Venho alterando a hora do meu deitar e acordar propositadamente, afinal, manter-me fora das rotinas sempre foi uma de minhas tarefas mais sérias, pois, acredito que seja ela a responsável pela perda do melhor que podemos sentir em relação a qualquer aspecto vivencial, que é o sufocamento e até o sepultamento de qualquer emoção mais gratificante.
Então, fico esperta e não permito sequer que esfriem e já vou logo mudando o comportamento ou o hábito que se formou, transformando o corriqueiro em excepcional.
Ora, esperar o amanhecer e a chegada dos pássaros, é simplesmente sensacional e o tenho narrado décadas a fio, o que me levou a experiências existenciais fenomenais, mas instiguei-me a buscar novas aventuras matinais, antes de permitir que a repetitividade comportamental sepultasse parte das minhas expectativas e aí, venho deixando que os pássaros me acordem, que a luz de um novo dia penetre janela a dentro e maliciosamente invada meus olhos e me desperte para o inusitado.
Penso neste instante nas delícias de uma nova forma de olhar e vivenciar, buscando o sempre surpreendente novo, mesmo que esteja atrelado ao de sempre.
Capiche?
Que nesta quinta-feira de final de outono em que a vida nos brinda com mais um amanhecer, que saibamos dar o nosso toque de mestre, fazendo tudo absolutamente diferente, nem que seja, mudando o trajeto da velha caminhada, fazendo compras em um outro armazém ou até, pegando o próximo ônibus ao ir trabalhar, afim de encontrar novos rostos nos companheiros de viagem e quem sabe, descobrir um novo amigo ou até mesmo, um surpreendente amor...
Simples assim..
Regina Carvalho- 06.06.2024 Itaparica
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