Em todas as
quintas-feiras por ocasião da transmissão da Rádio Tupinambá das sessões da
Câmara de vereadores, levo horas a fio para recuperar-me do afrontamento que
minha mente e minhas emoções recebem sem dó e sem piedade, pela quase total
alienação deles, vereadores em relação as suas reais atribuições.
Usam a
tribuna para lavarem roupas sujas, denegrirem ou puxar o saco das gestões
pontuais, mandarem indiretas idiotas aos que com eles não concordam ou para
simplesmente, numa arrogância bruta, demonstrarem suas totais incapacidades,
quanto ao reconhecimento de que são funcionários públicos e que devem sim,
muita satisfação de seus atos ao povo que os elegeu.
Durante
muito tempo, pensei, buscando desculpas, crendo que a ingenuidade, falta de um
maior letramento, vontade de mostrar serviço, era responsável pelo pot- pourri
de absurdos, todavia, o tempo e um estreitamento sempre maior com o sistema
político e principalmente, com a incoerência dos comportamentos dos políticos,
cheguei à conclusão de que se existe algo que os mova é com certeza a abusiva
vaidade e o sempre crescente interesse em si próprio.
Falam das
suas sempre “verdades” sem, no entanto, mostrarem os critérios com as quais as mesmas
se estruturaram.
E aí,
formam-se as incontáveis falácias que confundem e mantém na ignorância aqueles
que os escutam, estimulando-os a reverberarem as mesmas e com o tempo, bobagens
perniciosas se tornam verdades populares que aprisionam, retardando qualquer
desenvolvimento.
Nesta
quinta, salvo alguns que se deixaram levar pelo vício do rebatimento das
ofensas ou se calaram, pois em boca fechada, não entra mosquito, a sessão nada
representou de relevante ao povo, pois quase tudo que foi proposto pelos edis,
não atende as necessidades agoniantes do aqui agora da maioria da população, já
que praças, quadras e calçamento, não só não podem e não devem ser iniciados
nas portas do inverno que aqui, representa chuva, como também se perdem frente
as necessidades prementes da distribuição dos remédios, aparelhamento dos centros dentários, providências
quanto ao transporte de doentes aos centros especializados em Salvador, contratação
de uma medicina mais específica, pressão junto ao governo estadual e aos muitos
aliados políticos de escalões mais elevados para que, o HGI, se torne mais
viável ao atendimento da população e etc., e etc.............
Caberia ao
vereador e a seus entusiasmados apoiadores, a humanidade e o bom senso de
pensarem, tão somente, nas carências do povo.
Mas se isso
fosse possível a eles, o Brasil, não seria o que é e, não teríamos tantos
flagelos sociais.
Então,
seguem com as falácias e o populismo, afinal:
“O bonzinho
come cru”
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