terça-feira, 18 de junho de 2013

LÓGICA NA REALIDADE

  A                                                          
 Ah  Ah!... Como é difícil o enfrentamento à qualquer tipo de poder, onde não reside a conscientização do respeito ao bem comum. Quando o ex-presidente Lula tomou posse em 2002, sentada e vendo através da TV sua postura populista, imediatamente pensei:
- Já vi este filme e o enredo não foi dos mais agradáveis. Cheguei a comentar com o meu marido:
-  Acaba de nascer uma nova ditadura.
Talvez pior que a anterior, pois nesta a tática é  usar como arma o envolvimento emocional. Ele sorriu, achando-me muito descrente, beirando o fatalismo. Hoje, uma década depois, ele volta a sorrir, dizendo-me:
- Lembra que você prognosticou tudo que vem acontecendo com este governo ditatorial do PT?
Emocionada, assisto as manifestações do povo pelas cidades deste Brasil afora, querendo estar lá também, segurando a minha bandeira de liberdade e dignidade, a mesma que mantive hasteada ao longo de minha vida, principalmente nos momentos cruciais, onde a segurança e a qualidade de vida da grande maioria se encontravam em situação de risco, através de meus textos e dos microfones que me foram possíveis usar.
Penso então, que cada qual com recursos próprios, sempre pode fazer a sua parte em se tratando de expressar sua cidadania e, em nome desta certeza, é que discordo da acomodação social, que infelizmente vicia e faz calar.Jamais pude compreender que política em prol do bem comum, só seja exercida com ênfase através das campanhas políticas, calando-se em seguida em uma passividade simbiótica e, portanto, torturante, que se arrasta por longos e desgastantes quatro anos, onde tudo recomeça, cada vez com menos poder de convencimento.
Bem... Pensando em tudo isso, penso na nossa linda Ilha de Itaparica, no movimento real e palpável que não se ouve e muito menos se vê em prol de um povo já tão sofrido. Penso nos jovens que estão sendo convocados a engrossar, legitimamente, as passeatas em Salvador no próximo dia 20 e me ressinto que jamais tenham sido motivados a formar fileiras de reivindicações por si mesmos, em seus respectivos municípios, onde tudo  que se reivindica Brasil afora, aqui os falta de maneira grosseira e impiedosa.
Candidatos com votações expressivas nas últimas eleições, preferem transferir de imediato suas reivindicações à Justiça a darem suas caras a tapas nas esquinas, calçadas e guetos, recrutando seus eleitores à conscientizarem as autoridades públicas de que do jeito que está, não pode e não vai ficar. Sonho com políticos mais autenticamente atuantes, que antes de buscarem a caneta e o trono do poder para, então, dizerem que vão fazer e acontecer, que façam apenas com a bandeira da solidariedade, do respeito e do amor ao chão que pisam e vivem e a um povo que, nas eleições, dizem tanto querer bem, nas plataformas dos palanques eleitoreiros.
Sonho com políticos que verdadeiramente atuem com a força do povo, por apenas se sentirem parte dele nos 1460 dias entre uma eleição e outra. Sonho com líderes que acima de qualquer partidarismo, façam de seu estandarte a justiça social.
Pode parecer filosófico, mas não precisa ser.
Dependendo apenas, de cada um de nós.

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