...o cultivo da gratidão propagada por uma tal de “autoajuda” que virou moda nas últimas décadas, com o avanço desregrado e altamente corrosivo dos desequilíbrios de todas as naturezas, mas não é...
A “autoajuda” desperta a gratidão pela vida que existe em nós, é sinônimo de fé, afinal, pode existir maior demonstração de grandeza pessoal do que, saber reconhecer uma dádiva recebida, ainda mais, quando esta, nos é oferecida a cada amanhecer e, apenas, ser e demostrar gratidão?
Penso que essa rotina do habito cotidiano de adormecer e acordar, quando devidamente observada, se torna um ritual de entrega incondicional à fé e a esperança, crendo-se seguro e protegido para o devido descanso, na certeza absoluta de que o despertar, acontecera em algum momento de um novo dia.
Todavia, quem pensa nisto?
No entanto, quando nos despertamos para esta absurda naturalidade biológica, deixamos de ser apenas, mais um bicho com graus diferenciados de raciocínio, para nos tornarmos aquele “Milagre Divino”, pois, passamos a reconhecer a vida que existe em nós.
Esta conscientização é tão gigantescamente forte e dominadora que, jamais nos permitirá continuarmos usufruindo da vida, sem trazer no olhar, fala, intenções e ações, o toque magico da gratidão explicita que se mostra atrevida, contrariando as mesmices das truculências, as traições, as malvadezas e alienações que até, então, nos tirava o viço e a genuína alegria.
Penso então, que antes de qualquer intercessão educacional doméstica ou escolar, o reconhecimento de si mesmo, deveria ser a matéria fundamental, afinal, quem se reconhece vida pulsante e por ela, sente gratidão, não magoa, não fere, não mata, pois, desenvolve a bendita empatia que antes de tudo, é irmã da fraternidade e ambas, filhas do amor.
Creio então, que “autoajuda” que é um misto de psicologia, filosofia e o acúmulo de experiências vivenciais, assim, como tão somente, a aplicação e esclarecimento dos óbvios existenciais, com o objetivo de despertar mentes e almas, tornando-as amorosas e repletas de gratidão.
E se este despertamento começar na infância, com certeza em breve, haverá uma rua, um bairro, uma cidade, enfim, um mundo mais tranquilo e acolhedor para se viver.
Bom dia!!!
Regina Carvalho- 06.06.2024 Itaparica
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