sexta-feira, 27 de março de 2020

SEM PÂNICO, MAS COM CONSCIÊNCIA



As pessoas são mais do que células, músculos, ossos e uma pele que as envolvem. Nós temos dois tipos de consciência, duas dimensões que nos dão humanidade. Saber diferenciá-las pode nos ajudar a compreender melhor a nós mesmos.
O matemático Blaise Pascal, dizia que a consciência é o melhor livro de moral que nós temos. Ele não estava errado. Pois esta realidade se refere, basicamente, à capacidade que as pessoas têm para saber quais atos, pensamentos, palavras e situações são corretas ou não. Portanto, é um conceito que envolve moral e ética
Filósofos como Descartes e Locke tentaram, na sua época, se aprofundar neste conceito para entender, por exemplo, como a consciência se relaciona com a linguagem, com o pensamento e a inteligência.
Nos objetivos de meu texto, me restringirei somente à este primeiro aspecto de consciência, que o entendimento do é consciência.
Pois bem, estamos vivenciando uma situação ambígua e estamos confusos e sujeitos a induzir erroneamente nossas avaliações, afinal, preservar a vida ou a sobrevivência?
Esta inusitada situação que vem colocando o mundo num estado de guerra, cujo inimigo é invisível e, portanto, fora de nossa capacidade visual de reconhecimento, só resta a nós, pessoas humanas na unidade de seu próprio ser, amparar-se em sua própria consciência, estimulando, não só a resiliência adaptativa ao que melhor convier a si e aos demais em seu entorno, como tentar compreender que a vida que dispõe é preciosa, insubstituível e não negociável, enquanto, a sobrevivência o é.
Dispondo adequadamente de nossas consciências, podemos e devemos buscar alternativas viáveis à sobrevivência de nossas vidas, reservando em nós, o equilíbrio emocional que nos preserve, mas que, também, nos direcione ao que melhor nos convier, respeitando o espaço dos demais, não os colocando em riscos dos quais não poderão se defender, já que o inimigo é comum e invisível a todos indiscriminadamente.
Este, não é o momento para se criar, maiores conflitos, acirrando diferenças absolutamente inúteis à sobrevivência de todos.
Induzimos o separatismo de todas as naturezas em nome de direitos, igualdade e respeito, sem, no entanto, admitirmos a dura realidade que infringimos todos os limites em nossas lutas, sem qualquer respeito às diferenças e contrários, numa incoerência absurda e nada producente, pois abrimos espaço para a tolerância que nem sempre está acompanhada da indulgência.


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