sexta-feira, 10 de agosto de 2012
CONTEXTOS DE UNIDADES POLÍTICAS ITAPARICANAS
Pensamentos solitários
Dentre todos os aspectos inerentes as relações humanas, o convívio social, quando atrelado ao cunho político, talvez seja o mais complexo, pois atrela universos distintos de personalidades, diferentes anseios em se tratando de perspectivas pessoais de realização com a necessidade de se formar grupos, onde aparentemente os destinos se entrelaçam, formando assim, um interessante, extraordinário e complexo veio social de conduta que funciona na sua formatação e segmentação, mas quando analisada como um todo, esta se fragmenta em partículas unitárias de práticas de valores individuais.
Olhando sob o ângulo ontológico, percebe-se em Itaparica um caminho rudimentar de atividades humanas, onde o homem e seu núcleo social se repetem nas posturas, nos anseios e nas formas de busca das realizações destes, transformando os membros de comunidades distintas em sistemáticos repetidores de comportamentais, diferenciando-se tão somente por escalas de procedimentos em se tratando do segmento religioso que, apesar de seguir o mesmo padrão, ancora-se em procedimentos diferenciados, quanto às datas e formas de culto, reservando-se a privacidade de suas comemorações que ficam restritas ao seio da cada comunidade, formando assim, pequenos feudos, onde os líderes são representativos e determinantes quanto aos procedimentos de seus membros.
Pesquisando cuidadosamente ao longo de quase uma década em uma posição de participante ativa junto a cada comunidade exemplificada, gabarita-me a acrescentar em uma análise desprovida de envolvimentos emocionais, que o âmago da questão da identificação de um atraso significativo, se dá no modus operandis com que a educação se postou em relação a qualquer tipo de desenvolvimento sistêmico e intelectual, permanecendo apática, sem iniciativas renovadoras e absolutamente inertes em se tratando da aplicação das novidades fossem tecnológicas ou científicas em prol de seu desenvolvimento, exatamente porque não houve a inserção livre e muito menos imposta de elementos esclarecedores, ficando a cargo das mesmas criaturas toda e qualquer aplicabilidade das quais estes elementos sequer consideravam e, até mesmo, nos dias de hoje consideram.
Esta fragmentação do sentido de conjunto associado a dispersão de interesses contemporâneos que abrangesse um universo de poder agregativo de novas e aí sim surpreendentes aditivos renovadores a uma educação globalizada, mantendo toda uma população cercada em parâmetros no mínimo, centenários de valores não só ultrapassados como absurdamente fora de contexto, frente a realidade que adentra a cada instante, através dos meios de comunicação, criando assim, um contexto de distorções por todo o tempo, confundindo valores arraigados e produzindo outros sem que haja neles quaisquer semelhanças que possam ser participativas as realidades locais.
A previsão otimista de alteração deste aspecto hoje determinado, seria de no mínimo 10 anos de aplicabilidade de políticas sociais e educacionais, observando-se por todo o tempo a necessidade de se estabelecer novas diretrizes de interesses que se tornassem unidades globalizadas de interesses comuns, focando-se as condutas comunitárias quanto ao respeito de suas tradições assim como a agregação do sentido mais amplo de cidadania que englobaria de forma maciça e sistemática o todo como um organismo único de responsabilidade unitária.
A transformação das escolas em centros formadores de cidadãos, abriria espaço aos demais membros da comunidade como pólos distintos em suas localizações mais integradoras no seu sentido mais amplo de polis, transformando cada criança e adolescente em um agenciador contínuo de valores participativos e integradores, criando-se assim uma corrente de autonomia individual que no seu contexto global seria como um imenso e interminável cordão, cujos elos resistentes resguardariam a autonomia global que, aos olhos do prof. Paulo Freire, representa a solução única, pois parte do fundamento do esclarecimento pessoal de liberdade agregativa, que torna cada membro de uma sociedade um núcleo critico com permanente espírito questionador e renovador.
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