Quem não
sabe ouvir outra versão de um mesmo fato, quem não consegue enxergar um traçado
novo para o mesmo caminho, quem não se permite sentir novos e surpreendentes
arrepios, mesmo que contraditórios ao seu, jamais saberá valorizar a
diversidade que o cerca, perdendo assim o privilégio de saber o quanto o
diferente pode ofertar de subsídios para que a vida seja mais completa e rica
de conhecimentos.
E aí, em
meio a esta reflexão, oriunda das muitas emoções novas com as quais convivi
nesta semana de agosto, onde dizem que as bruxas ficam soltas, penso na
fragilidade dos relacionamentos que venho observando entre pessoas que deveriam
ter como única e maior preocupação manterem-se unida aos seus demais, mesmo discordando,
para que juntas pudessem somar em prol de outras tantas mais.
Entretanto,
como fazer deste ideal uma prática cotidiana se somos induzidos pelo sistema,
que cada vez está mais cruel e impiedoso, a por todo tempo competir, enxergando, no outro, não apenas
mais um concorrente que nos estimula e com o qual podemos aprender a superar
nossos aparentes limites, mas, sim, um inimigo a ser vencido e, se possível, destruído?
Do outro
lado de nossas convicções, sejam elas de que naturezas forem sempre existirá um
argumento novo que, se soubermos observar com a devida atenção, no mínimo nos
dará recursos argumentativos para que mantenhamos a rigidez das nossas, abrindo
assim um leque enorme, inclusive e principalmente de tolerância que nos
garantirá a possibilidade constante de não incorrer no erro de nos tornarmos os
donos das verdades nas quais nos ancoramos como porto de segurança pessoal.
O melhor
para mim, com certeza, não pode ser o pior para você.
Pense nisto,
neste sábado em que ambos estamos VIVOS!
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