende a profundidade da mensagem.
Textos longos se perdem na impaciência que se formou neste tipo de relacionamento, já que não só não existe o hábito da leitura como se conceituou que as redes sociais devam ser breves e instantâneas.
Algumas redes, sim, por suas embasadas naturezas, outras, não necessariamente.
Preocupo-me com a incapacidade de se conseguir interpretar uma simples frase, quanto mais buscar nelas as “entrelinhas”, possíveis de existirem nas intenções de quem as escreve.
Pense nisto, antes de responder apressadamente a algo que instintivamente lhe parece aprovado ou reprovado em sua mente, reconhecidamente, repleta de conceitos pré-estabelecidos que, certamente, empobrecem o seu entendimento de quase tudo.
Todavia, o pior efeito desta dicotomia online é sem dúvidas o arrasto dela que se pode notar no convívio sistêmico, onde a cada dia, menos é possível enxergar-se real entendimento entre as pessoas, levando-as a uma constante batalha nos seus relacionamentos ou simples convívio, seja social, amoroso ou profissional.
Esta é uma pauta de longos estudos, pois ramifica-se em infindáveis vertentes. Apenas arranhei, na tentativa de ser breve.
BREVE?
Poupe-nos Dona Regina...

quarta-feira, 11 de abril de 2018

COMUNICAÇÃO, PALAVRAS E AGRESSÕES



Para quem exerce determinadas profissões, principalmente em se tratando de comunicação pública, necessário se faz ter a expertise de sua complexidade, pois torna-se inevitável confrontos abusivos de ambas as partes, uma vez indispensável haver nas mensagens, enviadas ao cidadão pelo agente comunicador público, sempre sentido institucional agregativo.
Nesta simbiose doentia entre o público e o privado, não existe ganho para qualquer dos lados, ficando, tão somente, a certeza de um crescente mal-entendido que causa danos irreversíveis e que é notório de ser observado a cada gestão que se renova.
Trocando em miúdos, para um maior entendimento, torna-se necessário uma maior observância por parte dos profissionais da comunicação pública, através de uma avaliação constante da importância de suas atribuições, a fim de não incidirem no erro egocêntrico de desconsideração ao cidadão no exercício pleno de sua cidadania.
Sugiro carinhosamente a leitura de grandes pensadores da área, como o ilustre comunicólogo Juan Díaz Bordenave, um dos maiores predecessores da educomunicativo Latino-Americano.
Lembrando que é inerente ao exercício da Comunicação Pública, a prestação dos atos exercidos pela gestão de forma clara, promovendo esclarecimentos, não cabendo qualquer tipo de impaciência, intolerância ou agressividade, tendo em mente, a negociação de conflitos, incentivando compartilhamento, sempre na busca do atendimento de interesses referentes a temas de relevância coletiva.
Concluo lembrando que a Comunicação Pública se ocupa da viabilização do direito social coletivo e individual ao diálogo, à informação e expressão, como uma necessidade básica da pessoa humana, do homem social.





domingo, 8 de abril de 2018

ATÉ QUANDO?


O domingo está chegando ao fim e pelo que posso observar, as redes de televisão já estão voltando às suas programações corriqueiras, mesmo entre aspas, colocando chamadas repetitivas e bastante enfadonhas, da badalada prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Que coisa, viu!!!!
Será que, pelo menos, boa parte do povo brasileiro, nessas vinte e tantas horas de espetáculo teatral a céu aberto, observou as armas cruéis separatistas de discursos inflamados e captadores de mentes descuidadas que soterram os reais valores patrióticos, numa inversão absoluta da visão e prática de um país cujo povo sempre foi pacífico, alegre e acolhedor?
Será que se deram ao trabalho de mais que defender ou acusar, este ou aquele, analisar o circo mambembe, onde o tema principal, nos cenários e no roteiro, só continha mensagens de um doloroso e cruel aparthaid, onde ficou claro, porque nos últimos 30 anos, se por um lado ganhamos por outro nos destroçamos em quase todos os aspectos da convivência social?
Infeliz mídia que adentrou cegamente neste mundo falso de liberdade de imprensa, abusando da falácia de que registra em nome do direito de levar ao público a realidade de qualquer coisa, mesmo que esta seja feia, sarcástica e lunática, acirrando como lobos em pele de carneiro, a cada instante, as diferenças, transformando-as em armas poderosas de destruição de um país, cujo povo não respeita mais nada e ninguém.
Enquanto isso, cada setor da vida pública se exibe da melhor ou pior forma possível, sedentos de seus cinco minutos de fama, como os pavões do STF, que deveriam falar menos em suas fundamentações e serem mais ágeis em suas interpretações da Constituição, atendo-se ao fato maior que, enquanto desfilam suas verborreias jurídicas, expondo-se inconsequentemente às câmeras das TVs, por horas a fio, numa disputa egocêntrica jamais vista no judiciário, inúmeros criminosos do bem público continuam charlando livres e milionários, em detrimento de um povo, cada vez mais ignorante em quase tudo, isso sem falar da fome, da miséria e da violência física e moral que, a cada dia, sufoca e mata em diferentes aspectos.
O domingo está terminando, mas o show voltará em nova manchete da vergonha nacional, tão logo, a segunda amanheça e fico aqui no meu cantinho pensando, até quando?


CONCLUSÃO


Tudo que sei é que o PT, conseguiu ficar dia e noite em rede nacional sem gastar um centavo publicitário, fazendo campanha política. Isso é que é estratégia, o resto é bobagem...

quinta-feira, 5 de abril de 2018

PENSANDO...


JAMAIS EXISTIRÁ RESPOSTA PLAUSÍVEL PARA O IMPONDERÁVEL. RESTANDO, TÃO SOMENTE, A COMPREENSÃO ADVINDA DA PAZ INTERIOR FRENTE A ESTE COMPORTAMENTO QUE ULTRAPASSA QUALQUER LIMITE DA LÓGICA E DO BOM SENSO.

LAMENTÁVEL!



Por quase 11 horas, assisti junto com o Roberto ao julgamento do pedido do HC preventivo a favor do ex-presidente, Inácio Lula da Silva, com a mesma avidez de outras ocasiões, onde a busca de um maior conhecimento, seja linguístico e jurídico, ultrapassa qualquer interesse partidário, abrindo espaço para os lógicos raciocínios, que mais que representarem a prestigiosa mente humana na consagração de suas argumentações pessoais, contribuem enormemente para que eu possa ter uma visão mais ampla do assunto em pauta.
Trata-se de um curso intensivo de argumentos, todos devidamente fundamentados em teorias que se tornaram empiricamente comprováveis.
Como aprendiz de quase tudo, embasbaco-me diante da capacidade humana de produzir, criando com determinação profundos conhecimentos, momentos de dúvidas, descrença, euforia, aceitação, revolta, tristeza, cansaço, levando-me finalmente a lamentar o desperdício, pois o histórico do foco inicial, não pode ser esquecido.
Precisaria escrever pouco, afinal, nas redes sociais, quem quer textos longos e enfadonhos?
Bem melhor seria eu colocar algumas retóricas de efeito instantâneo, mas não consigo, afinal, como descrever em duas ou três linhas a minha decepção e, provavelmente, a decepção de grande parte do povo brasileiro que, mesmo renegando a estrela, a bandeira vermelha e os discursos socialistas, estaria pronto a se curvar a uma instituição determinada, formada por seres humanos, no mínimo fortes e guerreiros que traziam nas mochilas e pastas, o sonho da liberdade, da igualdade e da fraternidade?
Vê-los, um a um, sendo julgados, presos e condenados como criminosos comuns, dói profundamente em quem, como eu, sempre aposta na grandeza humana.
Por que? Para que, descer-se tanto, quando a vida com suas circunstâncias foi unânime em favorece-los, através da oportunidade única de serem os símbolos reais e palpáveis da representatividade do melhor da raça humana?
E aí, neste amanhecer, penso que nenhuma experiência é perdida e que, talvez, a mensagem maior seja exatamente a que se apresenta e na qual, devemos refletir.
Será a louca e inefável ganância, mais forte e poderosamente contaminadora que a lucidez da avaliação pessoal do quanto me basta?
Pense aí...

quarta-feira, 4 de abril de 2018

EFÊMERA VIDA



Tempos difíceis são todos aqueles em que nos deparamos com a banalização da vida, e esta, está permanentemente em risco, visto que a sombra contínua da inconsequência nos ronda de forma impiedosa, impelindo-nos a opções nada pensadas e que podem, em certo momento, ser o algoz que ceifará a nossa vida.
A vida já é bastante tênue, mesmo sendo uma ciência exata, geralmente em uma máquina perfeita, mas se pensarmos nos abusos sistêmicos a que estamos expostos por todo o tempo e, se a isto, adicionarmos a leviandade das ações impensadas, tornamo-nos imediatamente alvos das reações articuladas com a mesma inconsequência.
E então, dia após dia, deixamos rolar uma lágrima por mais um jovem que, de forma cruel, perde a sua vida, também geralmente através de um carrasco que, mesmo vivo, há muito perdeu a sua, através das escolhas impensadas, mantendo a simbiose da desgraça como símbolo maior do descontrole social, espada afiada sempre pronta a cortar impiedosamente a vida de alguém.
Este é um pensamento que expresso, como uma solitária e silenciosa lágrima pela morte de Moisés da Misericórdia, ainda um menino com a vida toda para ser vivida.
Para a família e amigos, a solidariedade na dor, esperando que Jesus console os seus corações.

segunda-feira, 2 de abril de 2018

MUDANÇAS



Crescer emocionalmente é muito bom e gratificante, pois, por consequência, amadurecem as avaliações, tirando um enorme peso que, até então, fazia doer a alma, frente ao que estava fora do alcance individual modificar, trazendo a lógica, amparada num imenso carinho também pessoal, em compreender que toda e qualquer mudança, obrigatoriamente, só trará frutos se vier através de nós mesmos.
A aceitação do que não podemos modificar é a expressão mais consistente do crescimento de nós mesmos, já que retira de nossa consciência a obrigatoriedade de estarmos em permanente combate, mesmo sabedores de que o tempo e as circunstâncias que são mutáveis acabarão por solucionar ou remediar.
Pense nisto, quando começar a sentir que é obrigado a agir desta ou daquela forma, porque em algum momento, você aceitou a incumbência do sistema de ser o salvador do mundo, neste ou naquele aspecto.
Lute, busque, batalhe com determinação e amor, antes de tudo por você e, com certeza, estará contribuindo e muito para alterar o seu universo pessoal, onde reside tudo e todos que realmente são possíveis de serem alterados, com a sua simples, mas gratificante e copiável, forma de ser e de agir.
“Feliz Páscoa para todos. ”

MUITAS EMOÇÕES

Há quem imagine que levo uma vida solitária em meu reduto tranquilo de paz entre pássaros e borboletas, mas sequer imaginam a profusão das i...