Depois do sensacionalismo
jornalístico, não há nada que me incomode mais que deixar passar batido
qualquer tipo de invasão, pois existe sempre alguém levando vantagem, nem que
seja apenas o invasor que, geralmente, chega como mendigo sofredor e, logo mais
adiante, começa a mostrar quem realmente é e o que já possui.
Esse é um
mercado negro que beneficia políticos de um modo geral em anos eleitorais, sem
falar nos meliantes que fazem deste um negócio lucrativo.
Itaparica
começou a ter seus lotes e casas invadidas há alguns anos atrás, sendo esse
processo intensificado com a especulação da construção da Ponte.
Fui, e você
provavelmente também, testemunha da apropriação indébita destes imóveis por
toda a cidade sem que houvesse qualquer atitude mais contundente por parte do
legislativo e muito menos do executivo, além da omissão permanente das polícias
civil e militar.
Em algumas
ocasiões, como ocorreu no ano passado, aventurei-me em denunciar uma
escandalosa invasão entre tantas outras já existentes de uma casa em minha rua
e, ao contrário do que se pode imaginar, fui obrigada a escutar da autoridade
competente da Secretaria de Infraestrutura que, após visita da Secretaria de Ação
Social, ficou evidente a precariedade da referida família e que não poderiam
deixá-los ao relento, deixando-me com a sensação de que eu nada mais era que
uma desgraçada sem humanidade.
Meses
depois, este mesmo pobre coitado, tentou invadir outra, bem próxima da minha, e
foi contido por parte dos moradores.
Pois bem, o
mendigo, rouba luz, água, já cercou a propriedade e já trouxe até mesmo seu
carrinho vermelho, na maior cara de pau, e ainda começou um culto evangélico
para faturar “algum. ”
Portanto,
deixo aqui o meu apoio às desapropriações determinadas por esta gestão,
esperando que o mesmo venha a ocorrer por toda a cidade onde não houver os
devidos documentos de compra e venda, antes que o “usocapião” se faça presente
nas discussões jurídicas.
Quanto ao
fato dos mesmos já terem construídos nos terrenos invadidos, digamos que devem
ser encarados como risco do negócio ilícito.
Não é possível
viver democraticamente fazendo concessões favoráveis a uns em detrimento de
outros.
Precisamos,
enquanto cidadãos, cobrar dos nossos gestores ações de construção de casas
populares ao invés de incentivar o perdão aos invasores, pois trata-se de uma hipocrisia
política, tirando o legítimo direito de quem paga pelos bens adquiridos.
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