As
pessoas são mais do que células, músculos, ossos e uma pele que as envolvem.
Nós temos dois tipos de consciência, duas dimensões que nos dão humanidade.
Saber diferenciá-las pode nos ajudar a compreender melhor a nós mesmos.
O matemático
Blaise Pascal, dizia que a consciência é o melhor livro de moral que nós temos.
Ele não estava errado. Pois esta realidade se refere, basicamente, à capacidade
que as pessoas têm para saber quais atos, pensamentos, palavras e situações são
corretas ou não. Portanto, é um conceito que envolve moral e ética
Filósofos
como Descartes e Locke tentaram, na
sua época, se aprofundar neste conceito para entender, por exemplo, como a
consciência se relaciona com a linguagem, com o pensamento e a inteligência.
Nos
objetivos de meu texto, me restringirei somente à este primeiro aspecto de
consciência, que o entendimento do é consciência.
Pois
bem, estamos vivenciando uma situação ambígua e estamos confusos e sujeitos a induzir
erroneamente nossas avaliações, afinal, preservar a vida ou a sobrevivência?
Esta
inusitada situação que vem colocando o mundo num estado de guerra, cujo inimigo
é invisível e, portanto, fora de nossa capacidade visual de reconhecimento, só resta
a nós, pessoas humanas na unidade de seu próprio ser, amparar-se em sua própria
consciência, estimulando, não só a resiliência adaptativa ao que melhor convier
a si e aos demais em seu entorno, como tentar compreender que a vida que dispõe
é preciosa, insubstituível e não negociável, enquanto, a sobrevivência o é.
Dispondo
adequadamente de nossas consciências, podemos e devemos buscar alternativas
viáveis à sobrevivência de nossas vidas, reservando em nós, o equilíbrio
emocional que nos preserve, mas que, também, nos direcione ao que melhor nos
convier, respeitando o espaço dos demais, não os colocando em riscos dos quais
não poderão se defender, já que o inimigo é comum e invisível a todos
indiscriminadamente.
Este,
não é o momento para se criar, maiores conflitos, acirrando diferenças
absolutamente inúteis à sobrevivência de todos.
Induzimos
o separatismo de todas as naturezas em nome de direitos, igualdade e respeito,
sem, no entanto, admitirmos a dura realidade que infringimos todos os limites
em nossas lutas, sem qualquer respeito às diferenças e contrários, numa
incoerência absurda e nada producente, pois abrimos espaço para a tolerância
que nem sempre está acompanhada da indulgência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário