quarta-feira, 9 de março de 2022

SOL...BALSAMO BENDITO

O amanhecer foi nublado com o sol bravamente querendo se chegar, sendo impedido pelo vento forte que encrespava as águas do mar e fazia bailar os galhos e as folhagens, mas não foi capaz de impedir a grandeza do arco-íris.


Por volta das 10 horas, uma tormenta invadiu os céus de minha Itaparica, escurecendo a visão, até mesmo do mar com suas pesadas águas, enquanto invadia varandas, portas e janelas, numa braveza de assustar a quem, não tem o conhecimento das águas de março.

Como sempre, não demorou muito e se foi, tão rapidamente quanto chegou e generosamente, limpou os céus, deixando finalmente, o bendito sol no protagonismo desta tarde encantadora para uma romântica como eu.

E aí, penso em nós pequenos fragmentos deste composto universal que, afinal, não poderiam ser diferentes nas modulações emocionais, ora tranquilos, ora agitados, ora participativos, ora ermitões, sempre incríveis e completas criaturas, constituídos como máquinas perfeitas, ciência exata da natureza.

E aí, pensando nesta apoteose de qualificações, choca-me observar a constante inconsequência na condução de atos e intenções, transformando as horas e os dias em constantes tormentas, destruindo a mente, desqualificando o racional, aniquilando as emoções, impedindo que o sol da sua própria natureza, se expresse pura e simplesmente, como um bálsamo bendito.

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