Algumas
vezes, faço observações e não sou devidamente entendida. Penso que quando
pedimos a um funcionário para ir às compras e lhe damos dinheiro para que faça
frente às despesas, com certeza, gostaríamos de ser os primeiros a saber o que
foi comprado.
No entanto,
é uma norma na política local, na qual me centro, até porque é aqui que vivo e
acompanho mais próxima as ações, que ao contrário da lógica de um retorno
imediato, somos os últimos a saber e, neste meio tempo, ficamos expostos aos “ouvi
falar”, “me disseram” ou o que mais se encontra nas redes sociais e nas
esquinas: “eu acho que é isto ou aquilo”.
Naturalmente,
que não se canta a música antes do palco ser devidamente armado, mas tão logo
ao início do espetáculo, toda a plateia tem que ser comunicada, por esta razão,
nos teatros existem as tais campainhas, que ao terceiro sinal, determina o início
do espetáculo, afinal, é o público que garante a bilheteria para que o show exista.
Portanto,
sugiro a esta gestão que doravante não só nos dê um pouco mais de satisfação
quanto aos propósitos e conquistas, quanto deixe de alimentar o imaginário dos
cidadãos que, desconhecendo as intenções dos senhores, ficam como palermas
ouvindo e falando besteiras, mantendo assim, uma divisão cruel de interesses,
quando, na realidade, deveríamos todos estar unidos por uma cidade melhor para
se viver.
Afinal,
depois de eleito, os membros do executivo e legislativo precisam governar para
todos, inclusive, para a oposição que usa e abusa do seu direito de protestar.
Passamos um
verão inteiro com grandes limitações, e o mínimo que deveríamos ter recebido por
parte desta gestão era uma satisfação em relação as ações que nos daria alento e
que estavam por vir.
Esperamos ouvir
e receber as mercadorias cujo pagamento fazemos regularmente aos senhores
eleitos.
Não queremos
e tão pouco, aceitamos favores daqueles que recebem, e muito bem, para atender
as nossas demandas, pois, estamos cansados de ser como cônjuges traídos, uma
vez que constantemente somos os últimos a saber.
Estou
falando mentiras? Sendo injusta ou parcial?
Ou tão
somente, requerendo o direito de ouvir de quem de direito as devidas
explicações, na busca quase lúdica de não ver as pessoas de uma cidade tão
pequena, manter sua autoestima em baixa.
Se precisar
falar mil vezes, faça soar a campainha, mas não nos deixe esperando no silêncio
e na falta de informações.
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