E aí, a
pessoa conta o seu problema, não esperando que você lhe dê um apoio real, na
verdade, em sua maioria, ela tão somente quer que você sofra com ela um pouco,
que lhe diga o quanto deve estar sendo chato e doloroso e, de preferência, que você
imagine e verbalize o quanto ela tem razão, nisto ou naquilo.
Ela quer
mesmo é desabafar e não receber conselhos.
Não tente
ser lógica e racional, jamais mostre outra ótica para que o problema seja
enxergado e sentido, pois se o fizer, certamente terá iniciado o nascimento de
pelo menos uma raiva de sua petulância, afinal, ela imediatamente reagirá,
falando de suas razões, argumentando sobre sua forma irredutível de pensar e,
em alguns casos, arriscará lhe dizendo:
- Eu é que sei...
Você não sabe da missa a metade e etc. e tal.
A partir
deste ponto o interesse em chorar no seu ombro terá desaparecido e até se você
for um pouco observador, perceberá que a pessoa estará mais decidida e, é
claro, com pressa de livrar-se de você.
Agora pense:
- Algo
parecido já não aconteceu com você, inclusive, na posição de sofredora em busca
de consolo?
E
sugestão? Conselho?
Alguém já
lhe pediu e, quando, inadvertidamente, mas com o coração fraternal você cedeu a prudência e sugeriu, por acaso
percebeu que algo mudou de repente?
Pois é, a
gente sempre está caindo nesta armadilha sacana ou fazendo algum desavisado
cair.
Isto é viver
e conviver, mas dizem que com o tempo a gente aprende e...
Será?
Não sei não,
afinal, enquanto existir emoção, haverá sempre os palpites infelizes, todos
sempre dados com a melhor das intenções.
Hoje, por
exemplo, pediram-me para dizer o que eu achei do Juiz em sua entrevista à um
site.
Pensei,
graças a Deus, e imediatamente, usando da prudência, respondi:
- Bacana!!!!
E eu lá vou
dizer o que eu penso de ética, vaidade e imprudência?
E eu, lá vou
dizer que se eu fosse à parte acusada, tomaria minhas providências jurídicas?
Eu não sou
doida, sô...
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