sexta-feira, 18 de maio de 2018

INVASÃO DO ALHEIO



Depois do sensacionalismo jornalístico, não há nada que me incomode mais que deixar passar batido qualquer tipo de invasão, pois existe sempre alguém levando vantagem, nem que seja apenas o invasor que, geralmente, chega como mendigo sofredor e, logo mais adiante, começa a mostrar quem realmente é e o que já possui.
Esse é um mercado negro que beneficia políticos de um modo geral em anos eleitorais, sem falar nos meliantes que fazem deste um negócio lucrativo.
Itaparica começou a ter seus lotes e casas invadidas há alguns anos atrás, sendo esse processo intensificado com a especulação da construção da Ponte.
Fui, e você provavelmente também, testemunha da apropriação indébita destes imóveis por toda a cidade sem que houvesse qualquer atitude mais contundente por parte do legislativo e muito menos do executivo, além da omissão permanente das polícias civil e militar.
Em algumas ocasiões, como ocorreu no ano passado, aventurei-me em denunciar uma escandalosa invasão entre tantas outras já existentes de uma casa em minha rua e, ao contrário do que se pode imaginar, fui obrigada a escutar da autoridade competente da Secretaria de Infraestrutura que, após visita da Secretaria de Ação Social, ficou evidente a precariedade da referida família e que não poderiam deixá-los ao relento, deixando-me com a sensação de que eu nada mais era que uma desgraçada sem humanidade.
Meses depois, este mesmo pobre coitado, tentou invadir outra, bem próxima da minha, e foi contido por parte dos moradores.
Pois bem, o mendigo, rouba luz, água, já cercou a propriedade e já trouxe até mesmo seu carrinho vermelho, na maior cara de pau, e ainda começou um culto evangélico para faturar “algum. ”
Portanto, deixo aqui o meu apoio às desapropriações determinadas por esta gestão, esperando que o mesmo venha a ocorrer por toda a cidade onde não houver os devidos documentos de compra e venda, antes que o “usocapião” se faça presente nas discussões jurídicas.
Quanto ao fato dos mesmos já terem construídos nos terrenos invadidos, digamos que devem ser encarados como risco do negócio ilícito.
Não é possível viver democraticamente fazendo concessões favoráveis a uns em detrimento de outros.
Precisamos, enquanto cidadãos, cobrar dos nossos gestores ações de construção de casas populares ao invés de incentivar o perdão aos invasores, pois trata-se de uma hipocrisia política, tirando o legítimo direito de quem paga pelos bens adquiridos.

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