domingo, 1 de março de 2020

SIMULACRO



Quando se vive em um país de duzentos milhões de habitantes e  mais de 8,5 milhões de quilômetros quadrados de extensão, sendo considerado de dimensões continentais, com uma diversidade imensa de todos os níveis, possuindo um número elevadíssimo de analfabetos, pontuando absurdamente em violência e desamparo social, não dá para aceitar nos dias atuais, com tantas fontes informativas, que jovens, que tiveram a oportunidade de estudar, possam abraçar ideias partidárias que sufoquem ou disfarcem as realidades existentes, transformando-as em verdades adaptáveis aos seus bordões socialistas, que na prática, não condizem com um real caminho evolutivo que, para tanto, exige um olhar mais globalizado do indivíduo no seu universo social.
Os analfabetos funcionais invadem os territórios da comunicação, reverberando suas visões distorcidas da realidade do sentido maior de bem comum, acreditando que estão corroborando, mas, infelizmente, não percebem o quanto estão limitando a realidade dos fatos à sua própria interpretação.
Da mesma forma, sem maiores discernimentos, misturam numa só panela questões humanas, questões de valores éticos, morais, posturas de respeito ao coletivo, impunidades, economia, educação, religião, gênero, cor e tudo mais que norteia o social do país, fazendo um guisado de várias correntes modernistas, mas cujo sabor, será sempre duvidoso, pois, não há critérios seletivos em se tratando do bendito bem comum.
Se a minha forma de avaliar uma realidade for contrária   aos fatos mais que comprovados que se apresentam, algo em meu senso crítico precisa ser revisto, pois de alguma forma, deixei-me ser convencida, sem que a lógica estivesse presente, e sim, a minha ideologia, seja lá do que for, sem me ater as formas totalitárias da consciência social.
Não há como simular os arremedos, transformando-os em originais.
O branco será sempre branco, até que nele seja adicionado algum tonalizante.


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