domingo, 15 de março de 2020

QUE CULPA TENHO EU?


Existem expressões que ferem meus ouvidos e meu raciocínio desde sempre, pois, são declarações doídas, geralmente, utilizadas por pessoas que não conseguiram ao longo da vida superar o profundo complexo de inferioridade, mesmo tendo galgado patamares que dantes eram motivos de soterramento emocional.
E aí, para disfarçarem, usam de retóricas filosóficas, políticas, raciais e o que mais estiver na moda do momento, para atacarem tudo quanto lhes parece o que tanto desejaram possuir e que foi a razão maior de suas pendengas vivenciais, atirando como pedras venenosas, num determinismo sem qualquer sentido lógico, com o único desejo de apenas, desforra.
Chamo a esta postura de “estupro continuado”, que nada mais é que a continuidade de uma dor sentida em algum momento e que a mente aprisiona, deixando aflorar sempre que é conveniente, a fim de não permitir qualquer superação da mesma.
A pessoa neste estado, tende a agredir todas as representações que se assemelhem com o fato e com o agressor, sem qualquer maior critério ou senso de respeito ao diferente, apesar de manter um discurso que à primeira vista, leva-nos a pensar que, verdadeiramente, ela está trazendo argumentos sólidos.
Também tem por hábito globalizar seus argumentos, colocando num mesmo balaio preconceituoso, tudo e todos, sem qualquer sentido prático de seleção.
Estamos vivenciando “a era dos expurgos” de todas as naturezas; e haja compreensão para com os excluídos (já não tantos) socialmente.
Somos esbofeteados com suas acusações a cada instante, silenciados pela imposição do medo e das novas leis por todo o tempo e ainda precisamos pisar em ovos para não magoar nossos carrascos que, com o machado nas mãos, saem cortando cabeças indiscriminadamente, tudo em nome de um passado que fez deles infelizes e em prol de um futuro que nem mesmo eles são capazes de mensurar, pois, sequer conseguem enxergar o presente violento e abusivo que, insistentemente, promovem.
Penso então, que não é nada justo, combater dolorosos preconceitos, criando outros mais cruéis, afinal, aonde iremos todos parar em meio a esta guerra que soterra valores e massacra uns aos outros?

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