Nesta manhã de sábado, observando o despertar do dia, mais uma vez, fascino-me com a coloração que se estampa e se movimenta diante de meus olhos.
Um degradê se forma a partir do azul e vai esmaecendo até o cinza, diferentemente de outras ocasiões, onde havia uma disputa acirrada entre um tom e outro.
As brisas marinhas se chegam mais expressivamente, levando-me a pensar que de repente, deveria colocar uma roupa mais apropriada, afinal, ainda é inverno e eu me visto como se estivesse no verão.
O que fazer se gosto de sentir os leves arrepios, deixando a maresia que se esconde em cada onda de brisa, adentrar pelos meus poros, arrancando de mim, profundos suspiros de prazer?
Sou uma romântica incorrigível, associando-me a vida, aparceirando com nuvens e estrelas, aromas e sabores, brisas e sol ardente ao som dos pássaros e dos grilos, fazendo deles, meus elixires de saúde plena, de paz absoluta, até mesmo, quando com o coração disparado, tropeço nas palavras, deixando a mente atordoada, sinais vitais de que minha tolerância chegou ao seu limite.
E aí, como as chuvas repentinas do verão, logo volto ao estado de pura contemplação, com a certeza de estar integrada a mim mesma, num colóquio jamais passivo de total controle pessoal.
Penso nos benditos sinais que mais do que despertarem a mente, se fazem presentes no corpo, como forma expressiva de sinaleira individual, acendendo e apagando as cores dos alertas para uma evidente proteção.
Vivência de contínuo aprendizado, onde a graduação simplesmente nunca chega...
Bom dia e que o amarelo da atenção esteja sempre pronto a acender entre o siga e o pare nas vivências existenciais.
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