quinta-feira, 26 de março de 2020

SÓ NÃO ENTENDEU, QUEM ASSIM NÃO DESEJOU.



Assistir ao pronunciamento do ministro da saúde foi muito esclarecedor, pois, além dele ter oferecido a todos uma completa aula de fundamentação argumentativa e cuidadoso senso coletivo, jogou por terra de forma harmoniosa, equilibrada e repleta de ponderações contextualizadas, todos os ataques e desvarios de uma parte da imprensa especulativa e viciada em ser mantida com o erário público, assim como de políticos espertos e aproveitadores, que haviam passados quase 24 horas insistindo no realce de mais uma postura inadequada do presidente, ao invés, de se aterem às ações que o governo, deste mesmo presidente, estava empreendendo em prol do atendimento a esta ameaça que aflige o povo brasileiro.
Afinal, qual a novidade haverá na constatação, em qualquer ocasião, da inadequação postural e verbal de Jair Bolsonaro sobre, também, qualquer assunto?
É mais que sabido que ele é grosso, não tem filtros em suas palavras e, até mesmo, nas suas expressões faciais, mas e daí?
Queremos um Lorde governando o Brasil ou um cabra macho, que atenda a maioria do povo brasileiro que se encontra de saco cheio, e que possa  impedir, que as falcatruas continuem solapando os cofres públicos?
Sou teimosa e apesar de saber mensurar as imensas dificuldades, insisto em acreditar que é possível governar-se uma cidade, um estado ou um país, sem ser ladrão e escroque, frio e abusivo na manipulação das emoções das pessoas, principalmente, das menos favorecidas em quase tudo, senão em tudo.
Há uma diferença brutal em ser popular e populista, ser ambicioso e ladrão, cometer erros e ser maquiavélico.
Além do quê, no final das contas, somos um povo alegre, cantador e bonachão, mas também somos um povo sem maiores requintes, baixa escolaridade, principalmente de qualidade, com hábitos de quase nenhum legítimo refinamento, por quê, diabos, precisamos ter, lordes para nos governar?
Pois há muito já percebemos, mesmo que não queiramos admitir, que os que tivemos foram todos de fachada, tintas mal aplicadas, cujos escorridos, ainda serão precisos muitos anos para serem removidos das nossas mentes e instituições.
Busquemos realidades e, principalmente, competência, sem brilhos aparentes, mas com conteúdo farto, porque, com arremedos, retóricas, palanques e populismo, não se educa e capacita um povo e muito menos se estrutura economicamente um país.
A história da humanidade é farta em exemplos e a nossa dolorosa experiência é fato indiscutível, só mesmo negada e aceita pela imensa cegueira que nos foi imposta, pelas vendas dos complexos, das inseguranças de todas as naturezas e, consequente, baixa autoestima.  
Bolsonaro é um bosta ignorante e nós, o que somos, filhos herdeiros de alguma realeza?
Ou somos apenas um povinho metido a besta, trambiqueiro e safadinho, que prefere se esconder no ostracismo de um socialismo fajuto, baseado em cópias desbotadas de um comunismo falido?
Fomos nos últimos quinhentos e poucos anos, deseducados e induzidos ao erro de formações pessoais distorcidas, onde o se dar bem, jamais teve limites e alma coletiva.
Não será chegada a hora de mudarmos os rumos desta triste e mambembe história, já que somos possuidores de um país rico e farto, certamente, um dos mais poderosos deste planeta, faltando-nos tão somente, querer bem a ele, e o reconhecermos como um solo bendito?
Muitas vezes, situações dolorosas, são caminhos de luz para que possamos ter tempo hábil para repensar nossos valores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

BRINDES DA VIDA

São tantos os que recebi ao longo de minha vida, que não haveria pautas suficientes para enumerá-las, todavia, podem ser resumidas numa únic...