Depois de tomar café e fazer amor com a vida, é chegada a hora de colocar os pés no chão e encarar este sistema na tentativa de nele bailar, mas aí, vem à minha mente uma só pergunta que insistente, leva-me a pensar nas razões, que constantemente me estimulam a continuar nesta cruzada e ao mesmo tempo, de cabeça fria, percebo que não há de ser eu que alterarei este vicioso ciclo de improbidades públicas, pois, além de mim, é possível enxergar uma legião de outros que, insistem em permanecerem como servis escravos, recebendo quando não uns trocados, pelo menos a vaidade pessoal de ser o amigo do Rei.
E os amigos do Rei, não pensam no certo e no errado, tão somente usufruem da companhia do Rei nos espetáculos mais vergonhosos possíveis de serem assistidos, fazendo dos aplausos inconsequentes o continuísmo do simplesmente desprezível.
Nada mudarei, mas pelo menos ao deixar esta vida, seguirei como as borboletas e os sabiás, nada deixando por fazer, nada deixando de falar, absolutamente livre e não levando comigo o peso do ranço de qualquer improbidade pública.
Não haverá em mim a culpa da cumplicidade, afinal, tudo que faço é pelo menos, tentar impedir que um doente deixe de receber seu remédio, que uma criança seja educada devidamente e que aquele prato de arroz com feijão, chegue a todo ser humano, num direito inalienável.
Afinal, quando por algum motivo, cientes nos curvamos em concessões nefastas em nome seja lá do quê, que não seja, o nosso caráter e senso de bem comum, tornam-nos mais uma bactéria que infecta a política e o senso de coletividade.
Feliz estou neste momento, pois, tomei conhecimento que o Posto de Saúde de Porto Santo, está sendo pintado e que deram uma ajeitada no CAPS. Estas iniciativas me oferecem uma enorme satisfação, afinal, o que realmente me importa é o bem estar das pessoas, mesmo que isto me custe, desaforos e críticas.
Tá certo, um dia deixarei este mundo, como tão somente uma lúdica como tantos outros o foram, mas pelo menos, terei cutucado algumas mentes e tido o prazer de vê-las saindo do obscurantismo.
Confesso que sou uma criatura estranha, fora do contexto, todavia, sou realista para perceber quando, sou apenas usada e a depender da causa, deixo que usem, afinal, tudo que realmente desejo é ver a minha Itaparica sempre melhorando no seu aspecto estético e humano.
OBS: Esperando receber a notícia de que camas foram compradas e lençóis descartáveis também, afim de que seja preservada a higiene dos clientes do CAPS.
Coisinhas de nada, mas que fazem toda a diferença.
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