Ontem, fui
dormir amolada e ao acordar hoje, corri para colocar no papel tudo quanto me
estava incomodando, mas aí, entrei como sempre antes no face e deparei-me com
um desabafo do Dr. Vinícius e , confesso, emocionei-me, pois suas palavras
remeteram-me à minha juventude, fazendo brotar em mim as lembranças das mais
puras e respeitadas emoções que por felicidade um dia pude sentir e que foram
determinante quanto as minhas escolhas vida afora.
Lembrei-me
de minha paixão pelas causas públicas sem que fizesse nascer em mim qualquer
maior desejo de fazer do público a minha solução de vida privada, não que
cresse ser algo indigno, mas porque não se coadunava com o despertar de um
espírito humanístico que, certamente, jamais poderia ter o máximo de independência
avaliativa que, afinal, eu percebia que seria fundamental no exercício da
profissão que por paixão abracei.
Durante
esses trinta e dois anos de carreira, trabalhei muito próxima de ilustres
políticos, alguns deles que fizeram histórias por seus desempenhos sem, no
entanto, fazer deles minhas muletas ou ídolos e esta prerrogativa, que sinto
que me fortaleceu como pessoa e profissional, ficando eu devendo unicamente à
educação doméstica que recebi e aos estudos que me ampliaram a visão periférica
de meu universo social, não me permitindo engolir gato por lebre em se tratando
das avaliações sociais, onde o bem comum tem que estar acima de qualquer outra
paixão inerente ao cotidiano.
Bem, o que
quero dizer é que enquanto o povo itaparicano precisar ter como escudo qualquer
outra bandeira que não seja unicamente a sua própria de defesa do que considera
ser o seu direito constitucional e principalmente humano, tudo permanecerá como
‘Dantes no quartel de Abrantes’ e como escrevi em 2009 no jornal Variedades,
apenas Pipas Coloridas ao sabor do vento que infelizmente de tempos em tempos,
muda de aparência, mas que na realidade é e será sempre, apenas vento em popa.
Bom dia e
que as experiências já vividas orientem servindo de bússola a cada um de nós no
dia de hoje em nossas opções, pois, sinceramente, acredito que para levantar
nossas bandeiras de respeitabilidade pessoal, jamais precisaremos de condutores
com suas bandeiras carimbadas como salvadores do mundo.
Precisamos
ficar atentos às nossas atitudes e escolhas pessoais, pois só elas são capazes
de produzirem as diferenças que também são capazes de abrigar os demais.
As
manifestações que acordaram o Brasil e sacudiram os poderes Legislativo,
Executivo e Judiciário nas esferas municipal, estadual e federal, somente
conseguiram impressionar e chamar a atenção pela ausência de políticos e
partidos, questionando posturas éticas e morais de interesse geral do povo
brasileiro.
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