segunda-feira, 3 de junho de 2013

PALPITE INFELIZ


E aí, a pessoa conta o seu problema, não esperando que você lhe dê um apoio real, na verdade, em sua maioria, ela tão somente quer que você sofra com ela um pouco, que lhe diga o quanto deve estar sendo chato e doloroso e, de preferência, que você imagine e verbalize o quanto ela tem razão, nisto ou naquilo.
Ela quer mesmo é desabafar e não receber conselhos.
Não tente ser lógica e racional, jamais mostre outra ótica para que o problema seja enxergado e sentido, pois se o fizer, certamente terá iniciado o nascimento de pelo menos uma raiva de sua petulância, afinal, ela imediatamente reagirá, falando de suas razões, argumentando sobre sua forma irredutível de pensar e, em alguns casos, arriscará lhe dizendo:
- Eu é que sei... Você não sabe da missa a metade e etc. e tal.
A partir deste ponto o interesse em chorar no seu ombro terá desaparecido e até se você for um pouco observador, perceberá que a pessoa estará mais decidida e, é claro, com pressa de livrar-se de você.
Agora pense:
- Algo parecido já não aconteceu com você, inclusive, na posição de sofredora em busca de consolo?
E sugestão?  Conselho?
Alguém já lhe pediu e, quando, inadvertidamente, mas com o coração fraternal você  cedeu a prudência e sugeriu, por acaso percebeu que algo mudou de repente?
Pois é, a gente sempre está caindo nesta armadilha sacana ou fazendo algum desavisado cair.
Isto é viver e conviver, mas dizem que com o tempo a gente aprende e...
 Será?
Não sei não, afinal, enquanto existir emoção, haverá sempre os palpites infelizes, todos sempre dados com a melhor das intenções.
Hoje, por exemplo, pediram-me para dizer o que eu achei do Juiz em sua entrevista à um site.
Pensei, graças a Deus, e imediatamente, usando da prudência, respondi:
- Bacana!!!!
E eu lá vou dizer o que eu penso de ética, vaidade e imprudência?
E eu, lá vou dizer que se eu fosse à parte acusada, tomaria minhas providências jurídicas?
Eu não sou doida, sô...


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