sábado, 7 de março de 2020

CASA DA CIDADANIA, DE QUEM?



Certamente, dirão alguns que sou a última pessoa que deveria palpitar sobre os problemas da cidade ou mesmo fazer críticas aos vereadores, justo, porque não sou nativa, patati, patatá...
Todavia, dou e darei sempre e não preciso me justificar, afinal, os senhores vereadores em sua maioria, nos vários mandatos que pude vivenciar, já me malharam o suficiente ou simplesmente jamais deram a devida atenção aos infinitos apelos que fiz através do Jornal, da Rádio ou mesmo pessoalmente.
Sabotaram-me sempre que puderam e nunca alteraram seus comportamentos em relação aos graves problemas existentes e que, unidos em prol da cidade, poderiam ter conseguido amenizar, buscando no executivo, assim como junto ao governo do Estado e Federal, utilizando-se de seus deputados e senadores.
O modelo profissional que seguem é acomodado e nada eficaz, ficando restrito a um acusa e defende monótono ao ponto do povo acreditar que é assim o certo de se proceder, pois, tanto um como o outro, pouco sabem o que é ser um vereador de verdade, e os que sabem, ficam quietinhos só levando vantagens frente a uma situação caótica para a população que precisa conviver no seu dia a dia com situações absurdas diante dos tempos atuais de desenvolvimento humano.
Perdeu-se, ou nunca verdadeiramente se teve uma Câmara atuante e condizente com os interesses da cidade e de seu povo.
Só se unem para aprovar amenidades que justifiquem seus salários.
As pequenas mazelas existentes, e que são muitas e que dificultam a vida do cidadão, são mascaradas constantemente, por uma ou outra obra de efeito impactante, inaugurações empolgantes, onde sempre estão presentes alguns vereadores como papagaios de pirata, recolhendo as sobras do suposto sucesso do executivo, mas jamais se viu, qualquer um deles, correndo atrás de algo que elimine de uma vez por todas situações que sequer deveriam existir nos tempos atuais.
Os caciques de muitos mandatos, corrompem os novatos, tolhendo-os e mostrando a cada instante quem manda no pedaço, e estes, geralmente bem intencionados, mas já contaminados com o gostinho do poder, sucumbem e se tornam tão somente figurações, correndo de um lado para o outro, atendendo individualmente este ou aquele correligionário, mas sem qualquer amplitude em relação ao bem que sempre deveria ser para todos.
Estou mentindo ou exagerando?
Casa da Cidadania, deveria abrir espaço para que o povo pudesse se manifestar, mas o regimento interno não o permite e, também, não há qualquer interesse em alterá-lo.
Mas os erros são deles ou nossos que não temos qualquer rigor na escolha de nossos candidatos e o nosso critério de seleção é sempre rasteiro, pois se limita aos favores recebidos, pela simpatia ou pelo bairrismo que impede integração de sua comunidade com o resto da cidade.
Visão periférica limitada nos dias atuais, com tantas informações midiáticas, produz cidades minúsculas como Itaparica, ainda vivenciando problemas sociais e urbanos do século 18.
E não me digam que estou delirando, basta que se dê uma voltinha pela cidade ou converse ao pé do ouvinte de algum munícipe, que não tenha algum parente empregado na Prefeitura ou na Câmara de vereadores.


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