Impressionante, o quanto somos pessoas difíceis de conviver
umas com as outras, e diante deste quadro, como esperar que viessemos a ser
melhores na convivência com o todo restante, penso então, que no mínimo por todo
o tempo estamos diante de perspectivas pra lá de remotas, daí os constantes
fracassos, seguido das mutilações ao nosso próprio meio ambiente, diminuindo
desta forma toda e qualquer sobrevivência a prazos reduzidíssimos.
Lamentamos pelos conflitos de qualquer natureza nos quais
tomamos conhecimento e somos capazes de, como mestres doutores, sabermos
exatamente como poderiam ser evitados, todavia, nada jamais fazemos, apenas
comentamos como se o quadro que se apresenta, fosse tão somente surreal
desconectado de uma realidade próxima, como uma ficção.
Bloqueamos a constatação da realidade, num nítido processo de
proteção mental, fazendo prosperar simulações convincentes e, em sua maioria,
repletas de embasamento lógico, mas que nada produzem em termos de ações subsequentes,
mas deixando em nós uma sensação de conforto, amparo psicológico, onde nos
sentimos como que protegidos, justo porque nos convencemos de que, se o fato
estivesse ocorrendo conosco, certamente saberíamos como agir.
Esta premissa é falsa, pois na realidade, como se trata de
uma ficção em nosso processo assimilativo, não cremos verdadeiramente que o
mesmo possa conosco ocorrer, daí a surpresa muito assustadora, quando acontece.
Esta é a mais constante simbiose social, possível de ser
observada e se enquadra em qualquer nível da convivência humana.
E ainda tem quem afirme ser capaz de assegurar um caminhar
equilibrado e lúcido, prevendo isto ou aquilo, tendo autoridade pessoal para
resolver ou enfrentar qualquer situação que lhe pareça conflitante ou
ameaçadora.
Será mesmo?
Pense nisto, antes de tão facilmente colocar a sua
imaginação em prol da solução de problemas que afligem os demais.
Antes de ser capaz de ter respostas ponderadas às dúvidas
alheias.
Antes de considerar que o raio só cai no terreno alheio, por
que se fosse no seu, blá, blá, blá, blá.
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