Lá vem Dona Regina, bater na mesma tecla: educação, repressão, orientação, vigilância, comprometimento, decência, respeito político, ética e blá,blá,blá...
O povo, aquele que mora na Juerana, na casa de barro sem piso, sem mesa, sem cama, sem fogão ou geladeira, sem mesmo ter o feijão como certeza no dia, lá quer saber de política?
Do que faz o político além da merreca que dele pode tirar nos períodos eleitorais?
O trabalhador de carteira assinada, sonha com o 13º salário para comprar um pedaço de seus sonhos, enquanto isso, o miserável, o sem nada, vibra nas eleições de dois em dois anos, para ganhar, a seu modo, também um pedaço de seu sonho, se assim pode se chamar uma telha de amianto, um pedaço de jabá, uns trocados para a pinga.
E aí, o que pode interessar a estas criaturas, além de seus sonhos imediatos, tendo seus desejos saciados.
O buraco não tapado? Ele aprendeu a saltá-lo.
O lixo não retirado? Ele sequer se apercebe, nem mesmo à sua porta.
A escola está uma droga? Ele nela só reclama por não ter merenda.
E o médico, a enfermeira, o band-aid e o remédio?
Ele reclama, mas já se acostumou a só ter em caso de muita urgência lá no HGI.
Mas outubro está chegando e com ele o político, ave de rapina certeira que joga pouca ração para o gado faminto, buscando o voto então garantido.
sábado, 19 de junho de 2010
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