sábado, 12 de março de 2022

ABRAÇANDO A VIDA

São seis e dez e o sol brilha no horizonte, acompanhado de um ventinho fresco, bem próprio deste período a beira mar dos trópicos, encrespando as águas do mar e trazendo sem cessar o cheirinho leve e extremamente gostoso de maresia para o meu todo de mulher apaixonada.


Às vezes como neste instante insubstituível de vida, fico pensando de onde vem tanta paixão e se é resultado de minha essência ou extração da existência. Esta pergunta que me faço desde que comecei a perceber que está característica dominava a minha mente com um senso muito peculiar, quanto a observação, não do óbvio e sistêmico, mas do que geralmente, eu percebia não ser motivo de atenção das pessoas ao meu redor.

Com o tempo fui compreendendo a força indutiva do sistema social, tirando da criatura humana o natural reconhecimento da sua própria vida, estabelecendo prioridades e valores e levando-a sequer a sentir-se, como um corpo ocupando um espaço, uma mente lógica e racional e uma alma emocional, determinando-a completa, capaz de fazer dela, um ser único, absolutamente integrado ao todo universal.

Essa compreensão ampliou meu entendimento de vida racional, abrindo um apaixonante leque amoroso para comigo, onde o estar bem, foi e é determinante aos meus pensamentos e ações, criando uma resistente barreira invisível, que me mantém relativamente segura nos meus propósitos de vida e liberdade, contra os ataques contínuos de um sistema viciado, geralmente cruel.

E quando estamos bem, tudo vai bem e nada, absolutamente nada é capaz de alterar o nosso todo perfeito de apenas, um fragmento deste fantástico composto universal.

Que neste sábado de vida, você que me lê, abra os braços e se abrace, num amor sem reservas, porque ao abraçar-se, certamente, estará abraçando a vida em todo o seu poder e glória.

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