NA
CONTRA-NÃO de uma mídia
viciada em sensacionalismo e brilhos falsos, de um sistema insaciável pela
instantaneidade e por uma humanidade que se esforça inconscientemente em não
avançar, como faz com o tudo mais, em relação a sua própria humanização, apesar
de conhecer de cabo a rabo, os requisitos que a ela conduz.
Confusa,
fora de contexto, foi assim que verdadeiramente, sempre me senti, frente as
incoerências que intuitivamente, percebi desde que me lembro com o poder de
enxergar, ouvir, sentir, com a lógica de uma razão interpretativa que, não me
permitiu camuflar, qualquer situação incoerente, quanto, as ações e reações
individuais, pessoais ou de grupos.
A princípio,
pensei que era louca e me apavorei, enfiando os pés pelas mãos, depois, mas
muitos tropeços depois, mais tranquila, percebi que eu não era igual à maioria,
mas não me conformei e, tão pouco, tentei esconder de mim mesma, esta diferença
que me isolava, me excluía e é claro, em muitas ocasiões, me fez chorar.
Afinal, era
nítido para mim que o espaço planetário era de todos e que cada pessoa era tão
somente, uma humanidade completa, perfeita e única.
Ora, pensei,
se existe no mundo infinitas diferenças, porquê, exigir de mim ser igual a algo
ou a alguém?
E a partir
desta premissa, fiz da escrita, meu caminho de liberdade, igualdade e
fraternidade, pois, fui percebendo que igual a mim, existiam muitos outros que
ainda não tinham descoberto seus caminhos de escape deste amontoado de
hipocrisias, que flagela e faz doer, se não o corpo, com certeza a alma.
Ainda assim,
pensando e agindo desta forma, tenho sobrevivido em meio a este mundo inventado
de falsos brilhos e ilusões.
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