domingo, 2 de junho de 2013

Olhai os seus próprios lírios...


            Onde houver espaço na mente, haverá sempre a insatisfação motivada pela propulsão da própria vida em seu constante movimento ascendente. Portanto, não existe qualquer novidade na presença de pequenas doses de ansiedade.
            No entanto, é preciso estar-se atento às próprias manifestações físicas que são as representações imediatas do grau de ansiedade em que a criatura se encontra.
            É preciso que a criatura não perca de vista os objetivos que compõe suas perspectivas, não buscando além do foco em questão, a não ser na medida em que exista a busca da evolução normal de cada objetivo.
            O que geralmente acontece é justo o embaralhamento de objetivos e a perda do foco dos mesmos, levando a criatura a desenvolver atividades cerebrais desnecessárias que consomem tempo, saúde e objetividade, e o que é pior, a perda sistemática do cerne inerente ao foco básico inicial.
            Isto não significa estatização, mas a necessária prudência para que o caminho traçado não sofra influência de desvios atraentes, mas de consistência diferenciada.
            “Olhai os lírios do campo, eles não tecem e não fiam, mas nem Salomão com toda a sua glória jamais vestiu-se como um deles.” Compreendes?
            Esta passagem bíblica não tem como objetivo levar as criaturas a perderem suas ambições e tão pouco estatizá-las sem qualquer motivação de crescimento. Ao contrário, deseja orientar as criaturas a buscarem sistematicamente o seu foco pessoal de aprimoramento sem, no entanto, perderem a originalidade de si mesma, cuja beleza e apresentação é única, impossível de ser imitada, pois o brilho é absolutamente único e, portanto, nada poderá suplantá-la.

            A potencialidade individual é sempre absolutamente exclusiva, cabendo a cada criatura burilar a si mesma para que o seu brilho não só resplandeça como principalmente sirva de parâmetros aos demais.

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