Leio, releio,
algumas vezes comento, curto e até compartilho, mas sinceramente não acredito
que este seja o caminho para a obtenção de qualquer real melhoria para a
cidade.
Esta postura
nos dias atuais é largamente utilizada e muito útil para os oposicionistas que
também, geralmente, conseguem envolver a população, numa espécie de histerismo
negativo com a obtenção da simpatia do mesmo e consequente voto esperançoso,
logo na eleição seguinte.
No último
pleito, ficou bem claro os efeitos sobre a opinião pública quanto a marcação
serrada por parte de alguns vereadores e de parte da mídia em relação a gestão
passada que estava longe de ser a ideal, mas que inegavelmente, estava atuando
em determinados aspectos, altamente relevantes como saúde e educação para que
em médio e longo prazo, o perfil do eleitor itaparicano se alterasse no sentido
de ter mais consciência da importância de ambos no processo evolutivo de uma
cidade.
Todos nós de
um modo geral, sabemos disso, mas a tentação em descer o cacete em alguém que
consideramos responsável por nossas próprias mazelas é sempre mais forte que a
razão em compreender que enquanto, não formarmos um exército de resistência ao
também mal hábito de nossos políticos em prometer milagres, nada, absolutamente
nada irá se alterar e as mazelas se somarão, engrossando demandas nunca
resolvidas.
É preciso
compreender que o tempo de quem está no poder, infelizmente não é o mesmo das
necessidades do povo e esta dicotomia precisa mudar ou permaneceremos
eternamente, trocando alho murcho por bugalhos, seis por meia dúzia que nos
oferecerão sempre os restos de seus banquetes de gloria e poder.
Desgastar a
imagem de alguém sempre é danoso para este alguém, mas ficar somente nisto,
nada resolve, porque afinal, para toda ação sempre existirá uma reação e cá
entre nós, eu e você, já presenciamos muitas ressuscitações eleitorais, pois
com a máquina na mão e dinheiro público no bolso, até papai Noel se transforma
em faraó.
Não tem
muito tempo, fomos testemunhas mesmo a certa distância deste milagre popular
ocorrido em nossa vizinha Vera Cruz, quando do último lugar de qualquer
pesquisa, o gestor da época, não só se reelegeu, como no último pleito em 2016,
quase fez seu sucessor, sim porque, hoje, Vinícius é o Cara, mas ganhar aquela
eleição foi uma batalha.
Na prática,
precisaríamos de uma Câmara de vereadores verdadeiramente ciente e qualificada
para atuar como nossos fiscais e de uma sociedade que compreenda a importância
de cobrar e exigir atuações e não apenas de se deixar levar por discursos e uns
trocados a mais de quatro em quatro anos. Enquanto, nos alienarmos, deixando o
barco à deriva, nos contentando com desabafos aqui e acolá, nossas autoridades
permanecerão em suas zonas de conforto e nós, como permanentes mendigos abestalhados
de plantão.
VOZ X
PARTICIPAÇÃO = Garantia de se estar lutando por mudanças que retirem as pedras
do caminho, abrindo espaço para dentro de um tempo que seja razoavelmente
satisfatório para ambos os lados, a cidade vá apresentando um novo perfil, onde
não mais o povo esteja como afirmou Gonzaguinha, “com a bunda exposta na janela”,
para gaiato esperto passar a mão nela.
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