sexta-feira, 28 de junho de 2013

APENAS PONDERANDO


Ontem, fui dormir amolada e ao acordar hoje, corri para colocar no papel tudo quanto me estava incomodando, mas aí, entrei como sempre antes no face e deparei-me com um desabafo do Dr. Vinícius e , confesso, emocionei-me, pois suas palavras remeteram-me à minha juventude, fazendo brotar em mim as lembranças das mais puras e respeitadas emoções que por felicidade um dia pude sentir e que foram determinante quanto as minhas escolhas vida afora.
Lembrei-me de minha paixão pelas causas públicas sem que fizesse nascer em mim qualquer maior desejo de fazer do público a minha solução de vida privada, não que cresse ser algo indigno, mas porque não se coadunava com o despertar de um espírito humanístico que, certamente, jamais poderia ter o máximo de independência avaliativa que, afinal, eu percebia que seria fundamental no exercício da profissão que por paixão abracei.
Durante esses trinta e dois anos de carreira, trabalhei muito próxima de ilustres políticos, alguns deles que fizeram histórias por seus desempenhos sem, no entanto, fazer deles minhas muletas ou ídolos e esta prerrogativa, que sinto que me fortaleceu como pessoa e profissional, ficando eu devendo unicamente à educação doméstica que recebi e aos estudos que me ampliaram a visão periférica de meu universo social, não me permitindo engolir gato por lebre em se tratando das avaliações sociais, onde o bem comum tem que estar acima de qualquer outra paixão inerente ao cotidiano.
Bem, o que quero dizer é que enquanto o povo itaparicano precisar ter como escudo qualquer outra bandeira que não seja unicamente a sua própria de defesa do que considera ser o seu direito constitucional e principalmente humano, tudo permanecerá como ‘Dantes no quartel de Abrantes’ e como escrevi em 2009 no jornal Variedades, apenas Pipas Coloridas ao sabor do vento que infelizmente de tempos em tempos, muda de aparência, mas que na realidade é e será sempre, apenas vento em popa.
Bom dia e que as experiências já vividas orientem servindo de bússola a cada um de nós no dia de hoje em nossas opções, pois, sinceramente, acredito que para levantar nossas bandeiras de respeitabilidade pessoal, jamais precisaremos de condutores com suas bandeiras carimbadas como salvadores do mundo.
Precisamos ficar atentos às nossas atitudes e escolhas pessoais, pois só elas são capazes de produzirem as diferenças que também são capazes de abrigar os demais.

As manifestações que acordaram o Brasil e sacudiram os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário nas esferas municipal, estadual e federal, somente conseguiram impressionar e chamar a atenção pela ausência de políticos e partidos, questionando posturas éticas e morais de interesse geral do povo brasileiro.

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