quinta-feira, 24 de maio de 2018

“POBRE É UMA DESGRAÇA”...



 Esse era o bordão que semanalmente repetia o personagem criado por Chico Anísio, o deputado Justo Veríssimo, nos anos 80/90.
Todavia, sempre foi a garantia de sucesso dos políticos em ano eleitoral, depois, bem depois, virava desgraça na “pedição de favores”, jamais atendidos.
A cada período eleitoral, o filme se repete e por mais roto que esteja, sempre faz sucesso em meio ao povão sempre ávido em achar um novo ídolo para venerar.
Particularmente, amo todo o processo político, apesar de enxergar todas as suas mazelas, que não são poucas, mas que bem ou mal, é um processo necessário para que o diálogo democrático não seja sepultado em favor de qualquer tipo de homogenia partidária.
Em relação a visita eleitoreira do governador Rui Costa à nossa Ilha (está em campanha de reeleição), confesso que como parte do povão gostei de seu jeito de se apresentar, mesmo me fazendo lembrar das duplas sertanejas que sempre colocam seus passados de meninos pobres para encantar os corações dos fãs.
Em relação a sua apresentação em Vera Cruz, fiquei extremamente animada, mas já em Itaparica...
Não sei não, mas minha intuição de velha de guerra, senhora escolada do que está por trás do não dito, creio que poderemos colocar a viola no saco em se tratando de investimentos imediatos, ficando o dito como promessa, desde que possamos cumprir em tempo hábil eleitoral todas as demandas apresentadas e como conhecemos os passos seguros, mas lentos, da atual gestão, não sei não...
Rezemos para que o novo CAPS saia até 2020, mas asfaltamento da Misericórdia...
Asfaltamento da Orla...
Não sei, não...
Bem, o que eu sei é que gostei do homem e até simpatizei desta vez com Jaques Wagner, e até quase o perdoei pelos oito anos em que nos abandonou, mas preocupei-me em dado momento com o bem estar físico da Deputada Fabíola Mansur, quando de seu discurso inflamado em favor da prefeita Marlylda, devido ao calor e o natural cansaço.
Agora, o barato da hora, sem dúvidas, foi o Deputado Roberto Carlos, que até então me era desconhecido, mas que sem dúvidas sabe falar em público, movimentar a galera e dar o seu recado.

E aí, vocês devem estar se perguntando o porquê deste título abusado, digo então, que a cada comício, tudo que me vem à
 mente é justo a certeza de que enquanto existirem pobres e puxa-sacos, os políticos estarão se dando bem, porque, afinal, pobre é para ser enganado e puxa-saco, bem usado.
Assim como todo jornalista estará de plantão para descrever a mesmice que o tempo jamais foi capaz de mudar.
Quem sabe um dia, não é mesmo?
O que não se pode é deixar de acreditar.

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