Estou aqui pensando no quanto somos hipócritas, ou
abestalhados, quando afirmamos que temos e damos aos demais o direito de
escolha, principalmente em relação à política.
Conversa...
Se você não estiver
comigo, está contra mim.
É ou não é a realidade?
Penso então na enorme estupidez que tudo isto representa,
principalmente em um local pequeno, onde no mínimo todos se conhecem e, justo
por isto, deveriam ser mais unidos na busca de um bem comum.
Justo também por isto, deveriam ser mais solidários e
compreensivos em relação aos contraditórios, reconhecendo a sua importância
para o enriquecimento pessoal e de grupo, onde a discussão das diferenças é que
determina o grau de desenvolvimento de um local e das pessoas que nele habitam.
Se focarmos nossa respeitosa atenção na análise criteriosa
das pessoas que estão ao lado de cada candidato e que, se eleito, fará deles
seus assessores, certamente não encontraremos o número necessário em
qualificação para que os cargos de fundamental importância, sejam preenchidos
condignamente.
Mas aí, justificam suas escolhas por tratar-se de cargos de
confiança.
Pergunto-me então por
quê?
Constato que se o cargo
é público, não precisaria que necessariamente o assessor fosse seu amigo, não é
verdade?
Por acaso o dono de uma empresa privada, só contrata amigos e
parentes para ajudá-lo a gerir o seu negócio?
O seu tesoureiro é seu irmão ou amigo?
Bem, até pode vir a ser, se os mesmos possuírem um extenso currículo
que garanta a competência. Não é verdade?
Por que então na política a qualificação e a tão necessária
experiência, têm outras medidas?
Você já pensou nisto, ao invés de ficar como papagaio
desneuronizado reclamando pelas esquinas que seu político só tem parentes,
amigos e afilhados trabalhando para ele?
Afinal, gente séria não precisa de gente de confiança e sim
de profissionais sérios e responsáveis, pois estes preciosos funcionais
quesitos, não estão por aí dando sopa, daí, meu raciocínio em crer que, ao ser eleito,
o político deveria pinçar entre os derrotados, ou mesmo no mercado aberto, as pessoas certas,
provavelmente, formar-se-ia um time e tanto na nova administração, pois estaria
substituindo o favorecimento por profissionais competentes que precisariam tão
somente cumprir as suas obrigações com
decência e responsabilidade, até porque, haveria um povo que na realidade
estaria atuando no seu real papel de patrão.
Penso, assim, que algum espertinho, e todos nós o somos em
algum momento, lá nos primeiros passos da convivência humana, percebeu
rapidinho o quanto necessitaria de apoio
aos seus, digamos, acertos pessoais e consequentemente tratou de criar
cobras alimentando-as muito bem.
E como ocorre até os dias atuais, ideias de m... proliferam
rapidinho e para completar e fechar o ciclo das incoerência humanas, criamos a
Democracia e juramos de pé junto que este é o nosso estado de direito.
Pois sim...
Direito a fome, a miséria, a violência, a ignorância, a falta
de remédio e assistência adequada nos postos e nos hospitais, a falta de
escolas devidamente equipadas e de merenda respeitosa e, portanto, a falta de
respeito a tudo que seja público, menos do direito dos políticos em se sentirem
amparados em suas decisões por ter ao seu lado fiéis escudeiros pagos com o
erário público.
Pensem que não há nada mais afrontoso que político contratar
seguranças para protegê-lo de nós que o colocamos lá com o nosso voto, e ainda
o respeitamos como sendo uma autoridade.
Que coisa, heim!!!!!
Penso, então:
Somos hipócritas,
alienados ou abestalhados quando afirmamos que vivemos um estado de direito?
Pense nisso antes de achar que eu não tenho o que fazer ou
que como doutor em alguma coisa, você é o tal e poderia, se quisesse, citar
todos os argumentos humanos, técnicos e científicos, para provar que sou uma
idiota.
Não perca o seu tempo, eu sou uma idiota, minha crônica fala
por mim.
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