Quando sinto vontade de escrever sobre as políticas sociais públicas, coloco “noturno de chopin”, afim de conter a enxurrada de águas nervosas que jorram desta cascata de decepções que venho testemunhando ao longo de minha vida, na tentativa de com elas, lavar a dor de ainda poder enxergar, lugares tão pequenos como a minha adorável Itaparica, ainda abrigando a fome, flagelo que produz atraso e mantém a falta de dignidade humana, tão imprescindível a qualquer reduto.
Essa sempre foi a minha bandeira como pessoa humana e como profissional que não consegue compreender as razões que fazem os líderes políticos, que antes de tudo são humanos, insistirem em perpetuar a fome, mesmo reconhecendo com nitidez suas desfaçatezes em burlar a humanização com migalhas, nublando os olhos da fome com o brilho e os sons do engano.
Entra e sai eleição e sequer os farelos que vem do governo federal, são aplicados decentemente e aí, quando grito, pois sou capaz de mensurar a fome e as mazelas humanas, sou taxada de oposição.
Mas como meu Deus, posso aplaudir seja lá o que for, se a fome persiste, através dos desvios de conduta?
Como posso entender a lentidão daqueles que dizem poder corrigir, através de denúncias ao MP, tanto flagelo que nos assola?
Como continuar votando, se meu voto mantém as improbidades, eleição após eleição?
Que Democracia é esta, cuja justiça é tão cega e lenta, quando o assunto envolve política e políticos?
As cortinas de fumaças e as Pipas coloridas, são as práticas utilizadas, sem qualquer disfarce, na maior cara de pau e mil argumentos fracos e chulos do “me engana que eu gosto ou preciso”, assim sente os mais carentes, para não desistirem de continuar vivendo com fome e com a miséria de todos os níveis.
Vou parar por aqui, caso contrário, não haverá água e nem lógica que seja capaz de dominar o meu nojo, até mesmo de alguns amigos que prezo, por compactuarem por alguns tostões a mais ou pela vaidade, com toda estas vergonhas travestidas de autoridades.
Nesta semana santa, apenas rogo piedade...
PAI, PERDOAI-OS, PORQUE NÃO SÃO CAPAZES DE MENSURAREM O MAL QUE CAUSAM...
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