domingo, 20 de março de 2022

OU COME OU FALA...

Mais um belíssimo amanhecer e cá estou embevecida com a transparência bendita deste céu, cintilando-se harmoniosamente por sobre o mar, meio que encrespado pelas brisas agitadas e constantes.

E aí, diante de tantas belezas, sou capaz de me alienar do tudo mais, impedindo qualquer contaminação de sons e imagens distorcidas que curiosas, me circulam vez por outra na imensa curiosidade em saber o que realmente estou fazendo, enquanto, todos correm para degustarem o farto café da manhã.


Admito que sou esquisita, mas fazer o que se fui habituada a me alimentar sem tumultos, crendo que sentar-me a uma mesa farta deve ser sempre um ritual sagrado de profunda gratidão e que não cabe ao ato de comer, qualquer balbúrdia.

Pois é, mas isso é coisa de gente do passado, no que me enquadro perfeitamente e é claro que estou com fome, mas resisto e esperei a “turma debandar” para finalmente, poder mais que comer, degustar com satisfação e paz, o meu café da manhã.

Enquanto espero, olho o mar que parece que se exibe só para mim, num flerte delicioso que já experimentei em raras outras ocasiões, pois, cá pra nós, é muito excitante.

Se aquiete Regina!!!

Comendo e falando, não sei como não se engasgam...Cruz credo!

Pior que isso, só mesmo as minha críticas em relação as posturas humanas, cuja esmagadora maioria, quando relaxa, não precisando vestir-se de educação e elegância, deixa aflorar as suas essências que, muitas vezes, assustam aos desprevenidos, mas que na realidade as representam e que pelo menos para mim, chamo de autenticidade e mesmo nem sempre comungando com as mesmas, as aprecio, justo por serem genuínas.

Porém é sempre bom lembrar que autenticidade, jamais dispensou a educação. Princípio básico nas convivências, onde os limites individuais, precisam ser respeitados.

Um lindo domingo para você que me lê.

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