Geralmente
acordo por volta das quatro, mas hoje, me superei e já as três estava de pé,
ligada em 220 Watts.
Às vezes, uma,
duas horas depois, volto a recostar-me no sofá e me abandono num novo soninho
que safado, vez por outra aparece e me faz perder os espetáculos da madrugada.
Faz parte,
não contrariar a minha natureza.
Não se trata
de insônia, pois preenchi minha cota de seis/ sete horas numa boa e depois
disso, ficar na cama é impossível, pois sinto coceiras pelo corpo, além de não
mais encontrar uma posição confortável, alias, sempre foi assim, desde que me
entendo como gente.
Ao contrário
de achar esse hábito chato, afinal, o mundo dorme, aproveito e me delicio com o
absoluto silêncio, só quebrado pelos os grilos, farfalhar dos ventos nos galhos
e folhas, pelo ruído constante da chuva, quando ela como ontem aparece, fazendo
brotar os aromas da terra ou pelos adoráveis pássaros que como eu, estão a cada
dia, acordando mais cedo.
Não posso
esquecer do sempre espetacular amanhecer que, definitivamente me recuso a
perder e, nessa rotina diária, o tempo passa enquanto, registro a minha
satisfação em estar vivendo, sabendo que no quarto, ali, bem pertinho de mim,
meu Roberto, companheiro de jornada, amor de minha vida, dorminhoco contumaz, dorme
tranquilo.
Bom dia aos
acordados por hábito ou por insônia, lembrando a todos que não se discute com o
próprio corpo e assim procedendo, ambos encontrarão o melhor caminho para uma
vida mais plena.
Acorde
naturalmente, se alimente quando, estiver com fome, durma quando, o sono chegar,
se isole, quando sua mente assim desejar e de repente, você se surpreenderá com
a leveza de seus dias e noites e nada mais lhe parecerá pesado, pois você e o
seu templo de vida, estarão em sintonia.
Simples
assim...
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