Assistir ao
pronunciamento do ministro da saúde foi muito esclarecedor, pois, além dele ter
oferecido a todos uma completa aula de fundamentação argumentativa e cuidadoso senso
coletivo, jogou por terra de forma harmoniosa, equilibrada e repleta de ponderações
contextualizadas, todos os ataques e desvarios de uma parte da imprensa
especulativa e viciada em ser mantida com o erário público, assim como de
políticos espertos e aproveitadores, que haviam passados quase 24 horas insistindo
no realce de mais uma postura inadequada do presidente, ao invés, de se aterem
às ações que o governo, deste mesmo presidente, estava empreendendo em prol do
atendimento a esta ameaça que aflige o povo brasileiro.
Afinal, qual
a novidade haverá na constatação, em qualquer ocasião, da inadequação postural
e verbal de Jair Bolsonaro sobre, também, qualquer assunto?
É mais que
sabido que ele é grosso, não tem filtros em suas palavras e, até mesmo, nas
suas expressões faciais, mas e daí?
Queremos um Lorde
governando o Brasil ou um cabra macho, que atenda a maioria do povo brasileiro
que se encontra de saco cheio, e que possa impedir, que as falcatruas continuem solapando
os cofres públicos?
Sou teimosa
e apesar de saber mensurar as imensas dificuldades, insisto em acreditar que é
possível governar-se uma cidade, um estado ou um país, sem ser ladrão e escroque,
frio e abusivo na manipulação das emoções das pessoas, principalmente, das
menos favorecidas em quase tudo, senão em tudo.
Há uma diferença
brutal em ser popular e populista, ser ambicioso e ladrão, cometer erros e ser maquiavélico.
Além do quê,
no final das contas, somos um povo alegre, cantador e bonachão, mas também
somos um povo sem maiores requintes, baixa escolaridade, principalmente de
qualidade, com hábitos de quase nenhum legítimo refinamento, por quê, diabos,
precisamos ter, lordes para nos governar?
Pois há
muito já percebemos, mesmo que não queiramos admitir, que os que tivemos foram
todos de fachada, tintas mal aplicadas, cujos escorridos, ainda serão precisos muitos
anos para serem removidos das nossas mentes e instituições.
Busquemos
realidades e, principalmente, competência, sem brilhos aparentes, mas com
conteúdo farto, porque, com arremedos, retóricas, palanques e populismo, não se
educa e capacita um povo e muito menos se estrutura economicamente um país.
A história
da humanidade é farta em exemplos e a nossa dolorosa experiência é fato
indiscutível, só mesmo negada e aceita pela imensa cegueira que nos foi
imposta, pelas vendas dos complexos, das inseguranças de todas as naturezas e, consequente,
baixa autoestima.
Bolsonaro é
um bosta ignorante e nós, o que somos, filhos herdeiros de alguma realeza?
Ou somos
apenas um povinho metido a besta, trambiqueiro e safadinho, que prefere se
esconder no ostracismo de um socialismo fajuto, baseado em cópias desbotadas de
um comunismo falido?
Fomos nos
últimos quinhentos e poucos anos, deseducados e induzidos ao erro de formações
pessoais distorcidas, onde o se dar bem, jamais teve limites e alma coletiva.
Não será
chegada a hora de mudarmos os rumos desta triste e mambembe história, já que
somos possuidores de um país rico e farto, certamente, um dos mais poderosos
deste planeta, faltando-nos tão somente, querer bem a ele, e o reconhecermos como
um solo bendito?
Muitas
vezes, situações dolorosas, são caminhos de luz para que possamos ter tempo
hábil para repensar nossos valores.
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