Vira e mexe, cá estou pensando na educação de nossos jovens e no quanto poderia ser feito se houvesse mais um pouco de comprometimento por parte de todos os envolvidos, a começar pelo governo que, afinal, deveria dispensar um olhar mais criterioso quanto à aplicabilidade de seus projetos e, principalmente, quanto a mão de obra ora existente, que está desmotivada e muito pouco qualificada.
Quando se discute os problemas educacionais, logo vira pauta principal os baixos salários como justificativa à falência que se apresenta, seja no ensino fundamental ou médio. Dificilmente, estende-se este entendimento como uma consequência natural de uma preparação fraca e de pouco conteúdo pedagógico e psicológico, no que tange ao emocional destes futuros mestres, que formam-se despreparados no teórico e na pratica, adentrando em salas de aula absolutamente despreparados e muitos deles com o agravante de não ter nem talento e muito menos vocação.
Particularmente, creio que as profissões de médico e professor deveriam ser exercidas tão somente por aqueles que verdadeiramente tivessem pelo menos vocação. Infelizmente, o jovem que não consegue ingressar em sua opção primeira, opta pela carreira de professor, por considerar talvez a mais fácil de ser conquistada, ficando, a partir daí, se lamentando como forma de expressabilidade de sua frustração profissional, deixando refletir em seu desempenho todo o desinteresse inerente ao seu emocional inconformado.
Claro que este não é o único fator desagregador, mas creio ser o mais poderoso, pois trata da relação direta aluno-professor. Portanto, a partir desta premissa, dever-se-ia começar toda uma reformulação conceitual de direitos e deveres nos profissionais ativos, assim como uma seleção mais efetiva e direcionada a justamente exigir dos candidatos em questão um maior aprendizado, tal qual é exigido em outras profissões, consideradas mais nobres por uma sociedade capenga que não enxerga a extensão do malefício de se desconsiderar a segunda maior estrutura no qual a criatura humana se forma, naturalmente depois da família.
A obtenção e fortalecimento de posturas éticas e morais se somam a toda gama de conhecimentos que a mesma utilizará em sua vivência existencial. Soterrando a educação, soterra-se os princípios primeiros da convivência da criatura com ela mesma e com o tudo do todo no qual está inserida, o que desastrosamente pode ser observado nas escolas e, infelizmente, nos relacionamentos de um modo geral, independente de cor, religião ou vertente social.
O que de verdade quiz dizer foi que, antes de tudo, é preciso que haja uma mudança nas posturas de quem ensina, e aí provavelmente se resgate a velha dignidade ora esquecida, empoeirada ou simplesmente ignorada.
terça-feira, 8 de junho de 2010
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