Depois de escrever sobre o sol do inverno que raramente toca o solo, fazendo uma analogia com os nossos representantes políticos, neste instante, pondero em relação as próximas eleições.
Coisa feia e ainda dizem que estamos numa democracia e que estas atitudes são absolutamente coerentes, será, ou definitivamente perdi o senso avaliativo?
Tenho observado pessoas que se dizem do bem, defenderem apaixonadamente o errado, o corrupto, o abusivo, levando mentes e almas a total confusão de valores éticos.
Assim como Juízes e Promotores, se curvarem ao crime de pisarem com suas alianças, o pouco que restava de dignidade pessoal e profissional, fazendo com que pessoas como eu, percamos a fé seja lá, no que for.
Em que ou quem se pode de verdade acreditar?
Penso nos muitos milhões que foram gastos em operações jurídicas e policiais, cuja meta era punir com provas contundentes, os infratores da Governança Pública, nas horas, dias, meses e anos em que finalmente passou-se a crer que o Brasil, recomeçaria uma nova história, jogando por terra as mentiras e os desperdícios, para que finalmente, pudesse rumar para se tornar uma nação ricamente democrática, onde seus cidadãos pudessem prosperar, no seio de uma pátria mãe.
Nunca se viu, como agora, em tempo algum da história política brasileira, um descaramento tão explicito e pior, sobre os aplausos de uma parte da sociedade que finge ou sei lá o quê, acreditar na mentira e no engodo.
Todavia, nada começa de repente e sim lentamente através das concessões que vão acontecendo de forma sutil, mas absolutamente poderosa e aí, lembro-me de Lampião e seu bando que foi transformado em herói, destacando-se como memória histórica, quando, incríveis criaturas que doaram seus esforços pessoais em prol do desenvolvimento dos demais, sequer são lembrados nas escolas e muito menos, como referência na educação doméstica.
Todo mundo já ouviu pelo menos falar em Fernandinho Beira Mar, mas raríssimos sabem responder quem foi Nise da Silveira, Ernesto Carneiro Ribeiro, Zumbi dos Palmares e uma infinidade de outros.
Creio que não existe uma resistência educacional nas escolas e nos lares para atuarem no enfrentamento de uma mídia sempre tendenciosa e pouco se importando com os malefícios que maciçamente induzem aos cidadãos.
Perdemos a capacidade de raciocínio, deixando ficar na mente, apenas o que de alguma forma, atende as nossas imediatas necessidades, sem qualquer qualidade avaliativa do certo e do errado, afinal, o vale tudo se tornou tão poderoso em nosso modo de agir, que sequer somos capazes de enxergar as incoerências de nossas ações e reações.
De repente, tudo está correto, se meus interesses estiverem sendo atendidos.
Estou falaciando?
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